segunda-feira, 21 de setembro de 2009

21 de setembro-Dia da Árvore-Regina Mello e A Banda


Na foto, fotografei Regina Mello fotografando o Parque Municipal que tanto ama e onde mantém os espaços do Museu Nacional da Poesia-MUNAP, em 14 de março





Nos Anos 60,quando eu lecionava no Grupo Escolar Maria Illydia Rezende de Andrade, fui destinada a uma sala de limítrofes e alguns, com dificuldades de aprendizado.
Eu comecei então, a ensinar tudo em versos bem rimadinhos.
Para omDia da Árvore, quando haveria uma apresentação no pátio, coletiva, de todas as classes , eu ensaiei exaustivamente com meus alunos queido, um poema.
No dia, a Diretora, que era muito empática e dinâmica, ao chamar minha sala, deu-me um sorriso de compreensaõ, tipo:"Seja o que Deus quiser".
Então, em coro perfeito, em alto e bom tom, sem titubearem ou se atropelarem , eles recitaram o poema.
Depois, ela, comovida, disse-me que mal acreditara.

O poema era:

Salve a Árvore!

Clevane Pessoa de Araújo

Todas as árvores são
bem úteis, além de belas
-as frondosas , sombras dão,
as grossas, portas, janelas...

O bercinho do bebê,
a lenha que faz a brasa,
o livro que você lê,
os móveis da nossa casa...

Tanta cousa ela nos dá,
flor cheirosa, fruto doce
- coisa tão útil, não há,
simples ,como se não o fosse.

Uma delas, sendo cruz,
sutentou com muito ampr,
o corpo do Bom jesus
Nsso Imão, Deus e Senhor.

Salve a árvore é benita,
salve a árvore dadivosa
salve a árvore , tão bonita,
salve a árvore maravilhosa...

Essa última estrofe , era dita em tons e momentos diferentes.Desnecessário dzer que cada um dos versos era trabalhado em sala de aula, com imagens, diálogo, explicações, ditados, exercícios, de Gramática, Ciências, Artes e mesmo matemática;contar frutos, folhas, flores,para desenvilver o raciocínio numerico , somar as árvores de um pomar, colorir, recortar, mntar, para desenvolvimento do controle motor...também montamos uma delicada mobília com caixinhas de fósforos para desenvolver o sentido espacial.


E a recitação do poema, compassadamente, depois de bem compreendido, a cada etapa vencida.
Lembro-me de uma garotinha chorando subitamente enquanto eu falava a respeito da crucificação ."Eu já vi "Ele" na Igreja, expicou, todo dodói...
Neste milênio, li o livro do poeta Diógenes Araújo, que se chama "Escandir"e que
trabalha a tese de que métrica ajuda a ampliar a inteligência.Concordo plenamente.

Essa imagem aí em cima -é encantadora e usei-a para fazer a chamada pra o aniversário de Regina Mello (*) ,Diretora do Museu Nacional da Poesia
.Ela adora árvores, que têm tudo a ver com os ciclos e missões dessa bela mulher
sempre voltada para o coletivo, mesmo quando exerce seus direitos de individualidade.

Mas recebi a imagem de alguma internauta, há anos.Arquivei , mas desconheço o seu criador:ela apenas ilustrava um poema.Quem souber, mande me dizer.

Clevane pessoa de Araújo Lopes

(*) Regina Mello, criativa , levou para sua festa cinquenta poemas , para que fosse apresentado um livro vivo-um para cada ano de idade.
Os amigos reuniram-se no Cozinha de Minas, onde o Ramon tenha colocado a casa à disposição de artistas e poetas.Brenda Mars(Presidente do IMEL) e eu estivemos lá antes, e ele mostrou a maior empatia.Brenda presenteou-o com seu Poesia Sonora e eu com Erotísima e O Sono das Fadas-este, para o netinho dele.


Nos tempos de Estalo a Revista, o restaurante antes da reforma, fiz lá vários saraus, com Luiz Lyrio, acompanhados pelo Rui Montese.Na leitura de "Nos Idos de 68", livro do primeiro, Rui nos acompanhou com um belíssimo repertório de época.

A próxima aniversariante será Lívia Tuci, mas, estarei em Teófilo Otoni, para a posse na ALTO.

Clevane

N:Lembro-me que , por essa ocasião, nós as professoras conversávamos no ponto do ônibus sobre namorados, festivais da canção, em 1966-numa das manhãs,um frisson nos motivava:Chico Buarque ganhara o festival com A Banda, da qual cantamos trechos, dos quais nos lembrávamos .
A Banda empatara com Disparada( de Théo de Barros e Geraldo Vandré ), o primeiro lugar no II Festival de Música Popular Brasileira, promovido pela Record. Mocinha de dezoito ou dezenove anos-não lembro o mês dos festivais e eu aniversariava a 16 de julho, único dia em que dormem as fadas(*)- fiquei bastante empolgada com as duas músicas e nem queria entender porque as professorinhas discutiam tanto sobre qual deveria ir para o segundo lugar...

E uma delas emprestou-me os primeiros livros de Fleming sobre o agente inglês 007 que li...

(*) Meu livro "O Sono das Fadas ", selo Catitu /Halt, todo ilustrado com artesanato da mineira Angélica Santos, fotografado por Marco LLobus acaba de ser lançado na Bienal do livro do Rio de Janeiro e em 11/10, terá um lançamento na edição especial do Sementes de Poesia, das 10 ao meio dia, na Praça dos Fundadores,Parque Municipal, com sorteio de exemplares e manhã de autógrafos. Leve as crianças poetas para dizerem seus poemas, vá dizer poemas sobre crianças, participe!

Clevane Pessoa

domingo, 13 de setembro de 2009

CÍRCULO SEMPRE VICIOSO-Clevane Pessoa



CÍRCULO SEMPRE VICIOSO-Clevane Pessoa



Grana, greve,
grave,grito,
grupo,groove,
greta,grilo,
caos,status,
status quo,
casta,costas,
cestos,cistos,
custos,grana.

Hip Hop,
Upa-upa,
oba-oba,maravilha,
a turma da festiva, chegou...

Mas onde estão os que sabem
das coisas certas a se fazer?
Onde estão os formadores de opinião?
E os políticos que em época de eleição
tinham todas as soluções?
Confluir, agir, interagir,
formar a teia mais-que-forte
onde o Outro somos nós,
onde outrem é igual a Alguém
que somos nós.
tão des/iguais...

Das calhas do tempo,
chove um contratempo
a cada minuto...

Resolver, quem há de?

Já descobriram a fórmula científica
da felicidade?
Adrenalina, endorfina, dopamina,
menino vira menina,
casam-se com gêneros similares,
formam lares, criam filhos.
Hormónios, feromônios enganadores?
Novos pares:
talvez melhores,"paidastros", "mãedastras",
mais de uma até:
"maior número de presentes",
"vamos fingir que é bom",
-fazer a manha, exigir tudo
em dupli,triplicata...

Um feixe de peixe,
papel nos ares.
No ano passado, li que
os japones inventaram
peixes eletrônicos
com pedacinhos de músculo artificial encaixado entre os rabos
e os corpos.
Pescadores poderão pescar
sem ter de fritar as postas,
nem levar para a mulher escamar:
pescarão por condicionamento
mania igual a outra qualquer...

Na tradição koinobori (*),
crianças fazem os peixinhos,
as levíssimas carpas de tecido ou papel ,
que depois tremularão num mastro,
coloridas,na frente do azul do céu
parecem nadar no ar,
mas qual na água,
contra a correnteza...

Enquanto meu marido pescava
peixes reais com varas compridas
leves, de carbono,
em vez do antigo bambu da infância,
a esposa-poetisa e desenhista,
tentava captar o atraente movimento
dos peixes orientais,
importados , iguais aos bordados
em seu quimono.

Ao final do dia, ligamos o rádio do carro
e voltamos pelo caminho.
A "greve acabou":por cansaço,
por desesperança
ou a esperança renovou-se
à promessa de migalhas,
sem lembrar que amanhã, os preços dispararão,
os operários sonham com o domingo,
quando também pe(s)carão,
acreditando-se vencedores...

Quanto durará a ilusão?

Clevane Pessoa de Araújo Lopes


(*)Leia sobre a tradição KOINOBORI no site:

www.culturajaponesa.com.br/htm/koinobori.html

Poema publicado originalmente em http://www.clevanepessoa.net/blog.php
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sábado, 12 de setembro de 2009

Na Roda das Amizades


Clevane, em Mariana/MG,, quando prometeu às crianças e adolescentes presentes, escrever sobre O Sono das Fadas(2007)-I Mostra Aldravista Intrnacional de arte-Museu Alphonsus de Guimaraens.Lanceiu, na ocasoão, Mulheres de Sal, Água e Afins.



Maria de Jesus Fortuna, falando sobre seus livros a seus leitores





Nina Reis e Roberto Bianchi(aBrace Cultura)





Claudio Márcio Barbosa, um dos organizadores do selo editorial Catitu

Página de meu Olhares,Teares, Saberes, edições Cultura Popular, do editor e poeta Kiko Consulin,também lançado na Bienal


Regina Mello, Diretora do MUNAP




Marco llobus, capista de meus dois livros citos, artista, poeta e Presidente da Rede Catitu.




Sérgio Gerônimo, que organizou a participação de autores, através da COB, no estande da Oficina Editores-decorado pelo Poeta Flávio Dórea-na XIV Bienal do Livro no Rio de Janeiro


Clevane/nov/2008-Balneário de Camboriú/SC-III Jogos Florais


Iara Abreu, artista e capista do Nós da poesia, inde estamos, posa ao lado da foto de regina mello("Mostra Um olhar Digital sobre o parque"-Galeria da Árvore-BH/MG/MUNAP/PMARG)




Brenda Mars, no estande do Poetas Pela Poesia e Pela paz (BH na Paz-2008)


Bilá Bernardes -com seu poema escrito em vitrine de Bento Gonçalves(Congresso de Poetas organizado por Ademir Bacca).






Hoje, meus dois novos filhotes literários, O Sono das Fadas -para crianças até cem anos- e Erotíssima (cujo ponto de partida foi meu blogspot de mesmo nome), crias queridas, o primeiro ilustrado com bordados e bonecos da professora e artesã Angélica Rodrigues Santos, de Belo Horizonte, fotografados pelo poeta Marco Llobus, que criou capa e diagramou.

Não pude viajar e então as poetas e grandes intérpretes Bilá Bernardes e Brenda Mars -que apresentam a edição do livro e a mim-
na parte da manhã, fizeram a contação da história .

Mais tarde, fizeram a performance de Erotíssima.

Falei por telefone com o Poeta amigo e Produtor Cultural (leia-se CLAMA) Claudio Márcio Barbosa, também da ONG Alô Vida e ele disse que foi uma sucesso.Quando ligeuiei para o celular dele, quam atendeu , foi minha amiga Marinha, Maria de Jesus Fortuna , que também escreve para crianças (O Anjinho que queria ser Gente, O Pardalzinho Desconfiado,A Sementinha que Não Queria Brotar), e ainda conversamos, antes do Claudio me dar as boas novas.Ela prefaciou meu "A Indiazinha e o Natal", em 2005.Que ofereci à escritora Eliane Potiguara, de origem indígena, poeta e Cônsul de Poetas del Mundo, líder da Ashoka e conselheira de grupos indígenas-autora de Metade Máscara, Metade Cara.

Há pouco, o editor Sergio Gerônimo, da APPERJ e também poeta ,para com/partilhar, mandou-me as belas fotos do estande e dos participantes-também estou na antologia "O Melhor da Bienal "-mas não foi possível a operação de postar.A decoração , com a logo da Oficina Editores , que criou a cooperativa, (COB) permitindo que mais autores pudessem participar, mesmo os de outros Estados-ficou a cargo do Poeta FLávio Dórea.
Este, em julho, passou por aqui e teve um febrão, em Hotel.Sergio Gerônimo ligou do Rio para mim e para Angela Togeiro, que conversamos com o doentinho-mas não era a "Suína", felizmente.Depois, recebi e-mail agradecendo.
Mas há cousa melhor que servimos aos amigos?Quando o primeiro psicólogo, Jesus Cristo, disse "Ama a teu próximo conforme amas a ti mesmo", estava dando a primeira lição de amorosidade incondicional.
Se meus amigos amam suficientemente a mim , representam-me como se fossem eu mesma.E sou-lhes grata por isso.

Recebo um e-mail de Carol, a dizer-me que a idosa D.Didi está louca para falar comigo:ela quase não enxerga mais e é ela quem envia e lês seus recados.Desde meus tempos de jovenzinha em Juiz de Fora, que Enedy, a querida mainha Didi, é uma esp´´ecie de tia.Ela agora mora em Campo Grande, MS, com o filho, o psiquiatra Luiz Salvador de Miranda Sá.

Liga-me Bilá, para contar que foi "muito legal" a paresentação de meus livros.

Chegam exemplares de Itaúna,o Jornal Social do Luiz Parreiras, que coloca , na página 02, a foto de Regina Mello, poeta e artista plástica Diretora do MUNAP( Museu nacional da Poesia) e comenta a participação de sua fotografia na mostra "Cem Mona Lisas, com Mona Lisa"-além de outra artista, Consuelo Mourão.Nessa exposição, cem artistas e entre eles o também amigo Adão Rodrigues-autor do conhecido "Jornal do Ônibus " aqui em Belo Horizonte,-reiventam a Gioconda Leonardo da Vinci.A de Adão é uma brasileiríssima mulata, reprsentante do Olodum.

Pergunto então a Regina , se recebeu os jornais, pois chegaram-me dois exemplars.Ela responde quye não e vou reservar o seu- essa itaunense inventiva e talentosa que não pára de criar . Quando fui convidada por ela para participar do Original-Livro de Artistas, senti-me retornando às Artes, pois há algum tempo, não desenhava.O nstigante tema "A Forma do Pote Vazio" tocou-me profundamnte, enquando debuxava as vinte e cinco interpretações.

Antes de ir ao Rio, eu deveria estar em Brasília, com Brenda, para o Recital do aBrace.Foi no dia em que senti a pressão subir perigosamente.Brenda não iria por estar em um trabalho.
Mas os amigos Nina Reis e Roberto Bianchi, do aBrace, entenderam e até disseram que talvez venham lançar o CD de poemas musicados ,
interpretados por Mariana Moraes, aqui em Belo Horizonte.Seria ótimo!

Mas hoje o sol doura essa região das Alterosas.Depois de passarmos dias trabalhando na antologia "Nós da Poesia", Bilá eu e Brenda e eu escrever o prefácio para o Objetivo Indefinido de Maria Moreira-que está nele e também em Nós da Poesia- o primeiro com selo do IMEL, feito pela AllPrinte, que tabém editou o de Conceição(Maria Moreira) .A capa deste, foi feita pelo namorido Adão Rodrigues e pelo filho , em roxo e vermelho, um belo trabalho sobre ums de suas gravuras e sua foto.

Chegam-me os convites para o dia 25 de setembro, quando tomarei posse na Academia de Letras de Teófilo Otoni, na qualidade de membro correspondente.O prof.Luiz Lyrio, mineiro que atualmente mora em Aracaju, Sergipe.Na véspera, estrei no Sarau de Poesia da lagoa do nado, apresentando os poema do Erotíssima (a partir de 19hors).Viajarei 25 cedo, para não deixar de atender ao convite de Ricardo Evangelista, que abre espaço para esse lançamento, pelo quie agradeço.

Muito bom perceber a Poesia florescendo em nosso entorno.Dia 10, a oficina lançou a antologia O Melhor da Web, onde estou.
Semanas antes, Tânia Diniz (de Mulheres Emergentes), lançara os "Meninos ME"- já se sabe, elas não vivem sem eles...Da lista de amigos presntes nesse poemário, está o Claudio Mácio e também o Dayrell -queno mesmo dia, autografava seu "Poesia para Escutar o Tempo", com capa e ilusrações de Iara Abreu, que foi quem fez a capa do Nós da Poesia-onde comparece com poema visual.E que está na Bibioteca Municipal com poemas ilustrados-uma beleza de presente e arte gráfica- na sequência de seus Aspectos urbanos, com painel alusivos, objetos, cerâmica...

Tânia, que na Rádio Inconfidência, na Revista da Tarde , programa de Déborah Rajão, lê poemas e convida poemas, chamou-me e pude comentar sobre Erotíssima, a nova poesia feminina, as diferenças entre pornografia e erotismo.E assuntos afins.

Na Bienal, lancei também meu Olhares, Teares ,Saberes, edição do poeta Kiko Consulin, em seu selo Cultura Popular, que o fez no Maranhão.E mandou-me esse presente inestimável.

Há pouco, ligo para Angélica, irmã de Maria Angélica, a Bilá bernardes e lhe conto sobre O Sono das Fadas.Ela fez os bordados e criou os bonequinhos-que aqui serão lançados, para que participe dessa alegria ,co-autora de meu sonho, bem cimo Llobus, criador das capas e paetícipe dois sois primeiros.

Percebo algo:se começo a falar dessas pessoas maravilhosamente fraternas, vou encher muitas páginas. Decido parar por aqui, mas voltarei ao assunto.

O dourado sol de setembro lá fora , sussurra-me que meus amigos são um pouco de mim-por isso, "estive" na Bienal, mesmo estando aqui...
Isso faz com que eu me sinta deliciosamente amparada e feliz.


Clevane Pessoa de Araújo Lopes
12/09/2009