sábado, 31 de janeiro de 2009

Lusofonia-Em Lisboa, hoje 31 de janeiro e amanhã


O poeta e contista, divulgador cultural Joaquim Evónio, mantém seu site Varanda das Estrelícias, a serviço das Artes e das Letras.
Para hoje e demais sábados, noticia o programa de Maria Helena Sancho, que em Buenos Aires, cuida de Poesia lusófona ("Poesia Y Algo Más").E sinaliza para eventos e acontecências em portugal, confiram, sem esquecer de ler seu poema ,sobre tango-com o neologismo "tangar", que fecha o informes com sotaque luso.

(Clevane Pessoa de Araújo Lopes-
Divulgação da Diretoria regional do inBrasCi em Belo Horizonte, MG):



Visitem:http://varandadasestrelícias.com


31 Jan - 19:00 - ITU SP - Sarau Beat com muita Psicodelia
31 Jan - 15:00 - Lisboa - CONVITE - a escola: o que temos/o que queremos
31 Jan - 17:30 - Almada - Poesia Vadia
31 Jan - 21:30 - Porto Santo - Quinteto de Metais -TEMPORADA ARTÍSTICA 09

Poesia Lusófona em Buenos Aires - Todas as noites de Sábado e Domingo

Todos os Sábados, às 22h00 de Lisboa

www.arinfo.com.ar

O Programa denomina-se: "Poesia y Algo Más"
conduzido por Maria Elena Sancho

*******
E no Domingo, todos os Domingos
às 20H00 de Lisboa

www.raices885.com.ar
conduzido por Ana Maria Garrido

Foto Jacques Alvarez



Google - Tela de Susan Cowley Carrasco

Tangar...

Amo quem ama o tango...
vou tangar até morrer
nessas pampas tão argênteas
onde os corações se perdem
e as almas voam eternas

se dançar é ser etéreo
e ter asas para voar
deixarei o cais terreno
pelo espaço sideral...

perderei peso corpóreo
serei mais leve que o ar
girarei ao som do vento
e ao marulhar do mar...

joaquim evónio

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Alberto Peyrano parabeniza Jaqueline François





As fotos de Jaqueline François foram enviadas pelo Poeta, Cantor de Tangos, Radialista,psicanalista Alberto Peyrano,
Assessor Musical do Grupo Doce Mistério que também é poeta e mantém o http://canteirodeversos.blogspot.com
onde adoro estar (blog dentro de blog), com meus poemas.

Leiam abaixo o texto sobre a cantante Jaqueline Franois, escrito e enviado por ele.


"Feliz 87º Aniversário



JACQUELINE FRANÇOIS







MADEMOISELLE DE PARIS



On l'appelle Mademoiselle de Paris
Et sa vie c'est un petit peu la nôtre
Son royaume c'est la rue d'Rivoli
Son destin, c'est d'habiller les autres
On dit qu'elle est petite main
Et s'il est vrai qu'elle n'est pas grande
Que de bouquets et de guirlandes
A-t-elle semés sur nos chemins.


Elle chante un air de son faubourg
Elle rêve à des serments d'amour
Elle pleure et plus souvent qu'à son tour
Mademoiselle de Paris
Elle donne tout le talent qu'elle a
Pour faire un bal à l'Opéra
Et file, à la porte des Lilas
Mademoiselle de Paris
Il fait beau
Et là-haut
Elle va coudre un cœur à son manteau



Mais le cœur d'une enfant de Paris
C'est pareil aux bouquets de violettes
On l'attache au corsage un samedi
Le dimanche on le perd à la fête
Adieu guinguette, adieu garçon
La voilà seule avec sa peine
Et recommence la semaine,
Et recommence la chanson.


Elle chante un air de son faubourg
Elle rêve à des serments d'amour
Elle pleure et plus souvent qu'à son tour
Mademoiselle de Paris
Elle donne un peu de ses vingt ans
Pour faire une collection d'printemps
Et seule s'en va rêver sur un banc
Mademoiselle de Paris
Trois petits tours
Un bonjour
Elle oublie qu'elle a pleuré d'amour


Elle vole à petits pas pressés
Elle court vers les Champs Elysées
Et donne un peu de son déjeuner
Aux moineaux des Tuileries
Elle fredonne
Elle sourit...
Et voilà Mademoiselle de Paris.




JACQUELINE FRANÇOIS, nascida Jacqueline Guillemautot, viu a luz em Neville-Sur-Seine, no dia 30-1-1922.
Sempre desejou ingressar no mundo artístico e até foi montadora de um estúdio de cinema.
Começou a carreira vencendo um concurso de calouros e apresentava-se onde a aceitassem: casas noturnas e pontas em peças teatrais e no cinema. Nenhuma gravadora levava fé na sua voz: "Não é fonogênica!"
Essa descrença duraria até 1948, quando Paul Durand, famoso regente e compositor, levou-a a um estúdio e a orientou na gravação de C`est Le Printemps. Um mês foi o bastante para que ganhasse o primeiro de seus inúmeros Grands Prix Du Disque, para arrependimento mortal daqueles que a tinham recusado.
Em 1956, depois de se apresentar em muitos países a ser aplaudida como legítima expoente da música francesa, conquistou o público dos Estados Unidos, estreando no Persian Room do Plaza, de Nova Iorque. Dela disse um crítico americano: "A maior dádiva da França depois de L`amour!"
Entre seus sucesso, alguns neste C.D., estão Bolero, Mélancolie, Mlle de Paris, Printemps Au Rio, Padam Padam. O público brasileiro também teve o privilégio de ouvi-la ao vivo, tornando-se bastante conhecida graças às suas atuações em rádios do Rio de Janeiro e São Paulo e através dos discos.







© Alberto Peyrano
Assessor Musical do Grupo Doce Mistério
http://br.groups.yahoo.com/group/Doce_Mister

Patati-patatá -João Werner e eu

2009/1/28 João Werner

Clevane, não tome meu silêncio por desinteresse ou arrogância. É que sou "gauche" e desajeitado para contatos pessoais.
Como diz o antigo poema chinês, "Há nisso um profund sentido, e eu bem que o queria dizer... mas esqueci a palavra..."
Seu poema ampliou em muito a leitura de minha pintura. Fiquei muito satisfeito. Já a divulguei em minha mala direta (vc recebeu?)

A fortuna crítica que o poema vem recebendo é merecida e me deixa muito honrado.
abraços cordiais do amigo e admirador
João

www.joaowerner.com

João:

Nem se preocupe, amigo.Quando os amigos silenciam , respeito seus espaços de ser e apenas espero.Não o considero "gauche" apenas porque não entope minhas caixas de entrada com e-mail.Eu, por exemplo, corro o risco de parecer nem sei o quê, por enviar tantos-mas a divulgação cultural é meu credo pessoal, por isso, divulgo tudo que é bom em Letras e Artes.A Internet supre minha falta de redação.O jornalismo, herdado de meu avô está no sangue, muitos familiares dos dois lados da família, foram de imprensa.
Não divulgo amigos esperando palavras de gratidão.O simples fato de você ser aberto o suficiente para permittir que eu ilustre seus desenhos e telas com palavras, é o maior dos presentes, há pouco, envie-lhe um PPS(não costumo repassar, mas queria que os amigos soubessem o quanto são importantes).E , pela Internet, acontece algo peculiar:nos tornamos amigos de pessoas a quem sequer conhecemos.
Os que ficam fechados, egoístas com sua obra, não logram alcançar essa abertura que vc logrou.
A incansável Elisabeth Misciasci, do projeto ZAP-agora "Imprensa zaP, é da Mídia independente e contou que apenas no primeiro dia, mais de 60 pessoas (68), leram o texto,viram sua tela- até à hora em que me mandou o e-mail.E de todas as partes...Já agradeci a ela, amiga que sequer conheço pessoalmente, mas conheço a alma, a garra, as ações...
Muitas vezes, passeio silenciosamente por seu site.As cores me alegram , nesse luto, mas a série cinza é também fascinante, por isso, escolhi seu Anjo Caído.
No dia 07/03, farei uma mostra de temática feminina( mas somente bico-de-pena e poemas ,de minha autoria), na Galeria da Árvore, aqui em Belo Horizonte, dentro do Parque Municipal- criação da artista e poeta Regina Mello, uma ação do MUNAP(Museu nacional da Poesia, que ela preside).E, ao salvar das chuvas, pastas antigas, descobri desenhos que eu fazia na Gazeta Comercial, em Juiz de Fora,"correndo", para ilustrar o suplemento literário.Vou refazer e ampliar alguns para essa mostra.Há desenhos de quarenta anos atrás.Tenho 61, embora, francamente, sinta-me jovem o suficiente para questionar com o Universo, porque as pessoas não estacionam , fisicamente, nos quarenta? Dizem:"Você não parece ter mais de sessenta" ."Não parece?Mas EU SEI que tenho!"E não escondo a idade...
Num filme nacional em que Marieta Severo protagoniza a mulher madura que Débora Fallabella (ah, onde o "l" será dobrado?) vive, mocinha, nos Anos 60 ( a concretização do "eu sou você, amanhã"), esta entra no banheiro e encontra a si mesma enrolada em uma toalha.Ao ver o corpo amadurecido, pergunta espantada:"É assim que vou ficar?". A outra responde que sim e a protagonista tenta consertar o espanto inicial:"Você é copnservada" (algo assim).E Marieta, do altode sua experiência dramática, explode que não é palmito, para estar na conserva...(rss)...O que quero dizer é que tenho consciência plena da minha corpografia, mas que alma não tem idade;sou a mesma jovem jornalista que militava na imprensa,a divulgar Letras e Artes, lutando com a censura dos Anos de Chumbo...
Desculpe, quase sai uma crônica-e é provável que a escreva.Mandarei depois.
Um ótimo e produtivo ano, amigo!Gosto de acompanhar as carreiras dos artistas e autores-o primeiro lugar de Deia Leal (Andréia Donadon), por exemplo, na ACVRA, em Granada, Espanha,deixou-me felicíssima,e ela irá a Maracena, à França, onde terá um quadro exposto no Louvre. Sua ida à Itália, em Florença,João,para expor sua arte virtual, também.Por isso, a divulguei entusiasmada.

Volta e meia, uma composição artística plástica, fascina-me.Já escrevi versos para os "Portais" de Déia Leal,para seu quadro "Flora" ; para telas de Graça Campos, -Lilás , uma delas -para os quadros de Luiz Carlos Rufo e meu "Poema Vermelho", para o trabalho que ele denominou "Flautista de Todas as Fátimas", recebi muitos e-mails .


Iara Abreu ilustrou poemas em temas urbanos (uma de suas temáticas também) e muito nos alegrou, enquanto poetas, ter nossos versos assim interpretados-o que resultou em livriho artesanal, que merece publicação editorial.
Por isso, estou sempore enviando a vocês esses eventos e notícias:precisamos compartilhar...
Abrs;
Clevane Pessoa

N:Sim , vi sua divulgação na mala direta.E a artista mineira Iara Abreu, disse-me que gostou muito de seu trabalho "Burquinha", para a qual fiz versos anteriormente.Obrigada por inspirar-me com as cores de seu estilo vibrante.

2009/1/28 João Werner

Clevane, não tome meu silêncio por desinteresse ou arrogância. É que sou "gauche" e desajeitado para contatos pessoais.
Como diz o antigo poema chinês, "Há nisso um profund sentido, e eu bem que o queria dizer... mas esqueci a palavra..."
Seu poema ampliou em muito a leitura de minha pintura. Fiquei muito satisfeito. Já a divulguei em minha mala direta (vc recebeu?)

A fortuna crítica que o poema vem recebendo é merecida e me deixa muito honrado.
abraços cordiais do amigo e admirador
João

www.joaowerner.com.br
Arte digital

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sergio Gerônimo, da Oficina editores, fala de tintas de impressoras e complemento



Imagem de arquivo, enviada pela Internet, não sei o autor,para crpéditos.Se souber quem desenhou o gif, , avise-me.

Sergio:

Obrigada por essa informação, uma paulada na cabeça, quando nos mostram essas despesas da modernidade(celulares,net,internet...tudo caro para um povo de classe média para baixo, que já come frango e compra iogurte para os filhos, mas cada vez mais, vê-se preso na malha do consumismo necessárioEm especial o de reposição.Haja grana:mais créditos nos celurares, taxas de entrega a domicílio, motoboys para arriscarem a vida ,céleres, enquanto trabalhamos e não pdoemos ir a Bancos ,repartições públicas...
As tarifas de Correio, então!Costumo às vezes, pagar mais que os livros que recebo, as encomendas.e no meu bairro, a agência(agora há "n" franquisas!), em meu bairro, o Alípio de Melo, em belo Horizonte, somente recebe para enviar, não o que chega, então tenho de ir ao padre eustáquio, onde há duas agências, mas a que recebe, já fica no início do bairro Carlos Prates.Resultado:papel pesa, se o pacote for grande, apanho um táxi.Somando tudo, os valores espantam.Eu, que era derovadora de livros e mandava dezenas aos amigos, alem de revistas e jornais (lembro-me , nos Anos 60, mandando até sessenta, oitenta exemplares do suplemento literário da gazeta, onde trabalhava, para brasieliros e amigos de outros Países!), tive de rreduzir muito meu intercâmbio.Ainda não inventaram a Interpost:vc põe o livro numa cx e ele se vai...rss...E não temos tantos livros virtuais (os "e-books" ou" e-livros")assim , mas cheguei ao vigésimo, somente pela necessidade de exposição e leitura, claro.Já é alguma coisa...
Ando sempre assinando na lista que solicita a baixa das tarifas postais para livros, (necessidade absoluta num País que precisa disseminar cultura!), antes, cortavamos um cantinho do envelope(um triângulo que permitia ver o conteúdo) e pagávamos bem menos de tarifa postal.
Quanto às tintas de impressora, um exemplo: o valor alto prejudica a participação em concursos que não recebem por e-mail (por causa do sigilo) :se a tinta acaba, o texto acaba na gaveta.Às vezes, saímos correndo para ir a uma Lan House.Pagamos.Então, vamos proteger o texto e aventamos a idéia de um sedex ou registrado com AR, o primeiro, se estamos "em cima da hora', o segundo, se o prazo é maior.O valor assusta.
Quem não tem, volta para casa e não concorre.
o assunto, dá "pano para manga".
Outro ponto:já perdi textos por vírus, porque o HD isso aou aquilo.Placas-mãe não gestam outras plaquinhas...Um raio já caiu perto e fragmentou arquivos.CDs estragaram,depois de um tempo longo.Disquete, quando usávamos muitos, sumiam, faxineiras jogavam fora...Já tentei outros recursos e cheguei a uma conclusão:meus textos não perdidos...estão no velho e bom papel!Impressos.Com tinta de impressora colorida ou p&b....
Ah, sim , o MP3, tão eficiente, mas tão pequeno, que pode ser perdido, levado quando somos assaltados, etc,etc......
Vou repassar sua informação.As pessoas precisam sempre estar conscientizadas , para melhor empoderar-se!
Um abraço:
Clevane:

N:Aguarde um cheque para mandar-me mais revistas "Plural", pelo Correio,e veja depois o valor da tarifa...E avise-me quando estiver recolhendo material para o próximo número.Gostei muito de estar nela, em companhia tal.


2009/1/29 Sergio Geronimo






O líquido mais caro do mundo!

Champagne Francês? Whisky Escocês 28 anos? Vinho?

Pergunta - O que é que custa quase R$ 13.575,00 o litro e não é para beber?

Resposta: TINTA DE IMPRESSORA!

VOCÊ JÁ TINHA FEITO O CÁLCULO?

Veja o que estão fazendo conosco:

Já nos acostumamos aos roubos e furtos e ninguém reclama mais.

Há não muito tempo atrás, as impressoras eram caras e barulhentas. Com as impressoras a jatos de tinta, o mercado matricial doméstico mudou, pois todos foram seduzidos pela qualidade, velocidade e facilidade dessas novas impressoras. Aí veio a grande sacada dos fabricantes: oferecer impressoras cada vez mais e mais baratas, e cartuchos cada vez mais e mais caros. Nos casos dos modelos mais baratos, o conjunto de cartuchos pode custar mais do que a própria impressora. Pode acontecer de compensar mais trocar a impressora do que fazer a reposição de cartuchos.

VEJA ESTE EXEMPLO:

Uma HP DJ3845 é vendida nas principais lojas por aproximadamente R$ 250,00.

A reposição dos dois cartuchos (10 ml o preto e 8 ml o colorido), fica em torno de R$ 130,00.

Daí você vende a sua impressora semi-nova sem os cartuchos por uns R$ 90,00 (pra vender rápido), junta mais R$ 80,00 e compra uma nova impressora e com cartuchos originais de fábrica, ainda economizará R$ 80,00! Os fabricantes fingem que nem é com eles, dizem que é caro por ser tecnologia de ponta. Para piorar, de uns tempos para cá passaram a DIMINUIR a quantidade de tinta (mantendo o preço). Um Cartucho HP, com míseros 10ml de tinta custa R$ 55,99. Isso dá R$5,99 (cinco reais e noventa e nove centavos) por mililitro.

Só para comparação, Champagne Veuve Clicquot City Travelle custa por mililitro = R$1,29 (um real e vinte e nove centavos). Só acrescentando: as impressoras HP1410, 3920 que usam os cartuchos HP 21 e 22, estão vindo somente com 5 (cinco) ml de tinta! A Lexmark vende um cartucho para a linha de impressoras X, cartucho 26, com 5,5 ml de tinta colorida por R$ 75,00. Fazendo as contas: 1.000ml / 5.5ml = 181 cartuchos X R$ 75,00 = R$13.575,00.

R$ 13.575,00 por um litro de tinta colorida. Com este valor podemos comprar aproximadamente:

- 300 g de OURO; ou
- 5 TVs de Plasma de 42; ou
- 1 UNO Mille 2003; ou
- 45 impressoras que utilizam este cartucho; ou
- 10 notebooks; ou
- 10 Micros Intel com 2 GB.

Ou seja, um assalto!

Está indignado?

Então repasse este e-mail adiante, pois os PARLAMENTARES alegam que o povo não reclama de nada, que perdeu a capacidade de se indignar!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Armazém bar Cultural em Contagem-MG, recebe Diovvani Mendonça





Créditos da fotos:Blog de Diovvani (saquinhos de pão & poemas);Folha de Contagem.

Diovvani Mendonça chamou-me a atenção com seu projeto de Pão & Poesia.Fez um concurso, para a seletiva de poemas que seriam impressos em saquinhos de pão.Divulgeui bastante, mas perdi , eu própr9iia a data.Mais tarde, contei-lhe, na Lagoa do nado,escrevera, nos anos 90, uma sériue de poemas para cartões, estes criados pela Relva, uma jovem que fazia meus trabalhos-e ele me disse que eu era sua coincidada, que meus poemas sairiam numa saciola de pão.
Quando em março, fizemos a Chuva de Poesia, no ano passado, ele compareceu com poema que nós, do grupo Poetas Pela paz e pela Poesia,distribuimos.
Tempos depois, fui com o fotógrafo e poeta Marco Llobus , depois de entrevistarmos uma poetisa para nosso livro-álbum, ouvir a família guiga tocar suas violas e , em meio aos deliciosos e tocantes chorinhos, recebi, do Diovvani, vários saquinhos de poesia com poemas -que mandei para amigos.
Tempos depois, ele falou comigo por telefone,convidou-me a ir conhecer seu sítio .Falou-0me de sua árvore de poesia quando lhe contei sobre a Árvores da pa, de poemas, que fizéramos com crianças e adolescentes, no centro Cultural S.bernardo, aqui em Belo Horizonte.


Hoje, recebo o convite para sua apresentação no Aramazém bar Cultural, em Contagem.
Se o leitor puder ir, não perca!A poesia dele é de boa qualidade e vc poderá conhecer o projeto, além de sua simpatia natural.E mais:vá ao blog do poeta e confira suas idéias constantemente renovadas e realizadas;
http://paopoesia.blogspot.com/2008_04_01_archive.html

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Abaixo, o texto do Jornal "Folha de Contagem"(- Edição N°489)

http://www.folhadecontagem.com.br/site/modules.php?name=News&file=article&sid=4197


"Em um mundo cada vez mais agitado, onde não nos sobra tempo para contemplar as coisas simples da vida, onde até mesmo nossa alimentação é em meio ao corre-corre diário, nos surpreendemos quando nos deparamos com algumas idéias incomuns.

O que você acharia se encontrasse protegidas sob a sombra de uma árvore, diversas garrafas PET, contendo poemas e pudesse tranqüilamente s-a-b-o-r-e-á-l-o-s? Pois saiba, ela existe e foi materializada por Diovvani Mendonça, que trabalha em Contagem e mora num sítio em Esmeraldas. Após engarrafar os poemas ele os coloca na árvore. "Assim, ficam prontos os frutos-poemas, que ofereço ao paladar dos meus amigos e visitantes, pois eu queria uma forma de espalhar poemas e letras de músicas no sítio", diz Diovvani.

História
Diovvani trabalha em Contagem e há três anos mora em um sítio em Esmeraldas. Ele conseguiu unir a profissão de analista de sistema, com a arte e está sempre envolvido com idéias que objetivem levar a poesia para o dia a dia das pessoas. Segundo Diovvani, sua cultura é proveniente de bancas de jornais e internet, considera-se um autodidata e segue desenvolvendo-se através dos incontáveis livros de poesias que já leu, e ainda continua a ler, na vida.

A poesia entrou na vida de Diovvani de uma maneira que ele passou a vivê-la, fazendo com que sua casa, exalasse letras, versos, arte. Ele reside em um sítio cercado de pedras, o qual foi batizado de Ninho de Pedras, sendo o local cuidado para que fique sempre harmonizado. Diovvani, ainda, compôs um poema parodiando Carlos Drummond de Andrade: "No meio do caminho do poeta / tinha uma pedra / no meu, caminhões / sou peão".

Diovvani, além de poeta, é compositor e possui um álbum gravado, intitulado "Mandala Sonora - quando um pássaro de fogo te traz no sol da meia-noite uma lembrança". Ele, ainda, possui um blog coletivo na Internet, onde publica seus poemas, juntamente com outros poetas, o qual pode ser acessado no endereço www.arvoredospoemas.blogspot.com, ou então, através de seu blog pessoal, no endereço www.diovmendonca.blogspot.com.

Projetos
Diovvani, é o mentor do projeto Pão & Poesia, o qual busca levar versos à população da região metropolitana de BH durante o café da manhã. De acordo com Diovvani, ele fez uma parceria com a empresa Mixpan Indústria e Comércio Ltda, distribuidora de produtos para padarias. "Os clientes das padarias participantes do projeto, além de levarem os pães, levarão de brinde os poemas", salienta Diovvani.

A princípio serão entre 200 e 300 mil embalagens com poemas no verso, os quais serão de autoria de poetas, ainda, não conhecidos do grande público e de poetas especialmente convidados para o projeto.
Vale ressaltar que o projeto é um sucesso em Portugal, onde Diovvani conta com o apoio de Vera Carvalho e Luis Gaspar, através do site www.estudioraposa.com.

Podem participar do projeto Pão & Poesia, novos autores que enviarem seus poemas, e autorizarem o uso destes, para o e-mail pao.poesia@yahoo.com.br, até o dia 30 de novembro. Já as padarias, devem solicitar as embalagens para a Mixpan.

Outro projeto de Diovvani é transformar uma rural Willys 73 em uma biblioteca itinerante. Margarida para 2008, batizada por ele, em homenagem a sua avó, deverá sair pelas praças de Contagem, uma vez por mês e cheia de livros, para levar poesias à população. O poeta pretende dar uma injeção de poesia nas pessoas, que poderão escolher o tamanho da injeção, "serão três tamanhos, sem agulhas, claro, os quais serão usados de acordo com o estresse da pessoa, se ela precisa de uma dose maior, ou menor", diz.

Quem estiver interessado em apoiar o projeto ou mesmo doar livros é só entrar em contato pelo e-mail diovvani@yahoo.com.br.


o projeto Pão e Poesia, desenvolvido por Diovvani Mendonça, que prevê a distribuição, entre as padarias da cidade, de 112 poemas impressos em 300 mil embalagens de pão. "


E, abaixo, o release/convite quye acabo de receber:


" Recital de poesia no Armazém Bar Cultural



A iniciativa visa divulgar a poesia nos mais variados lugares e para diferentes públicos, até mesmo numa mesa de bar



No próximo sábado, dia 31 de janeiro, a partir das 21h, no espaço Armazém Bar Cultural, em Contagem, o público poderá assistir ao recital de poesia do artista Diovvani Mendonça. Além de declamar versos de sua autoria, Diovvani, que para 2009 teve o projeto “Pão e Poesia” aprovado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, fará leituras de poemas do livro Quânticos da Incerteza, do poeta André Carneiro, e de outros escritores.

Desde 2008, o artista vem realizando diversos projetos para difundir a poesia, e, para que isso aconteça, a escolha do lugar também é levado em conta. “Vai ser bacana, coisa simples, de acordo com o próprio ambiente do bar, que tem um quintal com mesas e cadeiras debaixo de árvores”, relata.

Quem for ao Armazém Bar Cultural também terá a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o artista e suas iniciativas, entre elas, o projeto “Árvores dos Poemas”. “Vou falar dos projetos, contar como surgiram muitos dos meus poemas e mostrar ao público como faço o que chamo de frutos-poemas, usando folhas de papel A4 e garrafas PET”, finaliza Diovvani, que, ao final presenteará os freqüentadores com frutos-poemas.

A idéia é que as pessoas possam saboreá-los ali mesmo ou levá-los de presente para suas casas – quem sabe alguém se anima e “planta” mais “Árvores dos Poemas”, como a que o artista mantém em Esmeraldas, onde reside atualmente."





"Sobre o artista:



Diovvani Mendonça é natural de Belo Horizonte. Trabalha como analista de sistemas em uma pequena empresa de Contagem. Em sua biografia constam apresentações em shows, palestras, oficinas de poesia, participações em publicações, projetos culturais e discos, além da manutenção de blogs voltados para a poesia, como o www.diovmendonca.blogspot.com (Poeminhas para matar o tempo e distrair dor de dente) e o www.paopoesia.blogspot.com (Pão e Poesia e Pão e Poesia na Escola). Em 2008, além de encabeçar os projetos “Pão e Poesia”, “Pão e Poesia na Escola” e “Editora Árvore dos Poemas”, Diovvani ainda teve fôlego para levar mais de 20 artistas ao Parque Ecológico do Eldorado, onde aconteceu o “1º Viva Poesia, Poesia Viva” de Contagem. Para este ano, o artista está animado para dar continuidade aos seus projetos em prol da poesia."






SERVIÇO:

Local: Armazém Bar Cultural

Endereço: rua Manoel de Matos, 110 - Centro – Contagem (MG) (próximo ao Lar do Idoso da Prefeitura de Contagem)

Horário: 21h

Entrada: R$ 3,00

Reserva de mesa: (31) 3044-7901 – Rodrigo

Diovvani Mendonça
acesse e conheça:
poeminhas para matar o tempo
e distrair dor de dente.
toda semana um poema inédito.
www.diovmendonca.blogspot.com

Divulgação:

Clevane |Pessoa de Araújo Lopes

Diretora Regional do InBRasCi
em Belo Horioznte, MG

Divulgadora e pesquisadora do Museu nacional da Poesia-MUNAP

sábado, 17 de janeiro de 2009

Luciana Campos, Regina Mello e meu sarau -TerçasPoeticas_setembro2008_Palácio das Artes_BHMG-Eu Que Amo o Amor.







Fotos:Regina Mello, Diretora do Museu Nacional da Poesia-na "Praça dos Fundadores"-Parque Municipal , Belo Horiznte, MG - onde acontecem os encontros chamados "Sementes de Poesia"

Luciana campos (de branco, e prata, nas Terças Poéticas-quando emocionou e arrancou lágrimas de muitos -damas e cavalheiros!- quando interpretou "Eu Que Amo o Amor", de minha autoria.)

A bela jornalista Luciana campos de vez em quando é Mestre de Cerimônia em meus eventose o foi, nas Terças Poéticas.

Abaixo, um de seus textos e o comentário de Regina mello, Diretora do MUNAP, sobre a interpretação de Luciana ao declamar meu poema Eu Que Amo o Amor(abaixo).

Eu que amo o amor...

Clevane Pessoa de Araújo Lopes



Pelo Dia dos Namorados(12/06)

Eu que amo o amor,conheci-o antes
de que me oferecesses o teu,modelo
de paixão buliçosa e possessiva...
Eu que amo o amor,sabia
que não se ama apenas com palavras galantes,
-às vezes,sou até esquiva
quando me entregam de presente
tantas jóias caras num pequeno escrínio...
Eu,que amo o amor,entrego -te minha alegria
de te amar além do possível,
além das aparências...
E de alguma forma,fui contaminada
pelo vírus oportunista
do teu calor de chamas acariciantes.
Contigo aprendi que no amor
não existem coisas feias,
tudo é luminoso a brilhar
qual a sol em teias de aranha,
frágeis na aparência
e fortes na trama que nos apanha.
Agora,sei que não há possível cura
para o desejo de tua ternura.
Que vou morrer de amor,no amor
-quando a morte vier buscar-me,
esquiva e imprevista.
E partirei envolta na mortalha
dourada e olorosa desse amor
que abrasa e que consome.
Partirei,nua por baixo,despida
da falsa virtude,
depois que me ensinaste a entrega plena.
E volitarei a murmurar teu nome,
tu,professor de plenitude,
que me ensinaste a amar sem peias
a cantar segura e serena...



Jornalista Freelancer BH(http://jornalistalucianacd.blog.terra.com.br/2008/10


Este blog tem a finalidade de ampliar meus relacionamentos profissionais, fazendo com que, além de conhecer novas pessoas, eu também aprenda muito com elas.

***XXX***
Viagem (relato de insight que vivi)
18 de junho de 2008

Ontem fiz uma viagem. Fui a um dos lugares mais importantes e espetaculares que já visitei. Viajei para muito longe, mas já estou de volta mais segura e amante da vida como nunca. Quero contar para todas as pessoas que estimo, pois foi um fato tão mágico que só os seres de coração aberto devem e merecem sabê-lo. De olhos fechados, deparei-me com uma moça alegre, divertida, enérgica. Ela levou-me a um lugar ainda estranho, de infinita leveza… Diversas indagações foram feitas por mim, afinal, não seria eu a resistir tamanha curiosidade. Queria mesmo saber mais sobre essa menina feita de vento, espírito, luz e amor. Durante as perguntas, descobri que aquele ser misterioso e tão sonhador se parecia comigo, o que fez-me continuar a seguí-la pelo caminho de flores. Seus olhos tinham um ar de meiguice e tristeza sem fim. "De onde vinha tanta tristeza?", perguntei-me. Ela me abriu seu coração, sua mente, amores e dores. Este diálogo quase sem palavras ou sons, sem gestos ou cobranças, jamais havia ocorrido entre mim e qualquer outra pessoa. Dentro deste ser havia tanta força que apaixonei-me por sua maneira de lidar com a vida, por seu olhar e pela caridade ao próximo que habitava seus gestos. Seu âmago era repleto de carinho, e ao aproximar-me um pouco mais, ao fitar seus olhos como quem reconhece a si mesma, descobri que estava lidando com meu próprio íntimo. Um sentimento de alívio pairou sobre mim. Percebi, com certeza, que não há nada melhor e mais estimulante do que se conhecer de verdade. O autoconhecimento livra-nos das repressões sem fundamento, das leis e manipulações exageradas. Foi maravilhoso estar diante de mim mesma, de alma aberta, sabendo assim, que mesmo com todas as fraquezas e ignorâncias existentes, há alguém muito especial pra mim e para muitas outras pessoas. Eu mesma! Faça você também uma viagem a um lugar misterioso, lindo e fantástico, aonde você descobrirá um ser maravilhoso, que não deve ser reprimido quanto aos seus anseios mais profundos e benfazejos. Experimente e verás que não há nada igual…

Luciana Araújo Campos Diniz

Escrito em 2000. Revisado em 2008.

Fonte:http://jornalistalucianacd.blog.terra.com.br/2008/06/18/viagem-relato-de-insight-que-vivi/

E mais:


Apreciação de Regina Mello, escritora.
20 de outubro de 2008

Querida Luciana,
Muito obrigada pelo presente! (Referindo-se ao poema de Clevane Pessoa, encaminhado por e-mail, por mim)

Parabéns pela escolha e interpretação deste belo poema.
Você tocou meu coração. Eu fiquei paralizada tomada de emoção. Realmente o mais belo poema que já ouvi, sua interpretação foi perfeita, sua alma de mãos dadas com o seu amor, soltavam a emoção do poema no ar. Só mesmo uma pessoa que ama o amor pode fazer isto. Obrigada! Viva o amor!
Obrigada por me enviar, li e emocionada lhe agradeço e parabenizo!
Vou guardar esta noite na minha caixinha de melhores lembranças.
Que Deus te abençoe!
Um grande abraço e beijos,
Regina

Haikai da escritora



O vento corre
E a água escorre em fio
Tecendo a luz

Regina Mello-2008



Arquivado em: Apresentações de Eventos I
1 Comentário »

1.

Comentário por clevane pessoa de araújo lopes — 21 de outubro de 2008 (20:40)

Luciana:

Conforme pode ver, meu poema Eu Que Amo o Amor, pelo andamento, terá de chamar,” Nós (mulheres) que Amamos o Amor”, pois você deu a exata tonalida à tessitura dos versos.
Regina Mello,que dirige o Museu nacional da poesia-MUNAP- apesar de ser amável, tem alto padrão seletivo-oque muito nos alegra e honra.
Um abraço e, mais uma vez, obrigada.Clevane

Mestre Conga e Jadir Ambrósio:samba é com eles mesmos



Imagem:mestre Conga no surdão(arquivo Alessandro)Texto de Clevane Pessoa Lopes, para encarte CD(setembro,2006,após entrevista)

MESTRE CONGA

José Luiz Lourenço,-o Mestre Conga-oriundo de Ponte Nova,cidade mineira,ainda criança,é a história viva do samba em Belo Horizonte.Participou ,mocinho ainda,dos primórdios das escolas de samba,que originaram,de maneira direta ou indireta, as atuais.Agora,octogenário,faz parte,na UFMG,da Faculdade do Samba,onde a velha guarda busca ensinar às novas gerações,as manhas do ritmo.
Figura bastante marcante,possui memória invejável,nomeando pessoais e datando acontecimentos com precisão.Seu apelido foi-lhe dado por colegas do Grupo Escolar Flávio dos Santos,quando participava,com o irmão,Oswaldo Luiz, da Guarda de Conga N.Sra.do Rosário,que era coordenada por “Antonio Grande: tinham de amarrar latinhas de massa de tomate nas pernas,para conseguir a necessária percussãoOs colegas,quando apareciam,apontavam:”olha os Congas”....Também foi essa iniciação que gerou nele o gosto pela dança,uma paixão,pelo público em redor,uma necessidade.
Mestre Conga gostava muito dessa atividade,desempenhada depois que iam para o serviço do pai,braçal,na lavoura.Conta que a mãe era dona de casa,ambos analfabetos.Dançavam o congado,habituando-se aos espectadores,que ficavam espiando a função.Ele fazia os passos,agachando e levantando.”A Conga,conta-me o mestre,música oriunda da América Central”foi proibida durante a Ditadura”-como tudo que estava relacionado a Cuba..Dançava como vassalo e no início, era acompanhado quase por toda a sua família,tios primos,restando por fim,o irmão e ele.O pai não gostava da Conga e sim de “dançar,ao som de sanfoninha de oito baixos”.Um dia,Seo Antônio,o capitão da Guarda,aborrecido com o adolescente,mandou-o para casa descansar.Ele não voltou mais.
Com treze para catorze anos,jogava futebol,em times que eles mesmos,da comunidade,formavam.Com a elasticidade adquirida na dança,por certo levava bem a bola.Logo,passou a se interessar por dança de salão,no Rádio Dançante Clube.Esmerava-se de segunda a sexta-feira, das 20 às 23 horas,mas ele e os amigos,não podiam freqüentar os bailes de domingo,por serem “de menor”.
Com quase dezessete anos,perde o pai.A mãe não consegue ter a mesma autoridade e dá mais liberdade aos jovens.No barro preto,havia um clube chamado “Original do Barro preto”freqüentado por pessoas mais escuras e humildes,conta.Havia outra casa dessa ,o “Original de Santa Efigênia”.
Nos Anos Quarenta,logo após a II Grande Guerra Mundial,sai na Bateria da escola de Samba “Surpresa”,que funcionava onde depois se instalou o Sindicato dos Tecelões em Belo Horizonte:
-“Ensaiávamos lá mesmo,no miolo da pedreira,à luz de lamparinas,já que não havia como usar eletricidade.”
Foi nesse local que surgiu a Primeira escola de samba da capital,fundada por Popó e Chuchu(1938).Popó era Mário Januário da Silva.Chuchu,José Dionísio de Oliveira.Antigamanete,denominados “Maiorais”.Mestre Conga fala sorridente e brandamente,com precisão,faz questão de nomear as pessoas.Na verdade,é a história viva do samba belorizontino ,legítima testemunha de todas essas décadas.Mestre Conga,fiel à verdade,diz que ,apesar de jamais ter sido componente da “Surpresa”,acompanhou-a muito,nas batalhas de confete,tão usadas na época.
A “Surpresa” era uma remanescente da “Escola de Samba Pedreira Unida”.Posteriormente,houve uma cisão entre Popó e Chuchu,”um racha”,explica.Popó,que era pandeirista da rádio Inconfidência, então,criou,na Barroca,bairro da capital,sua própria escola e,”por gozação,ou para irritar”,chamou-a de “Escola Primeira de Samba”.Chuchu,por sua vez,era tamborinista da Rádio Guarani.Os dois tocaram com muita gente famosa em sua época, como Geraldo Tavares,o Cancioneiro,Paulo César de Aguiar.
O jovem Mestre Conga,então volta para a gafieira.Nessa altura,ganhava a vida como sapateiro.Conta que afetou a vista direita, numa fábrica de calçados,ao colocar um rolo de arame em uma grampeadora .
Adora dançar desde mocinho dançar.Rememora sempre os conhecidos de sua época.
Nessa ocasião,conheceu uma grande sambista,que representou,para o samba da capital mineira,o que Tia Ciata foi para o samba do Rio de Janeiro.D.Lourdes Maria de Souza,conhecida como ”Lourdes Bocão”,mãe do “Nenê da Bateria”.Até hoje,aos noventa e quatro anos de idade,ela ainda sai na “Inconfidência Mineira”. Na gafieira, conheceu Plínio Saxofonista e Zé Luiz do Trombone,entre outros.Já do pessoal das rádios,a partir de 1958,conheceu Rui Martins,Maestro Ofir Mendes,o pandeirista e compositor Jair Silva,o Maestro da Rádio Inconfidência Moacir Pontes,o Maestro Dele(José Brás de Oliveira),já falecidos.Cita tr se encontrado,no Rio de janeiro,o maestro e pianista Guio de Moraes ,fala de Jadir Ambrósio,compositor.
Mestre Conga começa então a compor.Explica que ,à época,compunha-se apenas um verso,numa espécie de mote e os demais iam atrás,improvisando versos.A roda de samba era o que hoje chamam de pagode,acentua.
Da gafieira,através dos companheiros passistas,de escola de samba,em 1946,estreou na Surpresa,a cita remanescente da Pedreira Unida.Fazia seus próprios instrumentos,e por certo a profissão de sapateiro o ajudou a criar seus próprios tamborins.”Era jovem,dezessete anos,gostava de desfilar.”Em 1947,por motivos de paixão por alguém,deixou-se levar por um “Maioral” um fundador da Escola de Samba Remodelação da Floresta”,Ildeu Amaral da Silva.Nessa época, muita boa,teve início “verdadeiramente,a amor pelo samba.”
Dois concursos o marcaram muito, o da “Rainha do samba”,promovido pela Rádio Inconfidência,e o Concurso “Cidadão do Samba”,promoção dos Diários Associados,Estado de Minas,Diário da tarde e Rádio Guarani.Foram o “ponto alto” do carnaval deBelô.Em 1948 com pouco menos de 21 anos,foi o ganhador-e como cidadão do samba,”não parou mais”.Samba-enredo,algo mais elaborado,teve início,na capital mineira, de 1956 para cá.Então,passou a escrever letras mais completas.Sua Escola, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Inconfidência,para ele “muito querida,é a mais antiga, a mais pobrezinha”,afirma.Resulta de uma cisão da “Remodelação da Floresta”:ele,companheiros como Lourdes Bocão,Fefeu.Cici,Arroz,Severino,Silvio Porciano,Amintas,Alírio de Paula,além de familiares também engajados na nova escola,ensaiam até hoje,no terreiro de sua casa,no bairro Concórdia.
A partir daí,tomou gosto em escrever o samba de uma estrofe,improvisando o restante da composição, desse ano em diante(1956)-“Agora,a escola de samba deve apresentar sambas enredos inteiros,com alegorias”,explica.
Para Mestre Conga, o auge do carnaval na capital mineira,aconteceu na gestão do Prefeito Maurício Campos.O último bem administrado,foi na do prefeito Ferrara,em sua opinião.Agora,acredita que o desfile vai melhorar,com a promessa do sambródomo.
Gosta de todos os seus sambas,mas acredita ser o mais bonito um chamado “A Saga dos Índios na Terra das Gerais,que está para ser gravado pelo pessoal da “Faculdade do Samba”,que reúne a Velha Guarda na UFMG.Mestre Conga também acontece nos saraus do centro Cultural S.Bernardo(Lagoa do Nado).E sempre está proto para apresentações.
Este jovem octogenário,gosta do samba porque ele o mantém,”em movimento”e da confraria a que pertence,a de S. Vicente de Paula”.Claro,de futebol e de arte afro.Também sai todos os dias e cita :”melhor andar à toa,do que ficar à toa”,uma ds máximas de seu pai..
Para o carnaval de 2006,concorre com um samba-enredo, chamado “Petrobrás,Um Sonho Que Deu certo”.Diz que o é preciso sonhar:”O cidadão,o ser humano que pensa e tem um pouco de vaidade,está sempre sonhando”.Sente-se grato pelo projeto aprovado:”Veio como um presente de Deus,que inspirou ao Júlio César Coelho Rosa fazer esse projeto,sobre minha pessoa...Eu não esperava que,depois de velho,fosse ser assim útil,para ele ganhar a aprovação.Fico lisonjeado e satisfeito.Fui criado em família muito humilde e mesmo tendo perdido meu pai muito cedo,nem por isso me prostituí ou marginalizei.Chegando aos setenta e oito anos,pretendo encerrar a vida da maneira como sempre fui e sou:embora simples,tenho dentro de mim a vaidade que simboliza a auto-estima”.
Mestre Conga recebeu o título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte,agraciado pelo “saudoso vereador Francisco Alves,depois Secretário de admnistração da capital mineira”.Pensa que,de seus momentos inesquecíveis,ter sido eleito “Cidadão do Samba”,em 1948,foi o momento mais significativo:”Me senti quase como um imperador”,entrega.Quandoa escola logra os primeiros lugares, a emoção é enorme,muita alegria,espera que ainda alcance novamente essa colocação.
Esse eterno “ Cidadão do Samba,de Belo Horizonte,posando ,no Palácio das Artes,para uma sessão de fotos,satisfeito e natural,revela no brilho dos olhos, que valeu a pena a espera pelo reconhecimento de sua trajetória.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Escritora e psicóloga
(01/09/2005)



Texto resultante da entrevista,que aconteceu no Palácio das Artes,sem nenhum sinal de cansaço pelo velho sambista.Quando nos despedimos na porta,ele seguiu e ao atravessar a Av. Afonso Pena,virei-me para olhá-lo.Andava lépido,como se dançasse,como se ouvisse música...
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Belo Horizonte,05/08/2005



13/09/2005 20h26

MEU ENCONTRO COM JADIR AMBRÓSIO

Em 27 de junho de 2006

Há pouco tempo,no evento Poesia Abraça a música,que reúniu no Teatro Chico Nunes,37 músicos,musicistas e poeta,declamadores e performáticos, conheci Jadir Ambrósio.

Deu-se que peguei um táxi e cheguei ao Parque Municipal, onde se situa o referido teatro Francisco Nunes.
Pelo portão que dá para a Av Afonso Pena, entrou perto de mim, uma leva bem variada de pessoas, de várias idades,pois escolas mandaram seus adolescentes.
Ao descer a rampa, vi os que esperavam por algo ou alguém e, pelos vidros do hall, os que lá estavam.Fiquei por uns momentos breves,sem saber como proceder,pois ia me apresentar e sempre fôra lá como expectadora ou representando a Casa da Criança e do Adolescente,que coordenava,no HJK.Perguntei pela entrada dos artistas e o Jadir ,que já havia feito o mesmo,andou ligeiramente atrás de mim.Descemos a rampa e virei-me para conversar com ele.Negro alto e elegante,de cabelhos em capulhos de algodão,sorriso aberto.
Contou-me que seu acompanhante não viera,por isso,nãoia poder se apresentar."Que pena",eu disse,com tantos músicos,um deles não o acompanharia?"Ele se espantou.explicando que é preciso ensaiar.O que bem sei,pois sou mãe de músico e sei a importância da perfeita harmonia entre os músicos ,para os números apresentados...
Nos bastidores,camarins e coxias,todos os procuravam.
Eu andava a ver conhecidos e num momento,aproximei-me ,a tempo de vê-lo,bem baixinho,enquanto dava seus passos,cantar uma das músicas que defende.
Em vez de irritar-se acintosamente,se ficou frustrado por não aprecer para o grande público,Jadir Ambrósio tratou foi de proceder conforme a sua essência:ser artista.E o aplaudimos sem fazer barulho,o que fez brotar um grande sorriso no seu rosto quase sem rugas.
Benditos sambistas!
Quem puder,vá vê-los,Jadir Ambrósio,e Mestre Conga,conforme salienta Aécio cunha:da seara do samba mineiro(19/07) no Teatro da Biblioteca municipal.às vinte horas,sempre ás quartas feiras,como também aos demais artistas...


13/09/2005 20h26
Mestre Conga,Press release
Mestre Conga
◊◊ Press Release ◊◊

A Petrobrás, entre muitos outros projetos, escolheu o de Júlio César Coelho Rosa, que visa promover a história do mineiro José Luiz Lourenço, mais conhecido como Mestre Conga.O apelido, o sambista traz da infância, quando pertencia a uma Guarda de Conga. O autor do cito projeto visa resgatar, através da própria história desse personagem, a história do Samba e do Carnaval de Belo Horizonte.
Oriundo de Ponte Nova,nascido em 1927 onde o pai era lavrador, cedo Mestre Conga, sempre fascinado pelo ritmo, entrosou-se às gafieiras e posteriormente às escolas de samba.
Em 1948,o jovem artista recebe o título de Cidadão do Samba, que até hoje, lhe cai como uma luva. O concurso,um dos pontos altos do carnaval da época,era promovido pelos Diários Associados:jornais Estado de Minas,Diário da Tarde e Rádio Guarani,contraposto ao da Rainha do Samba,organizado pela Rádio Inconfidência.
Como exerce a profissão de sapateiro, quando convidado para integrar os percussionistas da Escola de Samba “Surpresa”,como tamborinista,ele próprio confecciona seu instrumento.
Mestre Conga narra que os samba-enredos eram feitos coletivamente: fazia-se um mote,cujos versos, nas rodas de samba, segundo ele, a mesma coisa que os “pagodes” de hoje, eram seguidos pelos compositores. O “samba de estrofe”, somente teve lugar “de 1956 para cá, explica”.
Lépido, sorridente,dono de memória privilegiada,faz parte, com outros veteranoas,da Faculdade do Samba da UFMG. Sua escola atual é a “Grêmio Recreativo Escola de Samba Inconfidência”, cujos ensaios acontecem no terreiro de sua casa.
Mestre Conga terá, como ponto alto do projeto, o lançamento do Cd “Decantando em Samba”.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes
(dados obtidos em entrevista)
Publicado por clevane pessoa de araújo em 27/06/2006 às 12h15
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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

CAPORI-Antologia 44 Anos e Ieda Cavalheiro






Fotos:Sede da CAPORI, Ieda cavalheiro lê poemas em programa de rádio mensal, na Rádio Pampa.


Com prazer, recebo e-mail de Ieda Cavalheiro, da CAPORI(Casa do Poeta Riograndense.A CAPORI completou 44 anos de existir.Vida longa à entidade e seus afiliados!
Fui convidada a integrar a antologia comemorativa e agora, recebo o pedido de envio de meu endereço para receber vinte volumes.
Além disso, a presidenta cita, conta-me que leu vários poemas de minha autoria em seu programa de rádio.Também alegra-me o convite para afiliar-me a esse consistente e sério grupo.


Ieda Cavalheiro
Date: 2009/1/14
Subject: Urgente! Urgentíssimo!
To: clevane pessoa dearaújolopes


Bom-dia, Clavane! Salve!
(...) Apenas para enviar-te mesmo os exemplares que combinamos que receberias por tua participação, cinco por página paga. Tens quatro páginas na obra, vinte exemplares a receberes(...)

Tivemos cinqüenta e um autores escritores e dois artistas plásticos na Coletânea. (...)

Li algumas vezes teus poemas na Rádio Pampa, onde fazemos um Programa uma vez por mês, de três horas de Poesia e Cultura juntamente com Altayr Venzon, da Tribuna Popular.

Estou saindo para Pelotas, cedinho e volto no final da próxima semana. Então te enviarei os exemplares porque hoje já não tenho mais tempo para fazê-lo.
(...)
Se quiseres ser associada da CAPORI, envio-te nossa Ficha para te inscreveres com todas as orientações, o que me dará imensa alegria e orgulho a nossa casa , com certeza. Ainda não tens nenhum pedido de sócia anterior.
(...)

Obrigada por atenderes rápido, pena que vais ter que esperar mais um pouquinho, agora. Ontem à tarde viesse, teria dado tempo de ir ao correio.
Beijo fraterno. Ieda
!


(...)Estimada Yeda:

Aproveito para desejar aos afiliados e a você um super ano, de muito
sucesso e alegrias genuínas.
MANTENHA-ME A PAR DAS SEUS BELOS EVENTOS;
Paz e luz para todos.

Clevane




Clevane:
Boa-Tarde! Feliz 2009!
Gostaria muito de te enviar os exemplares da CAPORI 44 Anos. Por favor,
envia-me um endereço postal.
Beijo fraterno e carinho da ieda

E um delicioso poema da autora cita, presidente da CAPORI:

Rosa dos ventos
Rosa dos Ventos

Rosa dos ventos não venta,
Toda prosa, faz-se estrela,
O norte pensa que norteia,
O Sul em pé, só campeia,
No Leste, o sol é nascente,
No Oeste, a estrela é cadente,
Entre os pontos, faz – se ponte,
Os Estes entremeados:
Nordeste, Sudeste,
Noroeste, Sudoeste,
Os ventos são encantados?
E a flor? Não vejo de nenhum lado!
Rosa dos Ventos não venta,
Ou aprendi tudo errado?

Ieda Cavalheiro

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Joaquim Evónio-Sem peias- e minhas trovas sobre Estrelícias







Imagem:tela de Tigo-Retrato de Joaquim Evónio

Foto:Eu(Clevane Pessoa) escrevendo),créditos de Ciléia Botelho.
Imagem:estrelícia.Fonte:http://www.infoflor.es/wp-content/uploads/2008/07/strelitzia_3.jpg

foto enviada a meu pedido, pelo Poeta Joaquim Evónio-um grande amigo a quem ainda não conheço pessoalmente, mas faz-me a finura de hospedar-me em seu belo blog "Varanda das Estrelícias"(*)


A criatividade é a Primavera da alma...


SEM PEIAS



Quero fazer versos

sem bitola

sem ter andado na escola

a aprender poesia...



Estou-me nas tintas para a métrica

desde que o sentido obedeça

à imagem verdadeira

que quero transmitir!...

E o mesmo para a rima!



Eu sou livre

e faço o que quero.

Tudo é tão claro,

tão verdade

e com tanta estima...

Que é poesia

só pela liberdade tão liberta

de conter mensagem

sem escola, sem métrica e sem rima

mas sempre verdade,

verdadeira,

daquela que não se ensina!



joaquim evónio



Seja bem-vindo ao meu site - (*)Varanda das Estrelícias

www.joaquimevonio.com

Trovas de Clevane Pessoa sobre estrelícias- para Joaquim Evónio:



Estrelítzias são estrelícias
no antigo e bom Português!
Estrelas que são delícias,
flores-aves,prá vocês!
XXX*XXX

Quais aves do paraíso,
longos bicos nos apontam
se são pétalas ,preciso
pensar em asas que contam...

XXX*XXX

Num jardim só de estrelícias,
trinam versos, quais as flores
que são aves sem malícias,
já suas formas...já suas cores...

XXX*XXX

Quando o vento assobia
o segredo das primícias,
balerinas da alegria,
dançam leves, estrelícias...

Clevane, para Joaquim Evónio, com os muitos agradecimentos de sempre!
De belo Horioznte, Brasil, até Lisboa, portugal.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Para sermos Nós Mesmos-Clevane Pessoa de Araújo Lopes



A foto tem crédito de meu marido, Eduardo Lopes da silva, que até passar para outra dimensão, acompanhava-me em meus trabalhos e lazer-e gostava de fotograr-me.Nessa ocasião, em Boa esperança, estávamos na Academia de Letras, quando proferi palestra sobre Carlos Drummond de Andrade e recebi a antologia, onde estava meu texto premiado.À época, presidia a Academia Dorense de Letras o saudoso João lourenço naves,Atualkmente, a escritora e pesquisadora marisa parreiras ocupa esse cargo.

PARA SERMOS NÓS MESMOS

Clevane Pessoa de Araújo Lopes *


Temos que aprender a reedificar nossas edificações interiores, que muitos tentam destruir. Dentro de nós, nos vem um instrumento belo e forte que se chama intuição. Caímos num mundo feito muito, muito tempo antes de nós, e ele está cheio de dogmas, leis, normas e preceitos, conceitos e preconceitos. Necessidades que nos afastam de nós mesmos. Crianças costumam acreditar - e uma de nossas maiores "conquistas" apreendidas do mundo externo é desacreditar no outro, desconfiar de quem nos cerca. Como nos enganam, quando nos fazem esquecer a criança dentro de nós...

Se estamos a caminhar apressados e nos perguntam as horas, levamos um susto, a carga adicional de adrenalina no sangue, a taquicardia paroxística, traduzidas do medo que hoje sentimos de outros humanos, é muito triste.

Claro, há motivos: assaltos, arrastões, seqüestros relâmpagos e demorados. Numa capital, por exemplo, não se fica a conversar na porta de casa, não se cumprimenta quem por nós passa muito depressa, tão depressa quanto nós também passamos pelos outros. Nas praças, caminha-se, corre-se, sem sequer olhar para os lados. Às vezes, um cãozinho na coleira nos proporciona um dedo de prosa. Não são contados "causos".

Aquele que morre, é um entre dezenas. O que nasce, na Maternidade, já terá a companhia de outras pessoazinhas nos berçários.

Não somos mais "o" alguém... O filho de seu fulano, o neto do velho beltrano. Passamos a ser " um". Um médico, um carteiro, uma advogada, mais um, mais uma.

Kierkegaard,em 1850, já chamava a atenção para o fato de que um indivíduo será sempre superior à sua espécie vista como um todo.

A nossa individualidade é que nos torna singulares. Claro, a adaptabilidade é um exercício: sofre menos, quem se adeqüa ao necessário. Mas não precisamos ser quais animaizinhos amestrados, aquele que se curva ao mestre, ao dono, ao chefe, a patrão, a ponto de perder-se de si, nem adestrados, aqueles que renunciam aos seus próprios ideais e filosofia de vida, à sua maneira de ser, para não perder um emprego, um status, um casamento sem amor, mas que traz benefícios pecuniários, por exemplo.

Há um tempo, na vida, em que precisamos, sim, ser alunos e ter mestres. Somos filhos a quem os pais ensinam. Temos de respeitar os que vieram antes, os que já estudaram mais, os mais sábios, instrutores de fé, de crenças. Mas nem estes têm direito de nos subjugar, amordaçar, calar.

Respeitar alguém não significa ser-lhe subserviente. O brio de ser, o brilho da individualidade, somente lustra nossa personalidade.

Quantos, para agradar a companheiros conjugais, amantes e namorados, não raras vezes, amigos, anulam-se, desconstroem-se, desinstalam-se de seus melhores traços? Renunciam a suas metas, a seus dons, a seus talentos.

Somente deveremos exercer profissões que nos atraiam, nas quais nos sintamos realizados e felizes.

A propósito: há algo de mal na felicidade? Quantas pessoas acreditam-se não merecedores da felicidade plena? Pois saibam que a busca da ventura é o primeiro dever do seres humanos.

Quando, em outubro, fui ao CLESI(*), em Ipatinga, MG, receber a antologia Prosa Gerais e o troféu de segundo lugar por "O balão Amarelo", conheci, na van do Resort San Diego, que nos levava ao auditório da USICULTURA, um jovem e talentosos poeta e contista.

Conversa vai, conversa vem, ele contou que morava em Juiz de Fora (onde morei), que era belorizontino (onde agora resido). E, pasmem (eu não!), deixou o cursos de Medicina, para ser... Poeta.

Adorei conhecer tal força, tal auto-respeito, em alguém ainda longe dos trinta anos anos. Ele subiu ao palco três vezes. Certamente as palmas, para os conhecedores, como eu, dessa escolha maravilhosa, tinham um sentido muito maior.

Sim, às vezes, é belo renunciar. Mas por uns tempos, por favor! Como viver longe de si mesmo, da pessoa que você veio destinada a ser? É preciso adquirir a habilidade de estabelecer espaços, hiatos de temporalidade, momentos de generosidade em prol do outro. Isso é belo. Mas assim que puder, rasgue os ombros e deixe que dos cortes, nasçam asas. E voe, sendo você mesmo...

Há quase três décadas, escrevi:

"A liberdade de ser
É o espaço do ser,
Dentro do estar, para fazer-se."

Eu própria, embora não divorciada da Literatura, nem dissociada de minha essência poética,p ara responder às necessidades de ser companheira e mãe, deixei por uns tempos,paralela a tudo mais, a minha vocação de escrever.

Assim que pude, no entanto, retomei as hastes de minhas flâmulas, redesenhei os brasões de meu ideal e voltei ao meu fazer de escritora, amante das palavras, sacerdotisa do verbo.

E jamais escrevi tanto: eu , de mim, aqui estou, militante por mim mesma, pelo meu modo de ser- estar no mundo...

O sentido da Vida, é simples:viver. Mas não se traia, nem se esqueça. Lembre-se de você, fruto de si mesmo. Lembre-se sempre de ser único. Você...

Com os melhores votos de feliz e consciente Ano Novo. Sempre é tempo de mudar, quando é preciso. Mude para melhor. Você tem esse direito. Todos nós temos: o direito de sermos nós mesmos.

Belo Horizonte, 28/12/2006



"* Escritora e poeta, artista plástica e psicóloga , quatro livros de poesia está presente em mais de oitenta antologias, por premiação ou cooperativismo, no Brasil e no Exterior. Escreve e desenha desde a infãncia.

Publicado originalmente, em 2006, no site Comunidade Maytê.

(...)"Vânia Diniz pedira mais um texto para o Comunidade Maytê, "por um mundo melhor"
(http://www.comunidademayte.com/Portal/artigos.php?id=1289&idCanal=4)e o escrevi, botando a alma boca a fora...
Aproveito a primeira tarde do Ano, para agradecer a delicadeza com que Maytê e Vânia convidaram-me a integrar seu staff de colunistas.
O aroma de dignidade que se evola do "Comunidade Maytêe", muito nos preenche a satisfação de ali estar, acompanhada dos autores postados no index abaixo.
Que em 2007, continue esse lindo trabalho.
A revista virtual sai agora e há muitos autores interessantes, confira(...)"

Rimas para Clevane-Ademar Macedo -in trova



Crédito da foto: click da jornalista Luciana Campos,de 31/12/2007 para 01/01/2008, em minha casa (Clevane)

As rimas para Clevane?
É só abrir meu baú...
se você não for insane,
acha rimas pra xuxu!...

(Ademar Macedo/RN)

Rima para Clevane-Lisieux



Foto:Terezinha de Lisieux, durante a entrevista para o projeto POIETISA, fotografada pelo poeta-fotógrafo Marco llobus (Marco Antonio de Melo Rodrigues)
Na rememória da escola Tropo, regida sabia e jsutamente pelo Prof. Nilson Matos,Terezinha de Lisieux, Pastora e Poeta, lemtbra as "rodadas" de temas em que nós, professoras, corrigíamos as eventuais falhas dos trovadores-aprendizes, a maioria, formada por grandes poetas, mas desacostumados a rima e métrica da trova...
Brindou-me então, com esse mimo, a respeito de rima para meu nome raro (Lisieux é apurada sonetista, além de tudo:aprendeu cedo, com a mãe, essa difícil arte):




From: lisieux
Date: 2007/1/6
Subject: Re: [escolatropo] Primeiro Poetrix para Clevane
To: escolatropo@yahoogrupos.com.br



E pensando nas rodadas de correções de trovas:


Metro Certo

A rima certa deu pane...
Quem concerta?Clevane!

lisieux - BH

sábado, 3 de janeiro de 2009

Generosidade-Vânia Moreira Diniz, para mim




FOTO:O CASAL DINIZ NO T-BONE, NA BIBLIOTECA DO FAMOSO AÇOUGUE CULTURAL ,QUANDO DO LANÇAMENTO DE MEU LIVRO "MULHERES DE ÁGUA, SAL E AFINS".

IMPOSSIBILITADA DE COMPARECER, TIVE TODO APOIO DO CASAL, INCLUSIVE VÂNIA OCUPANDO MEU LUGAR NO DEBATE ENTRE AUTORES E PRESENTES, O QUE MUITO ME HONROU E ALEGROU. AMIGOS MEUS LÁ ESTIVERAM E EU, AUSENTE, ESTIVE PRESENTE ATRAVÉS DESSA SOLIDARIEDADE. ALGO PARA JAMAIS ESQUECER.

Generosidade

Por Vânia Moreira Diniz
Para minha amiga Clevane Pessoa

Quando encontrei tua alma entendi,
O porquê de meu intenso carinho,
Repousei em nuvens densas e vivi
Respirando o ar puro do caminho.

Já podia crer na suavidade e calma,
Observar o por do sol e na vida confiar,
Sentir o pranto suave de minha alma,
E para o ilimitado sem receios olhar...

Lá no infinito já encontrara meu mar,
Segredos misteriosos de generosidade
E em tua essência vislumbrei essa verdade.

Parei ofuscada pelo que transparecia,
Em tua alma profunda energia,
Que em certos momentos me fazia chorar.

O Gmail avisou-me que eu estava com excesso de armazenagem, então, de trás para grente, comecei a deletar uns guardados.
Encontrei, datado de 19/12/2006, esse soneto de Vânia Diniz para mim.

Então,comovo-me com essa delicadeza e, dois anos depois, republico-o, reagredeço e espero que os laços estejam tão fortes quanto sempre foram.A "generosidade" cita no título, é típica ...da autora...

Clevane Pessoa de Araújo Lopes