sábado, 28 de novembro de 2009

Escola Gurdjieff São Paulo-Incríveis Histórias de Um Mundo Esquecido




Ao transcender uma realidade que existe a metros do espaço onde desenvolve uma trama, o autor, o ator, cumprem a graça concedida de enredar os que assitem.Ou dve cumprir essa destin/AÇÃO. Cito Filipe La Féria, que sinaliza:"O teatro é o barómetro de uma sociedade".E torna os enredos atemporais e adaptáveis - o suficiente para que uma mesma peça, mesmo anos ou séculos, depois, se levada a palco, atinja os espectadores com impacto similar ao do momento em que foi montada, sendo um registro de época , uma denúnicia político-social, uma paródia de costumes, um compêncio de perfis psicológicos incontestes. E os artistas sempre são pessoas especialmente formadas.Instalam na consciência uma campainha, que soa ao sopro da beleza, estridula aos gritos das guerras, tintila aos apelos da POIESIS...As histórias cênicas não são esquecidas...

O teatro une-se às demais artes e mesmo às demais profissões.Cenários, música, musicais, performações, coro, solos...Algumas montagens grandiosoas, pedem os saberes e os que-fazeres dos físicos, engenheiros, arquitetos, decoradores, figurinistas, sonoplastas, especialistas em eletrônica, informática,iluminadores, além de mover um pequeno exército coadjuvante, dos maquiadores aos roteiristas e até aos amigos...É preciso patrovício, formação de base, talento, setenta e sete vezes paci~encia, até que a estréia aconteça.
Os artistas de teatro, tanto empresam o corpo para receber prtagonistas e personagens, que passam a conhecer melhor o Outro, a-aquele que não é ele, mas onde onde o outro instala seus perfil, incongruências que terão de parecer verossímeis e convencer, mesmo no absurdo(qual o demosntrou BOAL) , estar no imaginário de cada um , com a cota necessária de fantasia, sentados em cadeiras de realidade.

Se não hyá palco, o ator se move e é movido, ainda assim.Certa feirta, nos anos 60, em Juiz de Fora,para a gazeta Comercial, onde iniciei-me no jornalismo, eu entrevistava Natálio Luz, Diretor teatral, quando ele me revelou:"Teatro é ator".Verdade absoluta.

Recebo sempre verdadeiros presentes do renomado Escola Gurdjieff São Paulo-de cursos gratuitos, virtuais, a convites o esse abixo, para a apresentação, por Lauro Raful, de , que ele e paulo raful escreveram.

Caso estiver em S.Paulo, assista (por telefone obtenha sua reserva).

Infelizmente, somente hoje, numa caixa de entrada cheia demais, encontrei o convite, pelo qual agradeço.

E, cado possa ir, mande-me suas impressões ou fotos . Terei prazer de publicar.

Mesmo á dist~encia, sempre aplaudo o Gurdjieff, das coxias de meu âmago...

Clevane Pessoa

asasdeborboleta16@gmail.com

Diretora Regional do InBrasCi em Belo Horizonte-MG
Acadêmica da ALB/Mariana, Cadeira 11-Laís Corrêa de Araújo
Acadêmica da Academia Feminina de Letras-AFEMIL-Cadeira 05-Cecília Meireles
Consrultora de Cultura da AMI_Associação Mineira de Imprensa.



Incríveis Histórias de
Um Mundo Esquecido"


Venha participar! Assista a apresentação dessa maravilhosa história repleta de ensinamentos práticos para sua vida.
Venha escutar essa bela história de sabedoria, suas encantadoras músicas e poesias, e seu profundo significado!

Promoção para Clube Especial:
Acompanhante não paga!


Apresentaçăo de Lauro Raful
Texto de Paulo e Lauro Raful

Data: 27 e 28 de Novembro e 03 e 05 de Dezembro - Horário: 20h30
Local: Rua Augusta, 2192 - Piso Superior
São Paulo - SP - Brasil - Fone: (11) 3864-1670
Assista nossas apresentaçõesVeja o mapa do nosso endereço




Para participar do nosso Clube Especial acesse o link: www.ogrupo.org.br/clube.asp

Não responda esse email. Para falar conosco envie um email para: contato@ogrupo.org.br

domingo, 15 de novembro de 2009

As guerras no olhar das crianças-Leonardo de Magalhaens





Nas fotos, o poeta, ensaísta e crítico litrário , leonardo de Magalhens, da ONG OPA!-e meninos na guerra...



Leonardo de Magalhaens , de aguçada sensibilidade e alto senso de observação,comenta as crianças vitimizadas pelas guerras e em especial seus olhares.
Lembro-me de quando o Poeta J.G.eres (*) passou uma foto chamada "lacrima Ribia", o uma lágrima de sangue escorría do meninozinho ferido.Escrevi:"menino argênteo/chora rubi"(...)
Também quando , em 1993, participei do Congresso Internacionaol L"Espoir sens Frontiers", uma deputada de Angola veio pedir pelas crianças ótfãs da guerra, civil, no país lusófono.Uma quantidade enorme de orafãozinhos.Uns, vítimas de minas explosivas.
Enquanto ela falava, congressistas conversavam, alguns não prestavam atenção, por defesa ou cansaço.Outros, tinham olhos marejados.A maioria aparentemente não se identificava com a descrições terríveis da Deputada :"no Brasil não há guerra", é uma mentira generalizada. Há tantos tipos de guerras! E as de dentro dos lares?E as das favelas? As escolas não estão se tornando campos de batalha, às vezes? pra defender-se, alguém pode matar.Assassinos às vezes são vítimas.E há as quadrilhas, os campos de concentração domesticos, em porçoes, onde mães meninas dão à luz filhos que são irmãos, frutos de um genitor doentio.Patrões seviciam, espancam , uma cadeia de torturados e torturadores...
E a violência permanente no entorno, o trabalho precoce, os fornos de carvão,os meninos de rua surrando os menores ou mais frágeis, a prostituição infantil...

Fui para casa , depois do discurso da brava mulher de Angola, pensando que as pessoas pensavam na "menina de Angola/que traz o chocalho agarrado na cadela", conforme canta Chico Buarque, ou nas galinhas pintadinhas d'angola.Mas ninguém estava pensando nesse contigente desesperançado de fágeirs criaturas que um dia teriam tido mães para curar machucaduras, pra cantar e rir...

No outro dia, pedi a palavra e li a moção que escrevera ao chegar, em defesa dessas crianças.Ela agradeceu, iria a Brasília, encaminhei-a, mandei uma carta ao presidente da época, Itamar Franco, mas jamais soube quais os resultados...

Depois de sua partida, no outo dia, encontrei sua caneta cor-de-rosa, encaixada na cadeira onde sentara e guardei-a por muito tempo;sempre que a olhava, pensava nesses meninos da guerra...

O Jornalista Monsierus SOkeng, Presidente Mundial de L"Espoir sens Frontièrs",fazia uma belo discurso , eu ouvia e pensava nas infência desse mundo velho.Escrevi um poema, onde me dizia engajada pela infãncia.Ele,jornalista, recebeu o poema na mesa, leu-o e disse que o levaria para seu jornal ,na África.Noutro dia, encntrei esse poema,reli-o, e chorei -como se outro poeta o tivesse escrito.

meus olhos encheram-se de lágrimas ao ler as dinalizações inteligentes desse moço Leo, que você vai ler logo abaixo..

Também li "A menina Que Roubava Livros", cito por Leo, e , sem dúvida, perceber uma guerra através de olhos inocentes que deveriam apenas estar apreendendo a beleza da vida, é muito pungente e cruel.

Clvane Pessoa de Araújo Lopes

Embaixadora Universl da paz
Cercle de Les Ambassadeurs Univ. de La paix-Genebra, Suiça.

Leiam o discurso tragipoético de prosa escorreita de Leonardo de Magalhaens:



As guerras no olhar das crianças




(ensaio)


“A desumanidade do homem para com o homem,
e ainda pior, para as crianças”
(“Man's inhumanity to man and worse still,
to child”)(The Cranberries)


"e ainda: “Mais de dois milhões de crianças foram mortas em guerras nos
últimos dez anos, enquanto seis milhões ficaram mutiladas, 12 milhões
perderam suas casas e mais de 10 milhões sofreram danos psicológicos
irrevesíveis. O trágico quadro foi denunciado pela ONU e os dados
mostram que estamos diante de um novo holocausto de inocentes.”
(Estado de Minas, 13 de outubro de 1998)





"Crianças jogadas no furor da guerra dos adultos imaturos, crianças
que não sabem o que sejam certo ou errado (e os adultos sabem?),
não importa sedo 'lado certo' ou do 'lado errado' – precisam se
defender e atacar...


Que liberdade tinha a Anne Frank? Ou o Shmuel de “O Menino do
Pijama Listrado”? Ou a Zlata em Sarajevo, campo de batalha urbano?


Que liberdade há? Os arautos da liberdade (existencial, política,
social) não sabem... O que Sartre queria dizer com “condenados à
liberdade”? Ou com “fazermos algo do que fizeram de nós”? Ou
textualmente: “O importante não é aquilo que fazem de nós, mas
o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.”


A liberdade é escolher entre cartas já marcadas? E quando se
nasce num campo de concentração? Ou num campo de batalha?
Nascemos num dado contexto histórico, aprendemos um idioma,
servimos a umapátria, além de um patrão... Os líderes 'formatam'
seus seguidores desde criança – vide a Juventude Leninista,
o Komsomol, ou a Juventude Hitlerista, a Hitlerjugend.




Está na moda (e no mercado) os livros best-sellers sobre crianças
nas guerras, ou melhor, sobre as guerras vivenciadas pelas crianças.
A referência é um dos livros mais famosos (e clássicos) sobre a
temática – o “Diário de Anne Frank”, publicado após a Segunda
Guerra Mundial, pelo pai da menina, ela que não sobreviveu ao campo
de concentração. Trata da invasão da Holanda, em 1940, a
perseguição aos cidadãos judeus, obrigados a buscar refúgio em
porões, em sótãos, a viverem em dependência de vizinhos, que
driblam as políticas nazistas de prisão e extermínio.


Tamanho é o poder do testemunho de Anne – que praticamente
passou de criança à adolescente num sótão abafado, a lidar com
a puberdade entre os conflitos internos (dos pais, dos vizinhos)
e externos (a guerra entre os Aliados e os nazistas), e tentando
descrever tudo isso numa prosa que evidencia a grande escritora
que perdemos.


Depois, em pleno pós-Guerra Fria, com o fim do 'socialismo real'
(que o capitalismo real festejou!), com a implosão da URSS e com
a guerra civil na Iugoslávia, fez alarde um “Diário de Zlata” (1993),
aqui no Brasil, em edição traduzida o exemplar francês, “Le Journal
de Zlata”, onde a menina Zlata Filipovic descreve a capital Bósnia,
Sarajevo, sob ataque das forças sérvias, em 1992. Zlata foi mesmo
considerada uma “Anne Frank de Sarajevo”, versão moderna do
drama “criança no teatro de guerra.”


“Estão bombardeando, as granadas caem. É mesmo a GUERRA.
Papai e mamãe estão muito preocupados; ontem à noite eles
ficaram acordados até tarde, ficaram conversando muito tempo.
Estão tentando descobrir o que fazer, mas está difícil ter bom senso.
Será que devemos partir e nos separar, ou ficar aqui todos juntos?
(...) Percebo que a coisa vai mal. A paz chegou ao fim. A guerra
entrou de repente em nossa cidade, em nossa casa, em nossas
cabeças, em nossas vidas. É horrível. Tão horrível quanto ver mamãe
arrumar minha mala.”
(trad. Antonio de Macedo Soares &
Heloisa Jahn)


Outro best-seller do momento aborda a temática: “A menina que
roubava livros” (A Book Thief, 2005), do australiano Markus Zusak,
de ascendência germânica, a abordar o bombardeio das cidades
alemãs e o drama do Holocausto – a perseguição nazistas aos
judeus – sob o olhar de uma menina que adora surrupiar livros
alheios, e sobrevive aos golpes da morte ao redor. (Tanto que a
Morte passa a se interessar pela menina e narra a vicissitudes
da protagonista...)


Novamente abordando o Holocausto (já havendo toda uma
literatura, aceita ou não, acadêmica ou não, ficcional ou não,
sobre o tema Shoah...), temos – na perspectiva infantil – a obra
best-seller “O Menino do pijama listrado” (“The Boy in the
Striped Pyjamas”, 2006, do irlandês John Boyne, onde Bruno, filho
de comandante nazista faz amizade com Shmuel, judeu (de pijama
listrado) na cercanias (e nas cercas) do campo de concentração de
Auschwitz. É uma fábula (diz a propaganda) sobre a amizade no
tempo de guerra, sobre as crianças que desconhecem o que seja
'inimigo', e morrem inocentes do perigo ao lado.


“O garoto era menor do que Bruno e estava sentado no chão com
uma expressão de desamparo. Ele vestia o mesmo pijama listrado
que todas as outras pessoas daquele lado da cerca, e um boné
listrado de pano. Não tinha sapatos ou meias, e os pés estavam
um pouco sujos. No braço ele trazia uma braçadeira com uma
estrela desenhada.”
(trad. Augusto Pacheco Calil)


O livro gerou tamanha repercussão que já virou filme, em 2008,
sob direção de Mark Herman, com o jovem ator (nascido em 1997)
Asa Butterfield, no papel do protagonista Bruno, que no livro tem
nove anos. A inocente criança moída e consumida pelas engrenagens
da guerra. Para muitos, uma criança 'inocente até demais', que
não percebe morar ao lado de uma enorme prisão, onde as pessoas
de pijamas listrados gradativamente desaparecem...


Como uma alegoria do ex-patriado temos a obra “Memórias de um
menino que se tornou estrangeiro”, de 2007, do paulista Marcos
Cezar de Freitas, que mostra um menino-narrador, em fuga, dentro
da própria cidade bombardeada, em ruínas, perdendo as referências,
depois seguindo para terras estrangeiras, onde a guerra ainda não
chegou, e vendo-se 'estranho', a reconstruir sua identidade (dada
coletivamente, na família, na pátria, no mundo), enquanto a guerra
cria um imenso muro a separar as pessoas, os povos. Quem é o
estrangeiro? Quem é o inimigo? A guerra rotula e segmenta, cria
abismos sociais e perpetua preconceitos.


“De que país eu era, então? Meu país era um navio?”
Indaga-se o
protagonista-narrador, ao ver-se partindo para o exílio, junto
aos refugiados, os cidadãos de outrora, agora obrigados a
depender a boa-vontade de outros cidadãos de outros países,
além das agências internacionais que trabalham para amenizar
os traumas das guerras. Mas em outra cidade de outro país,
serão sempre os estrangeiros, com outro idioma, outro modo
de vida, sempre em guettos, sempre temendo os 'pogroms',
pois a xenofobia é um vírus encubado a espera de uma
ocasião explosiva para se disseminar, atrás de novas vítimas.




Hoje as crianças na guerra são as africanas. O Primeiro-Mundo
vendeu seus arsenais (já ultrapassados!) para o Terceiro Mundo –
e agora são os pobres que se matam. Não há uma Guerra Mundial
entre imperialistas, mas Guerras Regionais entre tribos e etnias rivais,
entre interesses comerciais, entre crenças díspares, entre fronteiras
incertas. Como podemos ver no filme “O Senhor das Armas”
(Lord of War, USA, 2005, com Nicolas Cage), que mostra os
conflitos na Libéria, na Serra Leoa, no Sudão, no Líbano, que se
alimentam de armamentos contrabandeados do Leste europeu,
dos Estados Unidos, num grande mercado obscuro de armamentos,
“Não importa onde você vá, lá vai haver uma arma.”, diz, irônico,
o protagonista, traficante de armas.


As crianças hoje são soldados-mirins, que empunham armas e
disseminam minas, vitimadas e vitimando, sofrendo ao lado dos
adultos e lutando ao lado (e contra) os exércitos, as guerrilhas,
os terroristas, em nome de deuses e etnias, de crenças e ideologias,
perdendo todas as promessas de um futuro.




Out/09




Leonardo de Magalhaens


http://leoleituraescrita.blogspot.com