sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Patati-patatá -João Werner e eu

2009/1/28 João Werner

Clevane, não tome meu silêncio por desinteresse ou arrogância. É que sou "gauche" e desajeitado para contatos pessoais.
Como diz o antigo poema chinês, "Há nisso um profund sentido, e eu bem que o queria dizer... mas esqueci a palavra..."
Seu poema ampliou em muito a leitura de minha pintura. Fiquei muito satisfeito. Já a divulguei em minha mala direta (vc recebeu?)

A fortuna crítica que o poema vem recebendo é merecida e me deixa muito honrado.
abraços cordiais do amigo e admirador
João

www.joaowerner.com

João:

Nem se preocupe, amigo.Quando os amigos silenciam , respeito seus espaços de ser e apenas espero.Não o considero "gauche" apenas porque não entope minhas caixas de entrada com e-mail.Eu, por exemplo, corro o risco de parecer nem sei o quê, por enviar tantos-mas a divulgação cultural é meu credo pessoal, por isso, divulgo tudo que é bom em Letras e Artes.A Internet supre minha falta de redação.O jornalismo, herdado de meu avô está no sangue, muitos familiares dos dois lados da família, foram de imprensa.
Não divulgo amigos esperando palavras de gratidão.O simples fato de você ser aberto o suficiente para permittir que eu ilustre seus desenhos e telas com palavras, é o maior dos presentes, há pouco, envie-lhe um PPS(não costumo repassar, mas queria que os amigos soubessem o quanto são importantes).E , pela Internet, acontece algo peculiar:nos tornamos amigos de pessoas a quem sequer conhecemos.
Os que ficam fechados, egoístas com sua obra, não logram alcançar essa abertura que vc logrou.
A incansável Elisabeth Misciasci, do projeto ZAP-agora "Imprensa zaP, é da Mídia independente e contou que apenas no primeiro dia, mais de 60 pessoas (68), leram o texto,viram sua tela- até à hora em que me mandou o e-mail.E de todas as partes...Já agradeci a ela, amiga que sequer conheço pessoalmente, mas conheço a alma, a garra, as ações...
Muitas vezes, passeio silenciosamente por seu site.As cores me alegram , nesse luto, mas a série cinza é também fascinante, por isso, escolhi seu Anjo Caído.
No dia 07/03, farei uma mostra de temática feminina( mas somente bico-de-pena e poemas ,de minha autoria), na Galeria da Árvore, aqui em Belo Horizonte, dentro do Parque Municipal- criação da artista e poeta Regina Mello, uma ação do MUNAP(Museu nacional da Poesia, que ela preside).E, ao salvar das chuvas, pastas antigas, descobri desenhos que eu fazia na Gazeta Comercial, em Juiz de Fora,"correndo", para ilustrar o suplemento literário.Vou refazer e ampliar alguns para essa mostra.Há desenhos de quarenta anos atrás.Tenho 61, embora, francamente, sinta-me jovem o suficiente para questionar com o Universo, porque as pessoas não estacionam , fisicamente, nos quarenta? Dizem:"Você não parece ter mais de sessenta" ."Não parece?Mas EU SEI que tenho!"E não escondo a idade...
Num filme nacional em que Marieta Severo protagoniza a mulher madura que Débora Fallabella (ah, onde o "l" será dobrado?) vive, mocinha, nos Anos 60 ( a concretização do "eu sou você, amanhã"), esta entra no banheiro e encontra a si mesma enrolada em uma toalha.Ao ver o corpo amadurecido, pergunta espantada:"É assim que vou ficar?". A outra responde que sim e a protagonista tenta consertar o espanto inicial:"Você é copnservada" (algo assim).E Marieta, do altode sua experiência dramática, explode que não é palmito, para estar na conserva...(rss)...O que quero dizer é que tenho consciência plena da minha corpografia, mas que alma não tem idade;sou a mesma jovem jornalista que militava na imprensa,a divulgar Letras e Artes, lutando com a censura dos Anos de Chumbo...
Desculpe, quase sai uma crônica-e é provável que a escreva.Mandarei depois.
Um ótimo e produtivo ano, amigo!Gosto de acompanhar as carreiras dos artistas e autores-o primeiro lugar de Deia Leal (Andréia Donadon), por exemplo, na ACVRA, em Granada, Espanha,deixou-me felicíssima,e ela irá a Maracena, à França, onde terá um quadro exposto no Louvre. Sua ida à Itália, em Florença,João,para expor sua arte virtual, também.Por isso, a divulguei entusiasmada.

Volta e meia, uma composição artística plástica, fascina-me.Já escrevi versos para os "Portais" de Déia Leal,para seu quadro "Flora" ; para telas de Graça Campos, -Lilás , uma delas -para os quadros de Luiz Carlos Rufo e meu "Poema Vermelho", para o trabalho que ele denominou "Flautista de Todas as Fátimas", recebi muitos e-mails .


Iara Abreu ilustrou poemas em temas urbanos (uma de suas temáticas também) e muito nos alegrou, enquanto poetas, ter nossos versos assim interpretados-o que resultou em livriho artesanal, que merece publicação editorial.
Por isso, estou sempore enviando a vocês esses eventos e notícias:precisamos compartilhar...
Abrs;
Clevane Pessoa

N:Sim , vi sua divulgação na mala direta.E a artista mineira Iara Abreu, disse-me que gostou muito de seu trabalho "Burquinha", para a qual fiz versos anteriormente.Obrigada por inspirar-me com as cores de seu estilo vibrante.

2009/1/28 João Werner

Clevane, não tome meu silêncio por desinteresse ou arrogância. É que sou "gauche" e desajeitado para contatos pessoais.
Como diz o antigo poema chinês, "Há nisso um profund sentido, e eu bem que o queria dizer... mas esqueci a palavra..."
Seu poema ampliou em muito a leitura de minha pintura. Fiquei muito satisfeito. Já a divulguei em minha mala direta (vc recebeu?)

A fortuna crítica que o poema vem recebendo é merecida e me deixa muito honrado.
abraços cordiais do amigo e admirador
João

www.joaowerner.com.br
Arte digital

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