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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
De Uma pessoa, Para Um pessoa(Clevane pessoa)
Imagem:desconheço a fonte. Se alguém souber, porfavor, mande-me.
Se não for de domínio público,retirarei... Clevane
De uma pessoa, para um Pessoa
"Criei em mim v�rias personalidades. Crio personalidades constantemente. Cada sonho meu � imediatamente, logo ao aparecer sonhado, encarnado numa outra pessoa, que passa a sonh�-lo,
e eu n�o.\"
(Fernando Pessoa)
De uma pessoa,para um Pessoa...
Clevane
Tantas pessoa num só Pessoa,
numa pessoa apenas...
para o olho de teu próprio furacão,
converge cada nova persona,
antigas personalidades,
que agora vêm à tona,
uma uma...
Multifacetas tuas faces,
teus aspectos,
qual ímã,atrais a multiplicidade
de tuas inspirações...
E te desdobras,quais tiras de papel,
serpentinas carnavalescas,
que se sobrepõem,sanfonadas,
uma às outras agarradas...
pensas quete multiplicas,
mas te divides,fragmentado
em ti mesmo...
Teu protagonismo é um leque,
unidade feita de varetas...
As facetas têm rasgos
de tua inspiração,
compõem-se no teu imaginário
recameado de estrelas.
és tu próprio,uma constelação (*)
de poetas ,mas todos têm apenas um coração...
Clevane pessoa de Araújo Lopes
13/06/06(meia noite e 14 minutos)
(*)Referência ao título do livro de Clesio Quesado:\"O Constelado Fernando Pessoa\"(Editora Imago)
Publicado originalmente em http://br.geocities.com/clevanedeasas/fernandopessoa.htm
onde você encontrará vários poemas de Pessoa.
"O Poeta é um fingidor"
Foto de Fernando Pessoa,pequenino,aquele que se desdobraria em várias personas várius animus e numa grande alma Alberto Caieiro,Ricardo Reis,Álvaro de Campos.Chamado o poeta dos heterônimos,Pessoa atribuía a cada um deles,uma vida separada da sua.Atribuiu,em cartaa Adolfo Casais Monteiro,seus heterônomos é Histeria-segundo ele,nas mulheres,os sintomas são diferentes,no fenômeno histórico:ataques e coisas similares.Por viver na sua solidão,ele se desdobra e afirma que Álvaro de Campos é o mais histórico de todas as suas personas.Não sendo mulher,sua histeria se acaba,para ele,em poesia e no silêncio.
Clevane Pessoa de Araujo Lopes
A poesia abaixo contém um de seus mais conhecidos versos
("o poeta é um fingidor"):
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
01.04.1931
A poesia foi publicada no número 36, de "Presença" (Novembro/1932)
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