terça-feira, 27 de outubro de 2009

Um ciclone ou uma flor




Foto maravilhosa,puro movimento, um ciclone ou uma flor?(*) com crédito do poeta Diovanni Mendonça, do excelente projeto Pão e Poesia, que também é fotígrafo e ama as artes em geral.Enviada por Leonardo Magalhães, com o simpático recado (lá embaixo).

Opa! Oficina de Produção Artística

Tropofonia

Apoio cultural: Instituto Cervantes


Aconteceu no SARAU HISPÂNICO

Por Leonardo de Magalhaens

Depois de uma semana chuvosa e tempestuosa, BH foi
favorecida com uma bela noite cálida e estrelada, com
uma lua sutil, numa dádiva dos ‘dioses argentinos da la lluva’,
presentes, certamente, em nosso lírico e caliente SARAU
HISPÂNICO, no teatro de arena do Centro Cultural Lagoa
do Nado.

Rubros casulos humanos se contorcem, se desnudam, a
rastejar entre as sílabas ásperas e agrestes de ANU e
Eusmaranhados... Rubros casulos humanos a se desfiar,
desfazer-se em crisálidas de nudez, despertando os sentidos
às contorsões serpentinas das peles pálidas, desprotegidas
diante dos olhares de desejo ou repressão.

Em leituras de “Lágrimas en el lago de púrpura”, tradução de
Sebastián, e trechos de ANU, poema-alado-performático de
Joaquim (Wilmar) Palmeira (Silva), que empolga os presentes,
estendendo-se em iconoclástica performance.

Os poetas Diovvani Mendonça e Juan Fiorino ocupam a nossa
arena, com poemas traduzidos do español, ou clássicos versos
de Jorge Luis Borges (no original!). Além do que Fiorini divulga
seu pré-livro ‘Quase nada sempre tudo’, do qual os
colaboradores podem o vale-livro, aliás, prontamente adquiridos
pelos poetas Rodrigo Starling, Diovvani Mendonça e
Leonardo de Magalhaens.

Enquanto as dançarinas ciganas se preparam, segue-se a
queima ritual de ANU, sob os auspícios e empolgação de
Joaquim (Wilmar) Palmeira (Silva), “exagerado, eu sou mesmo
exagerado”, congregando os convivas e fiéis meio às sobras
incandescentes do ANU, para o réquiem, a despedida ao
corpus poético da ave-poema.

A dança cigana domina a noite num bailado multicor a receber
a homenagem dos caballeros, extasiados com os volteios de
saias múltiplas, no calor da dança, no fulgor dos corpos bailantes.
Mostrando a cultura gitana que dominou a Espanha, com sua
riqueza e calor, numa sociedade marcada pela rigidez religiosa.

Antes do filme curta-metragem “Talitha”, de Laia Ferrari e
Sebastián Moreno, temos as leituras declamadas de poemas de
clássicos hispânicos, feitas por Leonardo, com destaques para
os poetas Girondo, Neruda, Octavio Paz e Garcia Lorca.

Após o desfrute do cocktail de frutas e bombons, os artistas e
a platéia (o que restou dela) assistem ao curta-metragem “Talitha”,
inspirado em trechos de “Tabacaria” de Fernando Pessoa, que é
então “Tabaquería”, para fechar esta noite agradável e caliente
(em todos os sentidos).

No soy nada.
Nunca seré nada.
No puedo querer ser nada.
Aparte de eso, tengo en mí todos los sueños del mundo.


Agradecemos a presença dos poetas Diovvani Mendonça e
Juan Fiorini, a produção dos caros Rodrigo e Jackson, a presença
do poeta e produtor Ricardo Evangelista, sempre no auxílio e
promoção dos eventos artísticos, ocupado em fotografar e registrar
o nosso evento. Agradecemos o apoio cultural do Instituto Cervantes
no patrocínio do equipamento de som, além da Escola de Dança
Cigana, do bairro Caiçaras, BH.


Até o próximo evento OPA!, o Banquete de Ideias dedicado à Poesia.


Leonardo de Magalhaens
http://leoleituraescrita.blogspot.com


Saudações, prezada Clevane!

eis algumas da fotos tiradas pelo poeta Diovvani Mendonça,
lá no SARAU HISPÂNICO, com ênfase na dança cigana.
Ele conseguiu imagens belíssimas.

gostaria muito da tua divulgação, ao escolher uma ou duas
das imagens, para o teu blog, junto com o texto Aconteceu
no Sarau Hispânico, que divulguei anteiormente...

Ssabemos que os integrantes do teu mailing são os mais
bem informados de Belô...!

agradeço veramente!

cordialmente,

Leonardo depois que li sua cobertura e solicitei-a para este blog.Agradeço muito.
Clevane

E um poema de minha lavra para uma das belas fotos:

Um ciclone ou uma flor?



Um ciclone ou uma flor?

Puro mo(vi)mento.
Depuro o olhar.
Saias em círculo, dervixe, lagartixa célere,
brinquedo de roda?
Roda pião,
roda saião,
Mulher de Sion,
Cigana, ptofana e divina,
gitana à luz dos flashs, fogo,
desafogo,
música nas veias,
evoé.
Um ciclode ou uma flor?...


Clevane Pessoa

Postarei as demais fotos em beve, pois vou para as Terças Poéticas no Palácio das Artes, ver o Gato Pingado....

E o recado do amigo Diovvani para o Léo:

Leo, conforme o combinado segue em anexo fotos do sarau.
Começo pelas dançarinas - fiz algumas irrepetíveis.
Os arquivos são grandes e na medida do possível vou enviando outras.

Abraço,
Diovvani.



Diovvani Mendonça
acesse e conheça:
poeminhas para matar o tempo
e distrair dor de dente.
toda semana um poema inédito.
www.diovmendonca.blogspot.com

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