quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Flagrantes do Viver - Crônicas de Angela Togeiro


Flagrantes do Viver - Crônicas de Angela Togeiro


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Flagrantes do Viver , de Crônicas, de Angela Togeiro,a premiada autora,no Brasil e no Exterior, reflete o feitio peculiar dessa pessoa talentosa.

Com um trabalho bastante eficiente e verdadeiro pelas Academias às quais pertence, entre as quais a AFEMIL -da qual é a segunda Vice-Presidente eleita recentemente-e a AMULMIG, na capital mineira, também pertence a outras no estado de Minas e mesmo no Exterior.No prólogo , conta que aio reunir suas crônicas percebeu que o fio condutor das mesmas era sualuta pela PAZ.Não foi à toa que a indiquei para Embaixadora da paz, pelo Cercle Universal de les Ambassadeurs de La Paix ( em Genebra Suiça, com Presidência em Orrange, na França).

Na verdade, ao organizarmos o evento paz e Poesia , em Belo Horizonte e a tivemos agregada com sua prestatividade inerente a cada ação, sua cordifraternidade, pude observar de perto essas suas águas que escorrem da rocha e correm mansas.Não que ela seja passiva e om


issa, muito pelo contrário.
Tem o senso crítico que somente os talentosos conseguem ter, mas sem ostentação.
nascida em Vlta Redonda, RJ, radicada em Minas Gerias, pertence , na qualidade de sócia fundadora, à Academia de Letras do Brasil, da cidade primaz de Minas, Mariana.

De elevado senso familiar, repete que a família vem sempre em primeiro lugar , o que aprendeu de sua mãe -e para seu patrono, na cadeira 12 da ALB, escolheu seu bisavô , Francisco Sodero.O sangue italiano, romântico, afetivo, apaixonado, aparece em seus textos e palavras, o que não a impede de , mineiramente, ter a arte de ser contida-e poucos, talvez apenas os mais íntimos, saibam o que pensa, deseja ou pretende fazer.

No entanto, é mulher de atitude, já a vi destilar palavras/setas e atingir objetivos, sem levantar a voz.Organizada, estabelece as próprias metas e diretrizes, o desejo pessoal, um grande tabuleiro de xadrez, para onde canaliza inteligência e vontade, sensibilidade e senso crítico.

Além dos dotes literários e humanitários, é excelente cozinheira, gosta de gatos e plantas.E eu gosto muito de ler essa pessoa, cujo discurso escrito para apresentar-me na AFEMIL foi bastante convincente, fruto de pesquisa:tudo que ela faz, é ponto sem nó mesmo.E gosto de estar com ela, Claudio Márcio Barbosa, poeta belorizontino, sempre comenta seu senso de humor.E, já se sabe, expressar bem o bom humor não é para qualquer um.

Isso tudo aparece em seus livros:na mente fértil, ferve o cadeirão do imaginário e ela aplica as vivências na ficção, assim como nos oferece essas crônicas recheadas de cotidiano, onde personagens e protagonistas têm modelo-personalidade, face, comportamento.Ao seu olhar, tudo passará pela transform/Ação estilística e literária.

E filosofa com propriedade.Ao falar sobre a roda dos enjeitados-a que chama "roda do abandono- conclui que , na atulaidade, é preciso tirar a família dessa r9oda do abandono.Quando trabalhei no Rio no projeto Saúde, Vida, Alegria (CECIP/Kellog), a Dra Dirce Drac, que fora secetária de darcy Ribeiro, presenteou-me com um livro sobre Direitos da Criança e justamanente foi essa Roda vergonhosaonde as motivações par entrega as crianças geradas tinham motivo mai moralistas que de necessidade fibnancer, muitas vezes- , que me impactou mais, ao ler a história, a evolução da criação de menores em osso País.Aliás, Angela e eu temos muitos pontos de interesse comum-e por isso, quando conversamos a conversar, são longas horas de troca e soma.Mesmo por telefone, do qual nem uma de nós gosta muito.Ainda assim...

Na capa do livro-ela própria formata, até chegar ao ponto de enviar a uma editora- nesse caso, a AllPrinte- uma foto:todos nós fotografamos uns aos outros, perto desse pássaro, clicado por Regina Mello, exposto na Galeria da Árvore (*), na mostra "Um Olhar Digital Sobre O Parque"...Exigente, Angela posava e posava.
Tempos depois, cria a capa, de aparece a cena como se estivesse sob a perspectiva do fotógrafo.Das fotos que escolheu, essa é de autoria própria Regina, que teve formação na Alemanha.Nessa data, passamos a tarde no Parque Municipal (*) , em Belo Horizonte e não sei se, há essas alturas, ela já selecionava suas crônicas para o livro.Aliás, selecionava , não é bem a palavra, já que seletiva pessoal da autora determinou que todas seriam premiadas em certames literários.

A prosa de Angela é atraente e gostosa de ler . Os próprios títulos revelam como a escritora posiciona-se qual sentinela do Status Quo, atenta e mordaz.Em alguns títulos, percebe-se isso:"Plano de demissão In/Voluntária", "A Carga de Um Nome"...Ou seja, ela analisa ,"en passant" ou com profundidade, as tendências hodiernas, da globalização , a costumes sócio comerciais-"O Dia "M" ", ou seja, o Dia das Mães, e suas nuances...

Sabemos que numa cidade grande e capital de Estado , uma escritora flutua chagallmente, pelos meandros da urbe.E vê os que passam.Num de seus poemas, D.Doida-que Iara Abreu ilustrou para a exposição Aspectos Urbanos, um dos exemplos mais vívidos dos seus olhares de repórter do tempo - ela só falta apresentar em carne e osso a personagem poetizada.

Mais não quero dizer, para não roubar o impacto da leitura.

Apenas termino com uma de suas tiradas:

"Desde que a palavra passou a ser franqueada à mulher, a palavra correu atrás" (...)

Obviamente,multidões correm atrás de Angela Togeiro, que a comanda e domina com maestria e ainda as colore ou perfuma, delas faz setas e sinalizações.Faz delas o que bem quer.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Belo Horizonte, 29/12/2009

(*) A Galeria do MUNAP pertence a o Museu Nacional da Poesia-MUNAP-e fica dentro do Parque Municipal Américo Renê Gianetti, em Belo Horizonte-MG-Brasil.

Visite o espaço de Angela Togeiro:

http://angelatogeiro.googlepages.com/flagrantesdoviver(crônicas)
Tags: do, flagrantes, togeiro, viver-crônicas-angela

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Flagrantes do Viver , de Crônicas, de Angela togeiro,a premiada autora,no Brasil e no Exterior, reflete o feitio peculiar dessa pessoa talentosa.

Com um trabalho bastante eficiente e verdadeiro pelas Academias ás quais pertence, entre as quais a AFEMIL -da qual é a segunda Vice-Presidente eleita recentemente-e a AMULMIG, na capital mineira, também pertence a outras no estado de Minas e mesmo no Exterior.No prólogo , conta que aio reunir suas crônicas percebeu que o fio condutor das mesmas era sualuta pela PAZ.Não foi à toa que a indiquei para Embaixadora da paz, pelo Cercle Universal de les Ambassadeurs de La Paix ( em Genebra Suiça, com Presidência em Orrange, na França).

Na verdade, ao organizarmos o evento paz e Poesia , em Belo Horizonte e a tivemos agregada com sua prestatividade inerente a cada ação, sua cordifraternidade, pude observar de perto essas suas águas que escorrem darocha e correm mandsas.Não que ela seja passiva e oissa, muito pelo contrário.

Tem o senso crítico que somente os talentosos conseguem ter, mas sem ostentação.
nascida em Vlta Redonda, RJ, radicada em Minas Gerias, pertence , na qualidade de sócia fundadora, à Academia de Letras do Brasil, da cidade primaz de Minas, Mariana.
De elevado sens familiar, repete que a família vem sempre em primeiro lugar-e para seu patrono, na cadeira 12 da ALB, escolheu seu bisavô , Francisco Sodero.O sangue italiano, romântico, afetivo, apaixonado, aparece em seus textos e palavras, o que não a impede de , mineiramente, ter a arte de ser contida-e poucos, talvez apenas os mais íntimos, saibam o que pensa, deseja ou pretende fazer.

No entanto, é mulher de atitude, já a vi destilar palavras/setas e atingir objetivos, sem levantar a voz.Organizada, estabelece as próprias metas e diretrizes, o desejo pessoal, um grande tabuleiro de xadrez, para onde canaliza inteligência e vontade, sensibilidade e senso crítico.

Além dos dotes literários e humanitários, é excelente cozinheira, gosta de gatos e plantas.E eu gosto muito de ler essa pessoa, cujo discurso escrito para apresentar-me na AFEMIL foi bastante convincente, fruto de pesquisa:tudo que ela faz, é ponto sem nó mesmo.E gosto de estar com ela, Claudio Márcio Barbosa, poeta belorizontino, sempre comenta seu senso de humor.E, já se sabe, expressar bem o bom humor não é para qualquer um.

Isso tudo aparece em seus livros:na mente fértil, ferve o cadeirão do imaginário e ela aplica as vivências na ficção, assim como nos oferece essas crônicas recheadas de cotidiano, onde personagens e protagonistas têm modelo-personalidade, face, comportamento.Ao seu olhar, tudo passará pela transform/Ação estilística e literária.

E filosofa com propriedade.Ao falar sobre a roda dos enjeitados-a que chama "roda do abandono- conclui que , na atulaidade, é preciso tirar a família dessa r9oda do abandono.Quando trabalhei no Rio no projeto Saúde, Vida, Alegria (CECIP/Kellog), a Dra Dirce Drac, que fora secetária de darcy Ribeiro, presenteou-me com um livro sobre Direitos da Criança e justamanente foi essa Roda vergonhosaonde as motivações par entrega as crianças geradas tinham motivo mai moralistas que de necessidade fibnancer, muitas vezes- , que me impactou mais, ao ler a história, a evolução da criação de menores em osso País.Aliás, Angela e eu temos muitos pontos de interesse comum-e por isso, quando conversamos a conversar, são longas horas de troca e soma.Mesmo por telefone, do qual nem uma de nós gosta muito.Ainda assim...

Na capa do livro-ela prórpia formata, até chegar ao ponto de enviar a uma editora-nesse caso, a AllPrinte- uma foto:todos nós fotografamos uns aos outros, perto desse pássaro, clicado por Regina Mello, exposto na Galeria da Árvore (*), na mostra "Um Olhar Digital Sobre O Parque"...Exigente, Angela posava e posava.
Tempos depois, cria a capa, de aparece a cena como se estivesse sob a perspectiva do fotógrafo.Das fotos que escolheu, essa é de autoria própria Regina, que teve formação na Alemanha.Nessa data, passamos a tarde no Parque Municipal (*) , em Belo Horizonte e não sei se, há essas alturas, ela já selecionava suas crônicas para o livro.Aliás, selecionava , não é bem a palavra, já que seletiva pessoal da autora determinou que todas seriam premiadas em certames literários.

A prosa de Angela é atraente e gostosa de ler . Os próprios tpitukos revelam como a escritora posiciona-se qual sentinela do Status Quo, atenta e mordaz.Em alguns títulos, percebe-se isso:"Plano de demissão In/Voluntária", "A Caraga de Um Nome"...Ou seja, ela analisa ,"en passant" ou com profundidade, as tendências hodiernas, da globalização , a costumes sócio comerciais-"O Dia "M" ", ou seja, o Dia das Mães, e suas nuances.

Sabemos que numa cidade grande e capital de Estado , uma escritora flutua chagallmente, pelos meandros da urbe.E vê os que passam.Num de seus poemas, D.Doida-que Iara Abreu ilustrou para a exposição Aspectos Urbanos, um dos exemplos mais vívidos dos seus olhares de repórter do tempo - ela só falta apresentar em carne e osso a personage poetizada.

Mais não quero dizer, para não roubar o impacto da leitura.

Apenas termino com uma de suas tiradas:

"Desde que a palavra passou a ser franqueada à mulher, a palavra correu atrás" (...)

Obviamente,multidões correm atrás de Angela Togeiro, que a comanda e domina com maestria e ainda as colore ou perfuma, delas faz setas e sinalizações.Faz delas o que bem quer.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Belo Horizonte, 29/12/2009

(*) A Galeria do MUNAP pertence a o Museu Nacional da Poesia-MUNAP-e fica dentro do Parque Municipal Américo Renê Gianetti, em Belo Horizonte-MG-Brasil.

Visite o espaço de Angela Togeiro:

http://angelatogeiro.googlepages.com/flagrantesdoviver(crônicas)

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Feliz Ovo OVO





Feliz Ano OVO!

Clevane Pessoa

Ninguém sabe o que a frágil promessa
resistente e ebúrnea do ovo contém , ao certo,
em determinadas circuntâncias.

Se dentro,a gema áurea, a clara gelatinosa,
nutritiva e esperaa,
ou um ovo gorado,
um pintinho pronto ou morto,
uma serpente ou um jacarezinho
ou quem sabe, um dragão?

Assim , o Novo Ano:
promessas e desejos conhecidos,
mas
tanto pode ser podre
ou cheio de surpresas .

Com a massa, mas de forma individual,
desejo-lhes
feliz ANO OVO!


Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Diretora Regional do inBrasci em
Belo Horizonte, MG




--
Clevane Pessoa

O impossível é imprevisível
só até acontecer...
(fragmento de poema de minha autoria)

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Em Algum lugar do Passado-Numa Ciranda




Há muito tempo sem "cirandar" com outros autores- pois tenho restrições às enormes, sem limitação de numero de participantes, apenas porque depois, um número excessivo, dificultas leitura , a bsca elo nsso,e envio a outros ,etc- o que não diminui o valor da produção a um tempo individual e coletiva, mas sempre fico agradavelemente surpresa com a dimensao interpretativa de um mesmo tema, por tants cabeças poéticas - não resisti ao título que foi o tema mandado...Rss...

Gosto do livro e do filme ("Em Algum Lugr do passado"-imagem acima ), então produzi esse fruto:


"Em algum lugar do passado"


Clevane Pessoa

O passado tem lugares ocultos, belas clareiras
que ficam no meio dos bosques
depois dos atalhos ou das estradas,
onde o sol da lembrança se fitra entre as folhas das árvores
e as fadas translúcidas dançam ao som de inaudivel música
aos ouvidos estranhos, aos olhares indevidos.

É lugar por excelência , onde dormem os segredos,
onde os desejos foram muitas vezes sufocados,
mas noutras abriram-se quais flores noturnas ao beijo
dos luares - só nós ainda sentimos o aroma das primícias....

Em algum lugar do passado, perdi um brinco de pérola
e de vez em quando, meu pensamento voeja para procurá-lo
entre a verde grama aquilo que jamais pode acontecer...


Clevane Pessoa de Araújo Lopes
--

***
Clevane Pessoa :

O impossível é imprevisível
só até acontecer...
(fragmento de poema de minha autoria)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Ensaio de Helenice Rocha Reis -Clevane,Uma Flor Lírica nas Montanhas



Entrevicto Helenice, clicadas por Marco LLobu, poeta, fotógrafo e presidente da Rede Cultural Catitu, de belo Horizonte..



Helenice, em cua casa, enrevistada por Llobus e clicada por mim


A mestra em Letras Helenice Reis(*), uma das selecionadas para fazerem parte do livro-album POIETISAS,comete uma delicadeza em seu interesse de analisar meu estilo,a partir de poemas meus publicados no volume I da antologia "Poetas del Mundo em Poesias": escreve e envia-me um ensaio onde pretende analisar meu lirismo.Estes poemas,todavia, são bem antigos e não refletem minha verve atual.No entanto, enquanto psicpologa, pareceu-me interessante ler essa incursão pelo meu inconconsciente ali projetado e as analogia feitas pel auto.Agradeço a Helenice, ela própria poeta , artista plástica e também musicista, tanto interesse or minha pessoa.Neste ano que finda, para minha agravável surpresa, também recebi dela uma composição musical a que denomina "Clevaneios", título por certo calcado em Devaneios.

O poema "Perplexidades" saiu no cito livro, com o título do segundo , escrito em espanhol, (A Menudo), como se fosse seu último verso, que , na verdade é apenas a pergunta "para Que Guerrear"-por isso retirei-o ("A Menudo", deste, o primeiro versos "La Semilllas del Sueño", tem "Las Semillas qual um título)


Ensaio de Helenice Rocha Reis (*)
Clevane,Uma Flor Lírica nas Montanhas

"Pensando na obra de arte,e muito em especial na poesia como uma forma de existir não apropriável pelas lógicas de mundo capitalista em face da sua impossível reprodutibilidade,debruço-me aqui sobre a lírica de uma jovem poetisa atuante em Belo Horizonte,Clevane Pessoa,no sentido de pensar esta difícil relação entre poesia,história e cultura.Pensemos na Lírica como algo da poesia que subsiste como indefinível perfume que não poderíamos sentir nas farmácias,nas lojas,ou mesmo nas ruas.Vamos supor aquela parcela residual da linguagem que aponta para o resgate dos sentidos que cada um esconde segundo os desígnios do próprio desejo e mesmo assim,conducente da universalidade que o gozo e a dor de ser humano hodiernamente traz.
A lírica feminina que,mesmo com a intangível delicadeza da Lírica de todos os tempos,traduz os dilemas da humanidade neste milênio,pela dicção de uma mulher.Subvertendo espaços de dicção e dramas existenciais antes possíveis apenas para lugares pré-determinados de enunciação:lírica masculina,discursividade de gênero feminino,guetos culturais....a lírica contemporânea é um universo de diversidade acoplada em um sujeito fragmentado em vários outros.Sujeito este multifacetado por várias alteridades,transitando entre ser único como linguagem irredutível,auto-referencial no sentido mesmo do formalismo e estilhaçado como sujeito de múltiplas enunciações.Assim entro na Lírica de Clevane,jovem poetisa atuando em Belo Horizonte há alguns anos.Cônsul de Poetas del mundo,Ativista da Paz,Psicóloga,Poetisa,Mulher,Mãe:

A Ponte (*****)


Ponte espelhada
reflexos
O Outro e o Eu
Transvergentes
Transmutantes
Transmudados
Plena Travessia
Transversia
Transversia
Ver Só Poesia
Verso/poesia
Dois côncavos
duas curvas
cada pedaço
ao outro pedaço
Um só cor/ação
em uníssono

A cor
a ponte
a travessia
o Outro
o Eu
o espelho
de duas faces

(Clevane Pessoa )

Pensemos nesta poesia ponte como a operação dialética que coloca em crise a dimensão narcísica da ética hegemônica.Pensemos num sujeito em crise,em ambígua suspensão de certezas,instável.No momento da travessia incorpora à sua condição de sujeito,um outro,vários outros também sujeitos.Fala como mulher sendo homem,como criança sendo adulto,como indígena sendo branco europeu .Panteísmo pós moderno de múltiplas faces,de múltiplas enunciações do gozo e da dor,do sublime e do grotesco,da ordem e do caos...Entendo que a Lírica contemporânea traduz este cisma que rompe com o abismo entre o sujeito e o outro sujeito quebrantando este maniqueismo da dialética binária que conhecemos até hoje.Vejamos Bhabha:"... as duas formas de identificação associadas com o imaginário- o narcisismo e a agressividade são precisamente essas duas formas de identificação que constituem a estratégia dominante do poder colonial exercida em relação ao estereótipo que,como uma forma de crença múltipla e contraditória,reconhece a diferença e simultaneamente recusa ou mascara como a fase do espelho,a completude"do estereótipo-sua imagem enquanto identidade-está sempre ameaçada pela"falta"(Bhabha,data,pág:112)

Se a diáspora pós colonial colocou em crise uma lírica que espelhava o tradicional de um discurso religioso(santinhas martirizadas em Cecília Meireles,a palidez da morte em Henriqueta Lisboa,em lugar do desejo) em Clevane,como em algumas poetisas líricas deste século vemos o agasalhamento do orgiástico,desta outridade que vem como grito de vida .Aqui não há o mascaramento ou a recusa deste outro,seja através do rito sacrificial da morte heróica(santinhas cristãs) ou simbólica-o índio cavalhereisco de José de Alencar.

Vejamos mais:

Perplexidades

O poeta partiu o pomo da Paz
e sentiu o gosto de sangue
ao provar a polpa
Porque precisam
de sangrentas guerras
conflitos e contendas
para pacificar o mundo?
Porque a geração do futuro
É mandada a combate

Ou se o jovem voltar inteiro
tem a mente fragmentada?
Para que guerrear?

"A menudo"(título do poema que vem a seguir, na coletânea de referência).
(Clevane Pessoa)

Aqui a fragmentação como recusa,mascaramento do outro,anulado como existência e presentificado como sangue,reafirma a modernidade desta lírica inscrevendo a alteridade como possibilidade orgiástica,eros,em confrontação com thanatos,poder perene de força civilizatória,permanência.Como psicóloga que é, supera a vocação intelectual para a sublimação trágica e plana docemente no convite de Marcuse:Eros e Civilização ,sempre.Pensemos em Benjamin.
"Os gregos foram obrigados,pelo estágio de sua técnica,a produzir valores eternos"
(Benjamin,data,pág:175)
Vejamos o acerto possível desta ironia.Não podemos,a não ser por um conceito de eternidade,alcançar a consecução de permanência em termos de arte,se não tivermos a possibilidade hodierna de reproduzir tecnicamente uma obra.Mas um conceito de eternidade pressupõe a perpetuação do mesmo.Eternos a que preço ó Deus? Se a instabilidade em que nos situa o conflito coloca nossas identidades em trânsito,em agônica percepção desta falta que nos faz entrever a plenitude como devir,onde se inscreve uma possível lírica nos dias de hoje?Talvez neste espaço heróico de denegação do crime contra a vida em nome da vida.Na afirmação categórica deste Eros que era negado às nossas avós para toda a transcendência lírica de uma Cecília,ou para os afetos delicados de Safo,isolada do mundo dentro de uma escola.
Vejamos mais:
CRETA(******)


Decifro-te
mensagem secreta
e invisível em minha pele
escrita com ácido limão
Ardente o sol cáustico
do preconceito
conheço-te os signos
e signais
codificados.
Alpha e Aleph,
dragão com asas de cristais
e flor de fogo
Decifro-me
depois de tecer-te
no tear das fadas
depois de devorar-te,
arte dos deuses

Decifro-te após devorar-me
tecer-me
abastecer-me
com novelos de Ariadne
e noe encontrarmos no labirinto
para vencer o Minotauro

Doce vertigem para além da "teia iluminadora da razão",como diria Ruth Silviano Brandão ,a respeito da clareza pré socrática de Heráclito,invertor de logus,invenção de homens.Aqui o que é menos claro é este sol cáustico e instrumento de sombra,conceito pré-estabelecido Aqui,o segredo é desvendaddo como subversão,como denúncia de estigma desvendado no altar dos Deuses no momento mesmo da devoração.Desmascaramento do poder devastador,ácido,que a secreta mensagem do discurso oficial traz.Vencer o Minotauro atravessando os enigmas que os labirintos de um poder iniciático representam quando este poder se enuncia de um discurso hegemônico Creta revisitada . Bem,esta possibilidade lírica que traduz a trágica fragmentação do sujeito hodierno neste sério convite ao apelo de Eros como história,estóica superação da dor diante da trágica realidade das doenças contemporâneas,do 11 de Setembro,se me afigura uma imponderável,indizível possibilidade de lírica moderna,compreendida como imersão no abismo de possibilidades que o heroísmo traz diante da ancestral repetição de um mesmo modelo de história que renova o arcaico de formas múltiplas.Vamos supor que o poeta contemporâneo seja como o etnógrafo que se perde em busca deste outro que o assedia a tal ponto de não perceber que não alcançou visibilidade.E que a delicadeza poética desta viagem se perca por uma questão de linguagem . Vejamos Strauss:

" O riso trágico que espreita sempre o etnógrafo,lançado neste empreendimento de identificação,é o de ser vítima de um mal-entendido;quer dizer qua a apreensão subjetiva que ela alcançou não apresenta nenhum ponto comum com a do indigena,a não ser a sua própria subjetividade(Strauss,data,pág:168)
Este lugar do outro,espaço de auteridade circunscrito apenas ao sujeito que o ocupa,invadido por uma possibilidade de linguagem que faz da poesia a sua hipótese,arrisca-se a se inscrever nesta modernidade como risco trágico e comovente de uma possibilidade duradoura,perene."

(...)

><><><><><><



(*) Helenice Maria ´Reis Rocha, conforme conta, na mesma antologia que cito, estudou música dos sete aos vinte e oito anos e teve como Mestres, além do pai Aluisio Rocha, que tocava Harmônica de Boca (gaita) e fez sua iniciação e provocação musical contínua , também músico, Nelson Piló e Walter Alves- o primeiro , assistente de Villa Lobos e Radamés Gnatalli.

Na UFMG, onde graduou-se em Letras, apresentou como a dissertação de Mestrado , " Sinais de Oralidade:a trasnfiguração da Voz em Cobra Norato"(**).Em Congressos, apresentou vários trabalhos, inclusive "Os Arquétipos femininos na Poesia de Ana Miranda".

Recentemente, integrou a antologia "Nós da poesia", que foi lançada na XIC Bienal do livro(Rio de Janeiro), pela Editora All Printe, selo IMEL (***) .


(***)Instituto Brasileito de Culturas Internacionais-Organização de Brenda Mars(****).

De Helenice


(**) Conhecido livro de Raul Bopp.


(****)Brenda Mars:Brenda Marques Pena , jornalista , autora de Poesia Sonora.

(*****)A Ponte não faz parte da coletânea cita acima.O poeta Marco Llobus fez com ele um poster, que distribuí a amigos.

(******)Creta,meu poema que saiu em outras antologias, inclusive em uma da ALBA e está em diversos sites e blogs.

Um dos poemas de Helenice Reis Rocha:


ANJO,MEU LINDO ANJO

Helenice Rocha

miguel,meu anjo lindo

me ensina a tua peleja

aqui atrás destes montes,já se foram os pastores

já não fazem romaria,os pastores desta aldeia

seu coração é abrigo de todas estas marias

se as antigas sesmarias temem a sua espada

eu quero só o consolo de pelejar junto a ti

multiplicando as sementes que jogas nestes jardins

não sei onde estão os pastores,já não fazem romaria

conheço apenas as mágoas que tornam meu canto tão só


conheço apenas as dores que alimentam minha voz

vem aqui,meu anjo lindo.toma café comigo

se te serve de consolo,lembrarei sempre de ti

quando os pastos destes ermos me fizerem avó

lembrarei sempre de ti

a ensinar as meninas a trabalhar a poeira

a tirar a do barro o cantil

para guardar esta água que me batiza o silêncio

quando não falas comigo

se permitires morro jovem empunhando junto de ti

as armas da tua peleja

quando ainda jovem em flor

salvastes tantas vidas

só por causa deste amor de anjo

esta mariazinha entendeu o que é amor

Mais em :http://poietisa.blogspot.com/2008/06/helenice-reis-rocha-sobre-seu-anjo.html



icadas por Marco LLobu, poeta, fotógrafo e presidente da rede catitu.

sábado, 28 de novembro de 2009

Escola Gurdjieff São Paulo-Incríveis Histórias de Um Mundo Esquecido




Ao transcender uma realidade que existe a metros do espaço onde desenvolve uma trama, o autor, o ator, cumprem a graça concedida de enredar os que assitem.Ou dve cumprir essa destin/AÇÃO. Cito Filipe La Féria, que sinaliza:"O teatro é o barómetro de uma sociedade".E torna os enredos atemporais e adaptáveis - o suficiente para que uma mesma peça, mesmo anos ou séculos, depois, se levada a palco, atinja os espectadores com impacto similar ao do momento em que foi montada, sendo um registro de época , uma denúnicia político-social, uma paródia de costumes, um compêncio de perfis psicológicos incontestes. E os artistas sempre são pessoas especialmente formadas.Instalam na consciência uma campainha, que soa ao sopro da beleza, estridula aos gritos das guerras, tintila aos apelos da POIESIS...As histórias cênicas não são esquecidas...

O teatro une-se às demais artes e mesmo às demais profissões.Cenários, música, musicais, performações, coro, solos...Algumas montagens grandiosoas, pedem os saberes e os que-fazeres dos físicos, engenheiros, arquitetos, decoradores, figurinistas, sonoplastas, especialistas em eletrônica, informática,iluminadores, além de mover um pequeno exército coadjuvante, dos maquiadores aos roteiristas e até aos amigos...É preciso patrovício, formação de base, talento, setenta e sete vezes paci~encia, até que a estréia aconteça.
Os artistas de teatro, tanto empresam o corpo para receber prtagonistas e personagens, que passam a conhecer melhor o Outro, a-aquele que não é ele, mas onde onde o outro instala seus perfil, incongruências que terão de parecer verossímeis e convencer, mesmo no absurdo(qual o demosntrou BOAL) , estar no imaginário de cada um , com a cota necessária de fantasia, sentados em cadeiras de realidade.

Se não hyá palco, o ator se move e é movido, ainda assim.Certa feirta, nos anos 60, em Juiz de Fora,para a gazeta Comercial, onde iniciei-me no jornalismo, eu entrevistava Natálio Luz, Diretor teatral, quando ele me revelou:"Teatro é ator".Verdade absoluta.

Recebo sempre verdadeiros presentes do renomado Escola Gurdjieff São Paulo-de cursos gratuitos, virtuais, a convites o esse abixo, para a apresentação, por Lauro Raful, de , que ele e paulo raful escreveram.

Caso estiver em S.Paulo, assista (por telefone obtenha sua reserva).

Infelizmente, somente hoje, numa caixa de entrada cheia demais, encontrei o convite, pelo qual agradeço.

E, cado possa ir, mande-me suas impressões ou fotos . Terei prazer de publicar.

Mesmo á dist~encia, sempre aplaudo o Gurdjieff, das coxias de meu âmago...

Clevane Pessoa

asasdeborboleta16@gmail.com

Diretora Regional do InBrasCi em Belo Horizonte-MG
Acadêmica da ALB/Mariana, Cadeira 11-Laís Corrêa de Araújo
Acadêmica da Academia Feminina de Letras-AFEMIL-Cadeira 05-Cecília Meireles
Consrultora de Cultura da AMI_Associação Mineira de Imprensa.



Incríveis Histórias de
Um Mundo Esquecido"


Venha participar! Assista a apresentação dessa maravilhosa história repleta de ensinamentos práticos para sua vida.
Venha escutar essa bela história de sabedoria, suas encantadoras músicas e poesias, e seu profundo significado!

Promoção para Clube Especial:
Acompanhante não paga!


Apresentaçăo de Lauro Raful
Texto de Paulo e Lauro Raful

Data: 27 e 28 de Novembro e 03 e 05 de Dezembro - Horário: 20h30
Local: Rua Augusta, 2192 - Piso Superior
São Paulo - SP - Brasil - Fone: (11) 3864-1670
Assista nossas apresentaçõesVeja o mapa do nosso endereço




Para participar do nosso Clube Especial acesse o link: www.ogrupo.org.br/clube.asp

Não responda esse email. Para falar conosco envie um email para: contato@ogrupo.org.br

domingo, 15 de novembro de 2009

As guerras no olhar das crianças-Leonardo de Magalhaens





Nas fotos, o poeta, ensaísta e crítico litrário , leonardo de Magalhens, da ONG OPA!-e meninos na guerra...



Leonardo de Magalhaens , de aguçada sensibilidade e alto senso de observação,comenta as crianças vitimizadas pelas guerras e em especial seus olhares.
Lembro-me de quando o Poeta J.G.eres (*) passou uma foto chamada "lacrima Ribia", o uma lágrima de sangue escorría do meninozinho ferido.Escrevi:"menino argênteo/chora rubi"(...)
Também quando , em 1993, participei do Congresso Internacionaol L"Espoir sens Frontiers", uma deputada de Angola veio pedir pelas crianças ótfãs da guerra, civil, no país lusófono.Uma quantidade enorme de orafãozinhos.Uns, vítimas de minas explosivas.
Enquanto ela falava, congressistas conversavam, alguns não prestavam atenção, por defesa ou cansaço.Outros, tinham olhos marejados.A maioria aparentemente não se identificava com a descrições terríveis da Deputada :"no Brasil não há guerra", é uma mentira generalizada. Há tantos tipos de guerras! E as de dentro dos lares?E as das favelas? As escolas não estão se tornando campos de batalha, às vezes? pra defender-se, alguém pode matar.Assassinos às vezes são vítimas.E há as quadrilhas, os campos de concentração domesticos, em porçoes, onde mães meninas dão à luz filhos que são irmãos, frutos de um genitor doentio.Patrões seviciam, espancam , uma cadeia de torturados e torturadores...
E a violência permanente no entorno, o trabalho precoce, os fornos de carvão,os meninos de rua surrando os menores ou mais frágeis, a prostituição infantil...

Fui para casa , depois do discurso da brava mulher de Angola, pensando que as pessoas pensavam na "menina de Angola/que traz o chocalho agarrado na cadela", conforme canta Chico Buarque, ou nas galinhas pintadinhas d'angola.Mas ninguém estava pensando nesse contigente desesperançado de fágeirs criaturas que um dia teriam tido mães para curar machucaduras, pra cantar e rir...

No outro dia, pedi a palavra e li a moção que escrevera ao chegar, em defesa dessas crianças.Ela agradeceu, iria a Brasília, encaminhei-a, mandei uma carta ao presidente da época, Itamar Franco, mas jamais soube quais os resultados...

Depois de sua partida, no outo dia, encontrei sua caneta cor-de-rosa, encaixada na cadeira onde sentara e guardei-a por muito tempo;sempre que a olhava, pensava nesses meninos da guerra...

O Jornalista Monsierus SOkeng, Presidente Mundial de L"Espoir sens Frontièrs",fazia uma belo discurso , eu ouvia e pensava nas infência desse mundo velho.Escrevi um poema, onde me dizia engajada pela infãncia.Ele,jornalista, recebeu o poema na mesa, leu-o e disse que o levaria para seu jornal ,na África.Noutro dia, encntrei esse poema,reli-o, e chorei -como se outro poeta o tivesse escrito.

meus olhos encheram-se de lágrimas ao ler as dinalizações inteligentes desse moço Leo, que você vai ler logo abaixo..

Também li "A menina Que Roubava Livros", cito por Leo, e , sem dúvida, perceber uma guerra através de olhos inocentes que deveriam apenas estar apreendendo a beleza da vida, é muito pungente e cruel.

Clvane Pessoa de Araújo Lopes

Embaixadora Universl da paz
Cercle de Les Ambassadeurs Univ. de La paix-Genebra, Suiça.

Leiam o discurso tragipoético de prosa escorreita de Leonardo de Magalhaens:



As guerras no olhar das crianças




(ensaio)


“A desumanidade do homem para com o homem,
e ainda pior, para as crianças”
(“Man's inhumanity to man and worse still,
to child”)(The Cranberries)


"e ainda: “Mais de dois milhões de crianças foram mortas em guerras nos
últimos dez anos, enquanto seis milhões ficaram mutiladas, 12 milhões
perderam suas casas e mais de 10 milhões sofreram danos psicológicos
irrevesíveis. O trágico quadro foi denunciado pela ONU e os dados
mostram que estamos diante de um novo holocausto de inocentes.”
(Estado de Minas, 13 de outubro de 1998)





"Crianças jogadas no furor da guerra dos adultos imaturos, crianças
que não sabem o que sejam certo ou errado (e os adultos sabem?),
não importa sedo 'lado certo' ou do 'lado errado' – precisam se
defender e atacar...


Que liberdade tinha a Anne Frank? Ou o Shmuel de “O Menino do
Pijama Listrado”? Ou a Zlata em Sarajevo, campo de batalha urbano?


Que liberdade há? Os arautos da liberdade (existencial, política,
social) não sabem... O que Sartre queria dizer com “condenados à
liberdade”? Ou com “fazermos algo do que fizeram de nós”? Ou
textualmente: “O importante não é aquilo que fazem de nós, mas
o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.”


A liberdade é escolher entre cartas já marcadas? E quando se
nasce num campo de concentração? Ou num campo de batalha?
Nascemos num dado contexto histórico, aprendemos um idioma,
servimos a umapátria, além de um patrão... Os líderes 'formatam'
seus seguidores desde criança – vide a Juventude Leninista,
o Komsomol, ou a Juventude Hitlerista, a Hitlerjugend.




Está na moda (e no mercado) os livros best-sellers sobre crianças
nas guerras, ou melhor, sobre as guerras vivenciadas pelas crianças.
A referência é um dos livros mais famosos (e clássicos) sobre a
temática – o “Diário de Anne Frank”, publicado após a Segunda
Guerra Mundial, pelo pai da menina, ela que não sobreviveu ao campo
de concentração. Trata da invasão da Holanda, em 1940, a
perseguição aos cidadãos judeus, obrigados a buscar refúgio em
porões, em sótãos, a viverem em dependência de vizinhos, que
driblam as políticas nazistas de prisão e extermínio.


Tamanho é o poder do testemunho de Anne – que praticamente
passou de criança à adolescente num sótão abafado, a lidar com
a puberdade entre os conflitos internos (dos pais, dos vizinhos)
e externos (a guerra entre os Aliados e os nazistas), e tentando
descrever tudo isso numa prosa que evidencia a grande escritora
que perdemos.


Depois, em pleno pós-Guerra Fria, com o fim do 'socialismo real'
(que o capitalismo real festejou!), com a implosão da URSS e com
a guerra civil na Iugoslávia, fez alarde um “Diário de Zlata” (1993),
aqui no Brasil, em edição traduzida o exemplar francês, “Le Journal
de Zlata”, onde a menina Zlata Filipovic descreve a capital Bósnia,
Sarajevo, sob ataque das forças sérvias, em 1992. Zlata foi mesmo
considerada uma “Anne Frank de Sarajevo”, versão moderna do
drama “criança no teatro de guerra.”


“Estão bombardeando, as granadas caem. É mesmo a GUERRA.
Papai e mamãe estão muito preocupados; ontem à noite eles
ficaram acordados até tarde, ficaram conversando muito tempo.
Estão tentando descobrir o que fazer, mas está difícil ter bom senso.
Será que devemos partir e nos separar, ou ficar aqui todos juntos?
(...) Percebo que a coisa vai mal. A paz chegou ao fim. A guerra
entrou de repente em nossa cidade, em nossa casa, em nossas
cabeças, em nossas vidas. É horrível. Tão horrível quanto ver mamãe
arrumar minha mala.”
(trad. Antonio de Macedo Soares &
Heloisa Jahn)


Outro best-seller do momento aborda a temática: “A menina que
roubava livros” (A Book Thief, 2005), do australiano Markus Zusak,
de ascendência germânica, a abordar o bombardeio das cidades
alemãs e o drama do Holocausto – a perseguição nazistas aos
judeus – sob o olhar de uma menina que adora surrupiar livros
alheios, e sobrevive aos golpes da morte ao redor. (Tanto que a
Morte passa a se interessar pela menina e narra a vicissitudes
da protagonista...)


Novamente abordando o Holocausto (já havendo toda uma
literatura, aceita ou não, acadêmica ou não, ficcional ou não,
sobre o tema Shoah...), temos – na perspectiva infantil – a obra
best-seller “O Menino do pijama listrado” (“The Boy in the
Striped Pyjamas”, 2006, do irlandês John Boyne, onde Bruno, filho
de comandante nazista faz amizade com Shmuel, judeu (de pijama
listrado) na cercanias (e nas cercas) do campo de concentração de
Auschwitz. É uma fábula (diz a propaganda) sobre a amizade no
tempo de guerra, sobre as crianças que desconhecem o que seja
'inimigo', e morrem inocentes do perigo ao lado.


“O garoto era menor do que Bruno e estava sentado no chão com
uma expressão de desamparo. Ele vestia o mesmo pijama listrado
que todas as outras pessoas daquele lado da cerca, e um boné
listrado de pano. Não tinha sapatos ou meias, e os pés estavam
um pouco sujos. No braço ele trazia uma braçadeira com uma
estrela desenhada.”
(trad. Augusto Pacheco Calil)


O livro gerou tamanha repercussão que já virou filme, em 2008,
sob direção de Mark Herman, com o jovem ator (nascido em 1997)
Asa Butterfield, no papel do protagonista Bruno, que no livro tem
nove anos. A inocente criança moída e consumida pelas engrenagens
da guerra. Para muitos, uma criança 'inocente até demais', que
não percebe morar ao lado de uma enorme prisão, onde as pessoas
de pijamas listrados gradativamente desaparecem...


Como uma alegoria do ex-patriado temos a obra “Memórias de um
menino que se tornou estrangeiro”, de 2007, do paulista Marcos
Cezar de Freitas, que mostra um menino-narrador, em fuga, dentro
da própria cidade bombardeada, em ruínas, perdendo as referências,
depois seguindo para terras estrangeiras, onde a guerra ainda não
chegou, e vendo-se 'estranho', a reconstruir sua identidade (dada
coletivamente, na família, na pátria, no mundo), enquanto a guerra
cria um imenso muro a separar as pessoas, os povos. Quem é o
estrangeiro? Quem é o inimigo? A guerra rotula e segmenta, cria
abismos sociais e perpetua preconceitos.


“De que país eu era, então? Meu país era um navio?”
Indaga-se o
protagonista-narrador, ao ver-se partindo para o exílio, junto
aos refugiados, os cidadãos de outrora, agora obrigados a
depender a boa-vontade de outros cidadãos de outros países,
além das agências internacionais que trabalham para amenizar
os traumas das guerras. Mas em outra cidade de outro país,
serão sempre os estrangeiros, com outro idioma, outro modo
de vida, sempre em guettos, sempre temendo os 'pogroms',
pois a xenofobia é um vírus encubado a espera de uma
ocasião explosiva para se disseminar, atrás de novas vítimas.




Hoje as crianças na guerra são as africanas. O Primeiro-Mundo
vendeu seus arsenais (já ultrapassados!) para o Terceiro Mundo –
e agora são os pobres que se matam. Não há uma Guerra Mundial
entre imperialistas, mas Guerras Regionais entre tribos e etnias rivais,
entre interesses comerciais, entre crenças díspares, entre fronteiras
incertas. Como podemos ver no filme “O Senhor das Armas”
(Lord of War, USA, 2005, com Nicolas Cage), que mostra os
conflitos na Libéria, na Serra Leoa, no Sudão, no Líbano, que se
alimentam de armamentos contrabandeados do Leste europeu,
dos Estados Unidos, num grande mercado obscuro de armamentos,
“Não importa onde você vá, lá vai haver uma arma.”, diz, irônico,
o protagonista, traficante de armas.


As crianças hoje são soldados-mirins, que empunham armas e
disseminam minas, vitimadas e vitimando, sofrendo ao lado dos
adultos e lutando ao lado (e contra) os exércitos, as guerrilhas,
os terroristas, em nome de deuses e etnias, de crenças e ideologias,
perdendo todas as promessas de um futuro.




Out/09




Leonardo de Magalhaens


http://leoleituraescrita.blogspot.com

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Um ciclone ou uma flor




Foto maravilhosa,puro movimento, um ciclone ou uma flor?(*) com crédito do poeta Diovanni Mendonça, do excelente projeto Pão e Poesia, que também é fotígrafo e ama as artes em geral.Enviada por Leonardo Magalhães, com o simpático recado (lá embaixo).

Opa! Oficina de Produção Artística

Tropofonia

Apoio cultural: Instituto Cervantes


Aconteceu no SARAU HISPÂNICO

Por Leonardo de Magalhaens

Depois de uma semana chuvosa e tempestuosa, BH foi
favorecida com uma bela noite cálida e estrelada, com
uma lua sutil, numa dádiva dos ‘dioses argentinos da la lluva’,
presentes, certamente, em nosso lírico e caliente SARAU
HISPÂNICO, no teatro de arena do Centro Cultural Lagoa
do Nado.

Rubros casulos humanos se contorcem, se desnudam, a
rastejar entre as sílabas ásperas e agrestes de ANU e
Eusmaranhados... Rubros casulos humanos a se desfiar,
desfazer-se em crisálidas de nudez, despertando os sentidos
às contorsões serpentinas das peles pálidas, desprotegidas
diante dos olhares de desejo ou repressão.

Em leituras de “Lágrimas en el lago de púrpura”, tradução de
Sebastián, e trechos de ANU, poema-alado-performático de
Joaquim (Wilmar) Palmeira (Silva), que empolga os presentes,
estendendo-se em iconoclástica performance.

Os poetas Diovvani Mendonça e Juan Fiorino ocupam a nossa
arena, com poemas traduzidos do español, ou clássicos versos
de Jorge Luis Borges (no original!). Além do que Fiorini divulga
seu pré-livro ‘Quase nada sempre tudo’, do qual os
colaboradores podem o vale-livro, aliás, prontamente adquiridos
pelos poetas Rodrigo Starling, Diovvani Mendonça e
Leonardo de Magalhaens.

Enquanto as dançarinas ciganas se preparam, segue-se a
queima ritual de ANU, sob os auspícios e empolgação de
Joaquim (Wilmar) Palmeira (Silva), “exagerado, eu sou mesmo
exagerado”, congregando os convivas e fiéis meio às sobras
incandescentes do ANU, para o réquiem, a despedida ao
corpus poético da ave-poema.

A dança cigana domina a noite num bailado multicor a receber
a homenagem dos caballeros, extasiados com os volteios de
saias múltiplas, no calor da dança, no fulgor dos corpos bailantes.
Mostrando a cultura gitana que dominou a Espanha, com sua
riqueza e calor, numa sociedade marcada pela rigidez religiosa.

Antes do filme curta-metragem “Talitha”, de Laia Ferrari e
Sebastián Moreno, temos as leituras declamadas de poemas de
clássicos hispânicos, feitas por Leonardo, com destaques para
os poetas Girondo, Neruda, Octavio Paz e Garcia Lorca.

Após o desfrute do cocktail de frutas e bombons, os artistas e
a platéia (o que restou dela) assistem ao curta-metragem “Talitha”,
inspirado em trechos de “Tabacaria” de Fernando Pessoa, que é
então “Tabaquería”, para fechar esta noite agradável e caliente
(em todos os sentidos).

No soy nada.
Nunca seré nada.
No puedo querer ser nada.
Aparte de eso, tengo en mí todos los sueños del mundo.


Agradecemos a presença dos poetas Diovvani Mendonça e
Juan Fiorini, a produção dos caros Rodrigo e Jackson, a presença
do poeta e produtor Ricardo Evangelista, sempre no auxílio e
promoção dos eventos artísticos, ocupado em fotografar e registrar
o nosso evento. Agradecemos o apoio cultural do Instituto Cervantes
no patrocínio do equipamento de som, além da Escola de Dança
Cigana, do bairro Caiçaras, BH.


Até o próximo evento OPA!, o Banquete de Ideias dedicado à Poesia.


Leonardo de Magalhaens
http://leoleituraescrita.blogspot.com


Saudações, prezada Clevane!

eis algumas da fotos tiradas pelo poeta Diovvani Mendonça,
lá no SARAU HISPÂNICO, com ênfase na dança cigana.
Ele conseguiu imagens belíssimas.

gostaria muito da tua divulgação, ao escolher uma ou duas
das imagens, para o teu blog, junto com o texto Aconteceu
no Sarau Hispânico, que divulguei anteiormente...

Ssabemos que os integrantes do teu mailing são os mais
bem informados de Belô...!

agradeço veramente!

cordialmente,

Leonardo depois que li sua cobertura e solicitei-a para este blog.Agradeço muito.
Clevane

E um poema de minha lavra para uma das belas fotos:

Um ciclone ou uma flor?



Um ciclone ou uma flor?

Puro mo(vi)mento.
Depuro o olhar.
Saias em círculo, dervixe, lagartixa célere,
brinquedo de roda?
Roda pião,
roda saião,
Mulher de Sion,
Cigana, ptofana e divina,
gitana à luz dos flashs, fogo,
desafogo,
música nas veias,
evoé.
Um ciclode ou uma flor?...


Clevane Pessoa

Postarei as demais fotos em beve, pois vou para as Terças Poéticas no Palácio das Artes, ver o Gato Pingado....

E o recado do amigo Diovvani para o Léo:

Leo, conforme o combinado segue em anexo fotos do sarau.
Começo pelas dançarinas - fiz algumas irrepetíveis.
Os arquivos são grandes e na medida do possível vou enviando outras.

Abraço,
Diovvani.



Diovvani Mendonça
acesse e conheça:
poeminhas para matar o tempo
e distrair dor de dente.
toda semana um poema inédito.
www.diovmendonca.blogspot.com

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Coro de Uma só Voz-Clevane Pessoa


Desejo


Quando a inveja cor/roi
o matiz mais belo fica desbotado
a água clara, turva
a linha reta, curva,
os meandros retificam-se,
os atalhos ganham muros,
tecidos novos, furos.

A inveja é ácido corrosivo,
coro de uma só voz, ou coral
dissonante.

Ah, se me admirarem , que não me invejem ,
que sou apenas água a escorrer clara
pelas pedras .
Que não distorçam minha palavra,
nem apaguem meus rabiscos.

E que jamais inveje qualquer pessoa
ou objeto de desejo...

Clevane Pessoa

Belo Horizonte,MG-Brasil - 23 de outubro de 2009




coro de uma só voz -Poema publicado hoje , em http://www.luso-poemas.net/modules/news/submit.php

Imagem:do site acima.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Balbino da Ambulância.


Eu, com o certificado e medalhas ao pescoço.Que data!Inesquecpivel, pela valorização e lembrança da cordifraterniadade que sempre deve nos nortear.


Marco Llobus e eu entregamos flores à Governadora do inBrasCi em Minas Gerais, Andreia Donadon.


Andreia Donadon, Claudio Márcio barbosa e eu, conversamos com Sérgio balbino, após a cerimônia do Grande Volar de Mérito.


Alguns cnvidados , no agradabilíssimo Restaurant D.Preta.


Os aldravistas e eu





Um dia de grandes emoções para mim , foi receber o Grande Colar de Mérito, na âmara Municipal de Belo Horioznte.Claudio M´[arcio Brbosa fora indicar-me para Cidadã Honorária da cidade de Belo Horizonte e ao conversar com o verador Sérgio Balbino, este disse que, pelo perfil apresentao, iria conceder-me o Grande Colar-a mais alta honraria da Câmara.
Ainda de luto, eu Saí à savassi, bairro de Belo Horizonte onde já cliniquei (sou psicóloga), em busca de um vestido.À força de tantas horas sentada em frente ao PC, ou escrevendo- às vezes deitada- ganei peso extra e não encontrava o que vestir na solene ocasião.
Por fim , encontrei uma veste cor-de-uva, com detalhes em cetim da mesma coisa, que amarrei ao corpo, cobre leggins e boddy pretos.
Usei sandálias douradas, com o peito do pé trabalhado.
Soube que o patrono seria Oscar Niemeyer, que fazia cem anos, o que encantou-me.Na verdade , o macróbio que ainda está vivo e trabalha com sua equipe, não poude deslocar-se e a entrevista entre ele e o presidente da Câmara, Totó Teixeira, foi apresentada em um telão, palavras pronunciadas com veracidade e de forma comovente e de forma comovente.
Cheguei com meu filho Alessandro e a nora Ju (Ciléia).O filho caçula , que estava trabalhando, consegiu uns minurtos livres para estar na cerimônia e chegou de branco, pois é massoterapeuta.
Meus amigos de mariana -O casal Donadon (J.Benedito e Andréia), Gabreil Bicalho e J.S Ferreira lá estavam.Também Neuza Ladeira, a irmã Bety e Luna, a cantora e violonista.Claudio Márcio, é claro.
Alguns foram embora sem que eu os visse, pois tão logo terminou a cerimônia, fomos convidados pelo vereador para conhecer seu gabinete, onde nos contou sua tragetória.
Aliás, bela história , que eu já conhecia pelo relato de Claudio.
Logo que chegeui, fui colocada com os demais agraciados, numa sala, onde nos entregaram a caixa vazia, um estojo grande e ebonito, que conteria posteriormente o colar-esse, soemnte vimos quando nos foi colocado.Ao sermos convidados para ir ao plenário, as pessoas em geral, encontravam osvereadores que os haviam indicados.Mas eu ainda não conhecia pessoalemnte Sergio balbino.Apenas conhecíamos as histórias de vida um do outro.Claudio Márcio estava lá em cima, então , eu fiqui meio perdda e a TV estava entrevistando o agraciado e o indicador.Fui entrevistada sozinha.Depois, sim , ele me procurou.Fiquei imediatamente impressionada com o olhar profundamente empático de Balbino.Quando tirávamos fotos, ele mostrava um cuidado muito sério comigo e por isso, entendi porque sempre falavam tão bem dele.
Conhecido por "Balbino da Ambulância", ele começou , jovem , a trabalhar e sempre parte desse pagamento era destunado a alguma relação de ajuda.Adulto jovem , vendeu o carro para comprar uma ambulância, ao ver que muitas pessoas pobres ou caentes, morriam antes de alcançar o devido socorro.candidato, ampliou essa necessidade de ajudar doentes, a quem muitas vezes, apanhava nas ruas.Ouvi muitas histórias-e ele agora, nos contava,com intensidade, esse trabalho, agora facilitado pelo cargo.
Disse que estava estudando Direito.Ficamos comovidos.Eel conversou comigo, com Andréia, Neuza Ladeira, Claudio Márcio e comigo, ouvindo atentamente.Pensei que ele deveria ser indicado para essa medalha.Quem cuida de pessoas doentes, sujas e abandonadas muitas vezes num momento em que tantos outos se afastam, até com nojo, merece reconhecimento.Já ouvi contarem que indo para a Câmara, de terno e banho tomado, o vereador muitas vezes fazia parar o carro e apanhava pessoas na rua, para levá-las aos pronto-socorro e lá, ainda brigava pelo atendimento.

A festa foi no Restaurante D.Preta, da família do amigo Claudio Márcio, que pertence à ONG Alô Vida.Lá, també, fui agraciada com a Medalha de Mérito do InBrasCI(Instituto de Culturas Internacionais), certificados da Aldrava Letras e Artes de mariana.E apareceram amigos muito queridos, parentes.Entre eles, além dos escitores aldravistas e representantes do inBrasI, doi qual então me tornaram membro Honorário, Marco Llobus, Ricardo Evangelista e a esposa Sueli, Celinho Guiga e Paloma Goulart, Luiz Lyrio, Christiana ,Maria Queiroz, Marco Aurélio Lisboa e sua Val,Regina Mello, marilda Ladeira (de Ipatinga, do Clube de Escritores) e outros mais, que tamto me alegraram com sua presença.Foi um dia inesquecível.Uma noite maravilhosa.
E o vereador que me indicara sem conhecer pessoalemente, apenas ao estudar minha história de trabalhos.Minha simplese despretenciosa vida de funcionária pública e psicóloga.

Fiquei pensando em meu trabalho com minorias e caentes, no serviço público, até me aposentar,em várias cidades e estados , no Hospital Júlia Kubtscheck (o nome da mãe de Juscelino, Prsidente da república, o homemem qe mudou a capital para Brasília), na placa que recebi nu8m Dia da Mulher da Assembléia Leglativa e quando leram minha biografia, emocionei-mei ao recordar momentos delicados, mas sempre acho que não mereço essas honrarias, pois apemas faço o que deve ser feito, e gosto de ajudar carentes, mulheres, crianças, adolescentes, famílias.Sim , enquanto psicóloga, mas sobretudo como irmã em humanidade.
Nessa data data, Dia da Mulher, a indicação veio da Deputada Elaine Matozinhos.
Depois de tudo terminado, recebi adultos jovens com quem trabalhei, quando eram adolescentes, no HJK.E um deles , João Martins, a quem chamávamos Joãozinho, entregou-me um certificado desenhado por ele. E disse "Clevane, nenhum de nós que passou por você, deu para nada ruim."Foi aí, que comecei a chorar.Esse, o reconhecimento verdadeito de uma época em que eu realmente pude trabalhar pela juventude , pelo futuro de tantos jovens.

Na última eleição, Claudio Márcio contou-me que Balbino das Ambulâncias teve , mais uma vez, um grande número de votos.Creio que o mais votado.Mas não pode eleger-se por seu partido não ter represenação maior.Que pena, mas sei que , na condição dde advogado, ele poderá ajudar muitos :alguns, qual S.Francisco de Paula, somente se sentem bem quando ajudam doentes.Ele, é um deles.

Várias pessoas contaram-me histórias incíveis (críveis!!!) sobre a prestação de socorro corpo a corpo que esse homeme de personalidade forte e tão caridoso.Nunc mais soube dele, mas ainda gostaria de entrevistá-lo!

Clevane Pessoa de Araújo Lopes.

E lembro aqui que S.Francisco faleceu á 345 nos, em 27 de setembo, de 1660 (*).Nâo os estou comparando, nem sei o credo de Balbino, mas estou associando ao múmero restrito de pessoas que realmene gostam de ajudar pessoas em sofrimento físico, sem asco ou desprezo.Minha mãe , Terezinha do Menino Jesus, foi uma delas.Elas existem.E nada querem em troca.



"GRANDE COLAR
21/11/2007
Entrega do Grande Colar reúne personalidades na Câmara Municipal


A Câmara Municipal de Belo Horizonte reuniu-se em sessão solene, na tarde de hoje, 20 de novembro, para a entrega do Grande Colar do Mérito Legislativo Municipal Arquiteto Oscar Niemeyer. A medalha foi criada em 2003 e homenageia personalidades e instituições que tenham contribuído com o desenvolvimento da comunidade belo-horizontina. O Conselho de Agraciamento, formado pela Mesa Diretora da CMBH, indicou dez agraciados e cada vereador indicou um homenageado.

Este ano, o patrono do Grande Colar é o arquiteto Oscar Niemeyer, que em dezembro completa cem anos de idade. Segundo o presidente da Câmara Municipal, vereador Totó Teixeira (PR), a escolha de Niemeyer se deve, sobretudo, porque Belo Horizonte foi o cenário do primeiro trabalho de grande porte do arquiteto. “O Complexo da Pampulha apresentou ao mundo a arquitetura dos vãos livres, das linhas curvas, das formas excepcionais. Crítico das injustiças e das desigualdades, ele é um homem de grande coragem, e que tem um grande afeto por Minas Gerais”, ressaltou.

Após a execução do Hino Nacional e do discurso do presidente da Casa, foi prestada uma homenagem a Oscar Niemeyer, que por causa da idade avançada, não pode comparecer à cerimônia. Uma equipe da TV Câmara foi até ao escritório do arquiteto, no Rio de Janeiro, e gravou um depoimento com ele. Durante a visita, o vereador Totó Teixeira entregou uma placa ao patrono do Grande Colar.

Amigos, modernismo e ousadia

Na mensagem exibida em um telão, durante a entrega do Grande Colar, Niemeyer disse que a vida dele está muito ligada ao povo de Minas. Lembrou dos grandes amigos, como Rodrigo de Melo Franco, Gustavo Capanema e Juscelino Kubitschek. “JK foi um bom amigo, que me acolheu quando eu tinha 33 anos, e me pediu para fazer a Pampulha. Quando finalizei o trabalho, ele me convidou para construir a nova capital, Brasília”, lembrou. Extremamente lúcido, Niemeyer ainda disse que a arquitetura não pode ser formal, mas deve despertar “o interesse, a surpresa e a emoção.”

O vice-governador do Estado de Minas Gerais, Antonio Augusto Anastasia (PSDB), falou em nome dos 51 agraciados. Lembrou a vocação modernista de Belo Horizonte, dizendo que desde a sua fundação, a capital teve um papel irradiador, ousado, rompendo os grilhões do conservadorismo e agregando todas as regiões do Estado. “A dívida dos belo-horizontinos para com Oscar Niemeyer é muito grande, porque foi ele que mostrou a capital mineira para o mundo, consolidando a ‘intelligentia’ desse povo. E é uma emoção para todos nós sermos homenageados com esta medalha, que tem o nome de um grande brasileiro”, ressaltou.

Durante a entrega do Grande Colar, os agraciados ouviram um recital com três peças do cancioneiro popular brasileiro, escolhidas pensando na paixão do arquiteto pela natureza, pela cultura e pelo povo brasileiro, interpretadas pela cantora lírica Isabela Santos, acompanhada pelo flautista Marcelo Pereira e o violonista Avelar Júnior.

Além do vice-governador mineiro, também receberam o Grande Colar o presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, deputado estadual Alberto Pinto Coelho (PP); o General-de- Divisão, João Roberto de Oliveira; o Brigadeiro-do-Ar Antônio Franciscangelis Neto, Comandante do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR); o Conselheiro Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, Elmo Braz; e o Chefe da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, Delegado-Geral de Polícia Marco "Antônio Monteiro de Castro, entre outros."

Informações na Superintendência de Comunicação Institucional (3555-1105/1216)
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E ainda em:
www.jornalaldrava.com.br/pag_clevane.htm

(*)Biografia de Vicente, apenas para lembrar...

"São Vicente de Paulo nasceu em uma terça-feira de Páscoa, em 24 de abril de 1581, na aldeia Pouy, sul da França. Vicente foi batizado no mesmo dia de seu nascimento.Era o terceiro filho do casal João de Paulo e Bertranda de Moras, camponeses profundamente católicos. Seus seis filhos receberam o ensino religioso em casa através de Bertranda.

Desde cedo destacou-se pela notável inteligência e devoção. Fez seus primeiros estudos em Dax, onde, após 4 anos, tornou-se professor. Isto lhe permitiu concluir os estudos de teologia na Universidade de Toulouse. Foi ordenado sacerdote, aos dezenove anos, em 23 de setembro de 1600.

Ordenou-se padre e logo passou pela primeira provação: uma viúva que gostava de ouvir as suas pregações, ciente de que ele era pobre, deixou para ele sua herança - uma pequena propriedade e determinada importância em dinheiro, que estava com um comerciante em Marselha.

No retorno desta viagem a Marselha, em 1605, o navio em que se encontrava foi atacado por piratas turcos. Pe. Vicente sobreviveu ao ataque, mas foi feito prisioneiro. Os turcos o conduziram a Túnis, onde foi vendido como escravo para um pescador, depois para um químico; com a morte deste, foi herdado pelo sobrinho do químico, que o vendeu para um fazendeiro, um renegado, que antes era católico e, com medo da escravidão, adotara a religião muçulmana. Ele tinha três esposas: uma era turca e esta, ouvindo os cânticos do escravo, sensibilizou-se e quis saber o significado do que ele cantava. Ciente da história, ela censurou o marido por ter abandonado uma religião que para ela parecia tão bonita. O patrão de Pe.Vicente arrependeu-se e propôs a ele uma fuga para a França, que só se realizou dez meses depois, já em 1607.

Eles atravessaram o Mar Mediterrâneo em uma pequena embarcação e conseguiram chegar à costa francesa. De Aigues-Mortes foram para Avinhão, onde encontraram o Vice-Legado do Papa. Vicente voltou à condição de padre e o renegado abjurou publicamente, retornando à Igreja Católica. Vicente e o renegado ficaram vivendo com o Vice-Legado e, quando este precisou viajar a Roma, levou-os em sua companhia. Durante a estadia na cidade, Pe. Vicente frequentou a universidade e se formou em Direito Canônico. E o renegado foi admitido em um mosteiro, onde se tornou monge.

O Papa precisou mandar um documento sigiloso para o Rei Henrique IV da França e Pe. Vicente foi escolhido como fiel depositário. Devido a sua presteza, o Rei Henrique IV nomeou-o Capelão da Rainha Margarida de Valois, a rainha Margot. Pe. Vicente era encarregado da distribuição de esmolas aos pobres e fazia visitas aos enfermos no hospital de caridade em nome da rainha. Após o assassinato de Henrique IV da França, em 1610, São Vicente passou um ano na Sociedade do Oratório, fundada pelo Cardeal Pierre de Bérulle. Mais tarde, padre Bérulle foi nomeado Bispo de Paris e indicou Vicente de Paulo para vigário de Clichy, subúrbio de Paris.

Vicente fundou a Confraria do Rosário e todos os dias visitava os doentes. Atendendo a um pedido de padre Berulle, partiu e foi ser o preceptor dos filhos do general das galés e residir no Palácio dos Gondi. Naquele período, a Marinha francesa estava em expansão e, para resolver o problema da mão-de-obra necessária para o remo, era costume a condenação às galés por delitos comuns. Vicente empenhou-se nesta missão, lutando por mais dignidade para estes prisioneiros, que viviam em condições sub-humanas. No trabalho em favor dos condenados às galés chegou até a se colocar no lugar de um deles para libertá-lo. As propriedades da família dos Gondi eram muito grandes e Pe. Vicente e a senhora de Gondi faziam visitas às famílias que residiam nestas propriedades. Foi assim que o Pe. Vicente percebeu como era necessária a confissão deste povo. Na missa dominical, ele fazia com o povo a confissão comunitária. Conseguiu outros padres para as confissões, pois eram muitos os que queriam esse sacramento. Pe. Vicente esteve nas terras da família Gondi por cinco anos. Foi a Paris e, mais tarde, a pedido do Pe. Berulle, voltou para a casa dos Gondi por mais oito anos.

Sua piedade heróica conferiu-lhe o cargo de Capelão Geral e Real da França. Vendo o abandono espiritual dos camponeses, fundou a Congregação da Missão, que são os Padres Lazaristas, para evangelização do "pobre povo do interior". A Congregação da Missão demorou de 1625 até 12 de janeiro de 1633 para receber a Bula do Papa Urbano VIII, reconhecendo-a.

Em 1643, Luís XIII pediu para ser assistido, em seu leito de morte, por Vicente, tendo morrido em seus braços. A seguir foi nomeado pela Regente Ana d'Áustria, de quem era o confessor, para o Conselho de Consciência (para assuntos eclesiásticos dessa Regência).[1]

Num apelo que o padre Vicente fez durante sermão em Châtillon, nasceu o movimento das Senhoras Damas da Caridade (Confraria da Caridade). A primeira irmã de caridade foi a camponesa Margarida Nasseau, que contou com a orientação de Santa Luísa de Marillac e que, mais tarde, estabeleceu a Confraria das Irmãs da Caridade, atuais Filhas da Caridade. De apenas quatro irmãs no começo, a Confraria conta, hoje, com centenas delas. Foi também ele o responsável pela organização de retiros espirituais para leigos e sacerdotes, através das famosas conferências das terças-feiras (Confraria de Caridade para homens).

Inpirado por seu amor a Deus e aos pobres, Vicente de Paulo foi o criador de muitas obras de amor e caridade. Sua vida é uma história de doação aos irmãos pobres e de amor a Deus. Existem diversas biografias suas, mas sabemos que nenhuma delas conseguirá descrever com total fidelidade o amor que tinha por seu irmãos necessitados. Muitos acham que a maior virtude de São Vicente é a caridade, mas sua humildade suplantava essa virtude. Sempre buscava o bem da Igreja. São Vicente de Paulo foi um pai dos Pobres e um reformador do clero. Basta dizer que a Conferências Vicentinas, fundadas por Antônio Frederico Ozanam e seus companheiros, em 23 de abril de 1833, foram inspiradas por ele. Espalhadas no mundo inteiro, vivem permanentemente de seus exemplos e ensinamentos.

Segundo São Francisco de Sales, Vicente de Paulo era o "padre mais santo do século". Faleceu em 27 de setembro de 1660 e foi sepultado na capela-mãe da Igreja de São Lázaro, em Paris. Foi canonizado pelo Papa Clemente XII em 16 de junho de 1737. Em 12 de maio de 1885 é declarado patrono de todas as obras de caridade da Igreja Católica, por Leão XIII."

OBRAS:

Obra
Funda sucessivamente diversas congregações:

Em agosto de 1617 funda as Damas da Caridade, hoje conhecidas como Associação Internacional de Caridades - AIC.
Em 8 de dezembro de 1617 cria as Confrarias da Caridade.
Em 17 de abril de 1625 funda a Congregação da Missão, cujos membros são conhecidos como padres Lazaristas, ou padres vicentinos.
Em 29 de novembro de 1633 funda a congregação das Filhas da Caridade.
[editar] Canonização
A sua canonização ocorreu em 16 de junho de 1737, pelo Papa Clemente XII. Em 12 de maio de 1885 foi declarado, pelo Papa Leão XIII, patrono de todas as obras de caridade da Igreja Católica.

O corpo incorrupto de São Vicente de Paulo

O corpo de São Vicente de Paulo está atualmente exposto à visitação pública na Capela de São Vicente de Paulo, na Rua de Sèvres, Métro Vaneau, em Paris."

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Vicente_de_Paulo

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

21 de setembro-Dia da Árvore-Regina Mello e A Banda


Na foto, fotografei Regina Mello fotografando o Parque Municipal que tanto ama e onde mantém os espaços do Museu Nacional da Poesia-MUNAP, em 14 de março





Nos Anos 60,quando eu lecionava no Grupo Escolar Maria Illydia Rezende de Andrade, fui destinada a uma sala de limítrofes e alguns, com dificuldades de aprendizado.
Eu comecei então, a ensinar tudo em versos bem rimadinhos.
Para omDia da Árvore, quando haveria uma apresentação no pátio, coletiva, de todas as classes , eu ensaiei exaustivamente com meus alunos queido, um poema.
No dia, a Diretora, que era muito empática e dinâmica, ao chamar minha sala, deu-me um sorriso de compreensaõ, tipo:"Seja o que Deus quiser".
Então, em coro perfeito, em alto e bom tom, sem titubearem ou se atropelarem , eles recitaram o poema.
Depois, ela, comovida, disse-me que mal acreditara.

O poema era:

Salve a Árvore!

Clevane Pessoa de Araújo

Todas as árvores são
bem úteis, além de belas
-as frondosas , sombras dão,
as grossas, portas, janelas...

O bercinho do bebê,
a lenha que faz a brasa,
o livro que você lê,
os móveis da nossa casa...

Tanta cousa ela nos dá,
flor cheirosa, fruto doce
- coisa tão útil, não há,
simples ,como se não o fosse.

Uma delas, sendo cruz,
sutentou com muito ampr,
o corpo do Bom jesus
Nsso Imão, Deus e Senhor.

Salve a árvore é benita,
salve a árvore dadivosa
salve a árvore , tão bonita,
salve a árvore maravilhosa...

Essa última estrofe , era dita em tons e momentos diferentes.Desnecessário dzer que cada um dos versos era trabalhado em sala de aula, com imagens, diálogo, explicações, ditados, exercícios, de Gramática, Ciências, Artes e mesmo matemática;contar frutos, folhas, flores,para desenvilver o raciocínio numerico , somar as árvores de um pomar, colorir, recortar, mntar, para desenvolvimento do controle motor...também montamos uma delicada mobília com caixinhas de fósforos para desenvolver o sentido espacial.


E a recitação do poema, compassadamente, depois de bem compreendido, a cada etapa vencida.
Lembro-me de uma garotinha chorando subitamente enquanto eu falava a respeito da crucificação ."Eu já vi "Ele" na Igreja, expicou, todo dodói...
Neste milênio, li o livro do poeta Diógenes Araújo, que se chama "Escandir"e que
trabalha a tese de que métrica ajuda a ampliar a inteligência.Concordo plenamente.

Essa imagem aí em cima -é encantadora e usei-a para fazer a chamada pra o aniversário de Regina Mello (*) ,Diretora do Museu Nacional da Poesia
.Ela adora árvores, que têm tudo a ver com os ciclos e missões dessa bela mulher
sempre voltada para o coletivo, mesmo quando exerce seus direitos de individualidade.

Mas recebi a imagem de alguma internauta, há anos.Arquivei , mas desconheço o seu criador:ela apenas ilustrava um poema.Quem souber, mande me dizer.

Clevane pessoa de Araújo Lopes

(*) Regina Mello, criativa , levou para sua festa cinquenta poemas , para que fosse apresentado um livro vivo-um para cada ano de idade.
Os amigos reuniram-se no Cozinha de Minas, onde o Ramon tenha colocado a casa à disposição de artistas e poetas.Brenda Mars(Presidente do IMEL) e eu estivemos lá antes, e ele mostrou a maior empatia.Brenda presenteou-o com seu Poesia Sonora e eu com Erotísima e O Sono das Fadas-este, para o netinho dele.


Nos tempos de Estalo a Revista, o restaurante antes da reforma, fiz lá vários saraus, com Luiz Lyrio, acompanhados pelo Rui Montese.Na leitura de "Nos Idos de 68", livro do primeiro, Rui nos acompanhou com um belíssimo repertório de época.

A próxima aniversariante será Lívia Tuci, mas, estarei em Teófilo Otoni, para a posse na ALTO.

Clevane

N:Lembro-me que , por essa ocasião, nós as professoras conversávamos no ponto do ônibus sobre namorados, festivais da canção, em 1966-numa das manhãs,um frisson nos motivava:Chico Buarque ganhara o festival com A Banda, da qual cantamos trechos, dos quais nos lembrávamos .
A Banda empatara com Disparada( de Théo de Barros e Geraldo Vandré ), o primeiro lugar no II Festival de Música Popular Brasileira, promovido pela Record. Mocinha de dezoito ou dezenove anos-não lembro o mês dos festivais e eu aniversariava a 16 de julho, único dia em que dormem as fadas(*)- fiquei bastante empolgada com as duas músicas e nem queria entender porque as professorinhas discutiam tanto sobre qual deveria ir para o segundo lugar...

E uma delas emprestou-me os primeiros livros de Fleming sobre o agente inglês 007 que li...

(*) Meu livro "O Sono das Fadas ", selo Catitu /Halt, todo ilustrado com artesanato da mineira Angélica Santos, fotografado por Marco LLobus acaba de ser lançado na Bienal do livro do Rio de Janeiro e em 11/10, terá um lançamento na edição especial do Sementes de Poesia, das 10 ao meio dia, na Praça dos Fundadores,Parque Municipal, com sorteio de exemplares e manhã de autógrafos. Leve as crianças poetas para dizerem seus poemas, vá dizer poemas sobre crianças, participe!

Clevane Pessoa

domingo, 13 de setembro de 2009

CÍRCULO SEMPRE VICIOSO-Clevane Pessoa



CÍRCULO SEMPRE VICIOSO-Clevane Pessoa



Grana, greve,
grave,grito,
grupo,groove,
greta,grilo,
caos,status,
status quo,
casta,costas,
cestos,cistos,
custos,grana.

Hip Hop,
Upa-upa,
oba-oba,maravilha,
a turma da festiva, chegou...

Mas onde estão os que sabem
das coisas certas a se fazer?
Onde estão os formadores de opinião?
E os políticos que em época de eleição
tinham todas as soluções?
Confluir, agir, interagir,
formar a teia mais-que-forte
onde o Outro somos nós,
onde outrem é igual a Alguém
que somos nós.
tão des/iguais...

Das calhas do tempo,
chove um contratempo
a cada minuto...

Resolver, quem há de?

Já descobriram a fórmula científica
da felicidade?
Adrenalina, endorfina, dopamina,
menino vira menina,
casam-se com gêneros similares,
formam lares, criam filhos.
Hormónios, feromônios enganadores?
Novos pares:
talvez melhores,"paidastros", "mãedastras",
mais de uma até:
"maior número de presentes",
"vamos fingir que é bom",
-fazer a manha, exigir tudo
em dupli,triplicata...

Um feixe de peixe,
papel nos ares.
No ano passado, li que
os japones inventaram
peixes eletrônicos
com pedacinhos de músculo artificial encaixado entre os rabos
e os corpos.
Pescadores poderão pescar
sem ter de fritar as postas,
nem levar para a mulher escamar:
pescarão por condicionamento
mania igual a outra qualquer...

Na tradição koinobori (*),
crianças fazem os peixinhos,
as levíssimas carpas de tecido ou papel ,
que depois tremularão num mastro,
coloridas,na frente do azul do céu
parecem nadar no ar,
mas qual na água,
contra a correnteza...

Enquanto meu marido pescava
peixes reais com varas compridas
leves, de carbono,
em vez do antigo bambu da infância,
a esposa-poetisa e desenhista,
tentava captar o atraente movimento
dos peixes orientais,
importados , iguais aos bordados
em seu quimono.

Ao final do dia, ligamos o rádio do carro
e voltamos pelo caminho.
A "greve acabou":por cansaço,
por desesperança
ou a esperança renovou-se
à promessa de migalhas,
sem lembrar que amanhã, os preços dispararão,
os operários sonham com o domingo,
quando também pe(s)carão,
acreditando-se vencedores...

Quanto durará a ilusão?

Clevane Pessoa de Araújo Lopes


(*)Leia sobre a tradição KOINOBORI no site:

www.culturajaponesa.com.br/htm/koinobori.html

Poema publicado originalmente em http://www.clevanepessoa.net/blog.php
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sábado, 12 de setembro de 2009

Na Roda das Amizades


Clevane, em Mariana/MG,, quando prometeu às crianças e adolescentes presentes, escrever sobre O Sono das Fadas(2007)-I Mostra Aldravista Intrnacional de arte-Museu Alphonsus de Guimaraens.Lanceiu, na ocasoão, Mulheres de Sal, Água e Afins.



Maria de Jesus Fortuna, falando sobre seus livros a seus leitores





Nina Reis e Roberto Bianchi(aBrace Cultura)





Claudio Márcio Barbosa, um dos organizadores do selo editorial Catitu

Página de meu Olhares,Teares, Saberes, edições Cultura Popular, do editor e poeta Kiko Consulin,também lançado na Bienal


Regina Mello, Diretora do MUNAP




Marco llobus, capista de meus dois livros citos, artista, poeta e Presidente da Rede Catitu.




Sérgio Gerônimo, que organizou a participação de autores, através da COB, no estande da Oficina Editores-decorado pelo Poeta Flávio Dórea-na XIV Bienal do Livro no Rio de Janeiro


Clevane/nov/2008-Balneário de Camboriú/SC-III Jogos Florais


Iara Abreu, artista e capista do Nós da poesia, inde estamos, posa ao lado da foto de regina mello("Mostra Um olhar Digital sobre o parque"-Galeria da Árvore-BH/MG/MUNAP/PMARG)




Brenda Mars, no estande do Poetas Pela Poesia e Pela paz (BH na Paz-2008)


Bilá Bernardes -com seu poema escrito em vitrine de Bento Gonçalves(Congresso de Poetas organizado por Ademir Bacca).






Hoje, meus dois novos filhotes literários, O Sono das Fadas -para crianças até cem anos- e Erotíssima (cujo ponto de partida foi meu blogspot de mesmo nome), crias queridas, o primeiro ilustrado com bordados e bonecos da professora e artesã Angélica Rodrigues Santos, de Belo Horizonte, fotografados pelo poeta Marco Llobus, que criou capa e diagramou.

Não pude viajar e então as poetas e grandes intérpretes Bilá Bernardes e Brenda Mars -que apresentam a edição do livro e a mim-
na parte da manhã, fizeram a contação da história .

Mais tarde, fizeram a performance de Erotíssima.

Falei por telefone com o Poeta amigo e Produtor Cultural (leia-se CLAMA) Claudio Márcio Barbosa, também da ONG Alô Vida e ele disse que foi uma sucesso.Quando ligeuiei para o celular dele, quam atendeu , foi minha amiga Marinha, Maria de Jesus Fortuna , que também escreve para crianças (O Anjinho que queria ser Gente, O Pardalzinho Desconfiado,A Sementinha que Não Queria Brotar), e ainda conversamos, antes do Claudio me dar as boas novas.Ela prefaciou meu "A Indiazinha e o Natal", em 2005.Que ofereci à escritora Eliane Potiguara, de origem indígena, poeta e Cônsul de Poetas del Mundo, líder da Ashoka e conselheira de grupos indígenas-autora de Metade Máscara, Metade Cara.

Há pouco, o editor Sergio Gerônimo, da APPERJ e também poeta ,para com/partilhar, mandou-me as belas fotos do estande e dos participantes-também estou na antologia "O Melhor da Bienal "-mas não foi possível a operação de postar.A decoração , com a logo da Oficina Editores , que criou a cooperativa, (COB) permitindo que mais autores pudessem participar, mesmo os de outros Estados-ficou a cargo do Poeta FLávio Dórea.
Este, em julho, passou por aqui e teve um febrão, em Hotel.Sergio Gerônimo ligou do Rio para mim e para Angela Togeiro, que conversamos com o doentinho-mas não era a "Suína", felizmente.Depois, recebi e-mail agradecendo.
Mas há cousa melhor que servimos aos amigos?Quando o primeiro psicólogo, Jesus Cristo, disse "Ama a teu próximo conforme amas a ti mesmo", estava dando a primeira lição de amorosidade incondicional.
Se meus amigos amam suficientemente a mim , representam-me como se fossem eu mesma.E sou-lhes grata por isso.

Recebo um e-mail de Carol, a dizer-me que a idosa D.Didi está louca para falar comigo:ela quase não enxerga mais e é ela quem envia e lês seus recados.Desde meus tempos de jovenzinha em Juiz de Fora, que Enedy, a querida mainha Didi, é uma esp´´ecie de tia.Ela agora mora em Campo Grande, MS, com o filho, o psiquiatra Luiz Salvador de Miranda Sá.

Liga-me Bilá, para contar que foi "muito legal" a paresentação de meus livros.

Chegam exemplares de Itaúna,o Jornal Social do Luiz Parreiras, que coloca , na página 02, a foto de Regina Mello, poeta e artista plástica Diretora do MUNAP( Museu nacional da Poesia) e comenta a participação de sua fotografia na mostra "Cem Mona Lisas, com Mona Lisa"-além de outra artista, Consuelo Mourão.Nessa exposição, cem artistas e entre eles o também amigo Adão Rodrigues-autor do conhecido "Jornal do Ônibus " aqui em Belo Horizonte,-reiventam a Gioconda Leonardo da Vinci.A de Adão é uma brasileiríssima mulata, reprsentante do Olodum.

Pergunto então a Regina , se recebeu os jornais, pois chegaram-me dois exemplars.Ela responde quye não e vou reservar o seu- essa itaunense inventiva e talentosa que não pára de criar . Quando fui convidada por ela para participar do Original-Livro de Artistas, senti-me retornando às Artes, pois há algum tempo, não desenhava.O nstigante tema "A Forma do Pote Vazio" tocou-me profundamnte, enquando debuxava as vinte e cinco interpretações.

Antes de ir ao Rio, eu deveria estar em Brasília, com Brenda, para o Recital do aBrace.Foi no dia em que senti a pressão subir perigosamente.Brenda não iria por estar em um trabalho.
Mas os amigos Nina Reis e Roberto Bianchi, do aBrace, entenderam e até disseram que talvez venham lançar o CD de poemas musicados ,
interpretados por Mariana Moraes, aqui em Belo Horizonte.Seria ótimo!

Mas hoje o sol doura essa região das Alterosas.Depois de passarmos dias trabalhando na antologia "Nós da Poesia", Bilá eu e Brenda e eu escrever o prefácio para o Objetivo Indefinido de Maria Moreira-que está nele e também em Nós da Poesia- o primeiro com selo do IMEL, feito pela AllPrinte, que tabém editou o de Conceição(Maria Moreira) .A capa deste, foi feita pelo namorido Adão Rodrigues e pelo filho , em roxo e vermelho, um belo trabalho sobre ums de suas gravuras e sua foto.

Chegam-me os convites para o dia 25 de setembro, quando tomarei posse na Academia de Letras de Teófilo Otoni, na qualidade de membro correspondente.O prof.Luiz Lyrio, mineiro que atualmente mora em Aracaju, Sergipe.Na véspera, estrei no Sarau de Poesia da lagoa do nado, apresentando os poema do Erotíssima (a partir de 19hors).Viajarei 25 cedo, para não deixar de atender ao convite de Ricardo Evangelista, que abre espaço para esse lançamento, pelo quie agradeço.

Muito bom perceber a Poesia florescendo em nosso entorno.Dia 10, a oficina lançou a antologia O Melhor da Web, onde estou.
Semanas antes, Tânia Diniz (de Mulheres Emergentes), lançara os "Meninos ME"- já se sabe, elas não vivem sem eles...Da lista de amigos presntes nesse poemário, está o Claudio Mácio e também o Dayrell -queno mesmo dia, autografava seu "Poesia para Escutar o Tempo", com capa e ilusrações de Iara Abreu, que foi quem fez a capa do Nós da Poesia-onde comparece com poema visual.E que está na Bibioteca Municipal com poemas ilustrados-uma beleza de presente e arte gráfica- na sequência de seus Aspectos urbanos, com painel alusivos, objetos, cerâmica...

Tânia, que na Rádio Inconfidência, na Revista da Tarde , programa de Déborah Rajão, lê poemas e convida poemas, chamou-me e pude comentar sobre Erotíssima, a nova poesia feminina, as diferenças entre pornografia e erotismo.E assuntos afins.

Na Bienal, lancei também meu Olhares, Teares ,Saberes, edição do poeta Kiko Consulin, em seu selo Cultura Popular, que o fez no Maranhão.E mandou-me esse presente inestimável.

Há pouco, ligo para Angélica, irmã de Maria Angélica, a Bilá bernardes e lhe conto sobre O Sono das Fadas.Ela fez os bordados e criou os bonequinhos-que aqui serão lançados, para que participe dessa alegria ,co-autora de meu sonho, bem cimo Llobus, criador das capas e paetícipe dois sois primeiros.

Percebo algo:se começo a falar dessas pessoas maravilhosamente fraternas, vou encher muitas páginas. Decido parar por aqui, mas voltarei ao assunto.

O dourado sol de setembro lá fora , sussurra-me que meus amigos são um pouco de mim-por isso, "estive" na Bienal, mesmo estando aqui...
Isso faz com que eu me sinta deliciosamente amparada e feliz.


Clevane Pessoa de Araújo Lopes
12/09/2009