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terça-feira, 26 de maio de 2009
Carlos Lúcio Gontijo comenta Bueno de Rivera e eu
Fotos:Carlos Lúcio Gontijo(escreve);Bueno de Rivera;eu(Clevane Pessoa)
O Vice Presidente da AMI_Associação Mineira de Imprensa é um jornalista -poeta que mostrou muita solidariedade para com nosso evento Paz e Poesia , de 17/05/2009.
Após a entrega de poemas e livros , na feira de Artesanato, o desfile do BOI ROSADO, que acompanhou os poetas às estátuas de Drummond e Nava (Rua Goiás com Bahia em Belo Horizonte, MG-Brasil), todos se dirigiram ao auditório na sede da AMI cedida generosamente por Wilson Miranda, o Presidente.
Lá Carlos Lúcio Gontijo-também Poeta del Mundo- ainda nos esperava, embora tivesse que anfitrionar colegas em visita e não pudesse ficar para o recital.
Foi embora, mas deixou trinta de seus livros, devidamente embrulhados, para distribuirmos aos agraciados.
E , dias depois, encontro em seu blog esse texto, onde fala a meu respeito logo depois de falar de Bueno de Rivera , seu conterrâneo :
Carlos Lúcio Gontijo escreve.
Bueno de Rivera
De Bueno de Rivera ao Poetas del Mundo
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Por Carlos Lúcio Gontijo
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"Bueno de Rivera, um dos grandes poetas de língua portuguesa e, por isso, merecidamente reverenciado em qualquer lugar onde o assunto seja a poesia maiúscula, é o maior dos seres humanos nascidos em Santo Antônio do Monte, cidade localizada no Centro-Oeste de Minas Gerais e da qual vim para Belo Horizonte a fim de dar prosseguimento aos meus estudos. Já cursava jornalismo quando procurei o poeta Bueno de Rivera, do qual muitos se lembram por causa do Guia Rivera, uma publicação que registrava o ponto e o trajeto dos ônibus coletivos que serviam aos bairros da capital mineira. Fui recebido com afeto pelo poeta de voz firme e marcante de locutor de rádio – uma atividade que também exerceu em sua vida – e, no final do encontro, saí com a promessa de um prefácio para o meu segundo livro de poemas (Leite e Lua), cujos originais com ele deixei.
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Passados alguns dias, recebi um telefonema dizendo que o prefácio estava pronto e que eu poderia buscá-lo. Bueno de Rivera me recebeu, mais uma vez, com alegria e clara satisfação no rosto, afirmando-me que sua alma estava em festa por estar diante de um poeta com origem em sua terra. Falou-me de meu potencial e aconselhou-me a lapidar o dom com que havia nascido, pois se eu não encontrasse o meu estilo, não importando se bom ou ruim, eu seria apenas mais um poeta neste mundo. E comparou: “é mais ou menos como um bom arquiteto que não ousa traçado novo e seu”.
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O certo é que saí dali disposto a editar meu “Leite e Lua”, mas a iniciar a busca de uma maneira de expressar com alguma característica literária que fosse minha. Era o ano de 1977 e eu só voltei a editar em 1987 (Cio de Vento), depois de debruçar nas janelas da procura de uma forma de escrever que tivesse um jeito que fosse meu. Durante todo aquele tempo, soavam aos meus ouvidos os conselhos de Rivera: “Vá escrevendo, fazendo sua carreira literária e, quando deparar com livro seu nas prateleiras de algum sebo, você poderá se considerar, no mínimo, vitorioso”.
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Hoje, digito meu nome no Google e me deparo com livros de minha autoria expostos em sebos e me recordo do incomparável poeta Bueno de Rivera. Como é duro o exercício da arte de escrever no Brasil, onde a lei de incentivo à cultura fica na dependência final dos humores do setor empresarial e onde os custos gráficos são verdadeiro desplante. Aqui, o autor paga para editar e, se vai remeter, em gesto de doação e idealismo, um exemplar de seu livro pelo Correio, ele não encontra qualquer benefício à sua disposição. Ou seja, paga por sua vocação de forma literalmente injusta.
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A poesia só caminha em solo brasileiro graças ao apoio de pessoas e entidades sensíveis, que compreendem a sua importância na sensibilização da sociedade, que quanto menos despoetizada mais violenta se nos apresenta. Há algum tempo, fui convidado por Sandra Fayad, poeta e escritora residente em Brasília, a integrar o movimento internacional “Poetas del Mundo”. E, dessa forma, tive contato com a poetiza Clevane Pessoa, uma das líderes, em Minas Gerais, da entidade que mantém um gigantesco e prestigiado site no ar, com poetas de todas as regiões do planeta Terra. Clevane, além de estar à frente do comando do movimento, recebendo com extremo senso de igualdade a todos que a procuram, põe-se à frente do evento “Paz e Poesia”, que, pelo segundo ano consecutivo, em Belo Horizonte, inundou a Feira de Artesanato e a avenida Afonso Pena de poemas e livros, que são entregues aos feirantes, num trabalho de cunho cultural que devia merecer a cobertura da mídia mineira tão provincianamente dadivosa quando se trata de iniciativa apresentada por gente de outras plagas.
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Acredito que, se Deus carrega o Universo nos braços, a poesia Ele leva em Suas mãos. Por isso, creio também que todos aqueles, que – como a poetisa Clevane – se dedicam à divulgação da arte poética aliviam o peso depositado nas mãos de Deus e, ao mesmo tempo, enchem de esperança o espírito de escultores e artífices da palavra como o poeta santo-antoniense Bueno de Rivera."
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Carlos Lúcio Gontijo
Visite seu blog e encontrará ótimos textos a perder de vista!
www.carlosluciogontijo.jor.br
E, para aperitivo, esse encatador poema:
- Carlos Lúcio Gontijo -
oração dos casais
"Meu bem, sei que Deus protege os[casais
Semeia trigais de ternura na pele
Para que o amor sele as marcas da [procura
Então, na hora em que a gente for [dormir
Façamos jus aos cuidados do [Senhor
Por favor, acenda-me quando [apagar a luz!
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Agradeço ,penhoradamente, essas palavras.Aos poetas participantes ou não, do PAZ e POESIA, cabem quais luvas de seda nas mãos calejadas da alma-que ao retratar em versos, a beleza,ou o terrível, a pureza ou o hediondo, quantas e tantas vezes não chegam a ser compreendidos-e nadam contra marés insensatas, incompreensões e falta de reconhecimento.Mas insistem em sua missão pessoal -e sempre chegam a uma praia particular, onde o sol da criatividade é compensador e os cobre de um ouro que não tem preço...
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