domingo, 23 de setembro de 2007

Lucky e o Ciúme


Lucky tem ciúmes de tudo a que eu dou atenção.Quando menor, bastava que eu regasse uma plantinha, para que ele a quebrasse, num momento em que não víamos.Neste ano, por três vezes, fiz óculos novos:como suportar que eu tivesse na frente dos olhos ou nas mãos, algo que não fosse ele?Sabe-me triste e é guardiaõ das minhas carências e solidões.Eu andava a aprender a linguagem das rolinhas e a manter meu pequeno exército de pardais, enchendo o parapeito do terraço de painço e pão.Pombas apareciam.Bem-te-vis se arrepiava, ébrios de alegra, bem em frente a mim...Mas o cãozinho os põe a correr.bem sei que ele salvou-me a vida, diluindo meu lito em preocupações e cuiidados com ele pequenino.Agora, uma coisa é verdade;eu que tenha alma-passarinha,amo ser livre e sou loiquinha por ele, não o suportaria se em vez de cão, fose um ser humano.De amado, passaria a odiado.O ciúme das pessoas é contangedor.

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