-
sábado, 16 de agosto de 2008
Releituras de NERES
José Geraldo Neres , Poeta, ator e cinenasta, embro de O Formigueiro e webmaster de Palavreiros,gosta de fazer releituras.
Especialissimas,e gosto muito das que fez a partir de meus poemas.
É preciso usar sutileza e apreciação genuínas para releituras, senão ficarão grosseiras, ou cópias que beiram o plágio.
Nãomgosto muito que glosem meus versos ou ou reescrevam, exceto em casos assim especiais.
No caso de Neres, trata-se de reinterpretações que apontam novos ângulos, em novos moldes:
--------------------------------------------------------------------------------
José Geraldo Neres
--------------------------------------------------------------------------------
o autor?
entrevista
poemas(português/español)
"Ambrosia" (inédito)
"Homo-Sapiens" - poemas sombríos (inédito)
"poemínimos: -pássaros de papel-" (inédito)
"Poemas esparsos" (inédito)
relectura
releitura/homenagem
prosa(português/español)
Sobre obra poética/fortuna crítica
releitura/homenagem*(em construção)
Andityas Soares de Moura
Beth Brait Alvim
Cláudio Feldman
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Dalila Teles Veras
Fernando Girão
Graça Graúna
Gustavo Dourado
Lau Siqueira
Ricardo Mainieri
Sandra Regina Sanchez Baldessin
Yêda Schmaltz
Na noite de São José
a Beth Brait Alvim
a lua tenta furtar
as janelas dos sonhos
uma pena caiu de árvore imaginaria
outono; primavera convalescida
baila desatino em agenda eletrônica
caça o EU retirado
a compassivas horas
dia suspeito
a Cláudio Feldman
pássaro de asfalto
tatua o muro
solitário - tempo -
cristal das palavras
duelo na fonte
de árvores ocas
(bebo
o silêncio)
nesta montanha
de vulcões ocultos
rochas rasgam
o século
crepúsculo humano
entre os dedos da vida
: caracóis de chuva
aroma de madrugada
re-leitura do livro "dia suspeito" - Cláudio Feldman, ed. taturana
Um quase inverno
a Dalila Teles Veras
captura
papoulas
poesia ardente
a dançar um quase inverno
palavra-paisagem
madeira
crava na fúria
estradas e deuses
aprisiona segredos-signos-símbolos
e
tormentas
a palavra
desperta
a serpente urbe
en
cruz
ilhada
solo minado
homens rabiscados
formas
e
forças
fragmentos
janela dos dias
lendo "à janela dos dias - poesia quase toda" - Dalila Teles Veras, Alpharrábio edições
Canto Mestizo
a Graça Graúna
Canto de cigarra
na árvore do mundo
tear do tempo
oculta Lorca
e as doze pedras
labirintos
II
minha aldeia
escrita ferida
voz desnuda
sem ninho
o homem se fez
:criatura avessa ao tempo
flagelo-fome-novela
no pó, poesia
sagrado vôo dos peixes
nossa imagem de mistérios
semente
parto da terra
deserto de cidades
o destino
pavimenta
aldeia-meninas-cores-filhos
choro
versos
de restos mortais
sudário de pôr de sol
canto mestizo
de anjos e pássaros
deuses extintos
re-leitura do livro "Canto Mestizo" - Graça Graúna, Blocos editora
A travessia dos espelhos
a Ricardo Mainieri
armazena
pegadas
em verso-mundo
na calçada
(navego fantasmas)
balé:
textura-cimento-caos-humano
costura:
poeira
sinais
e
signos
céu néon
recolhe
a
ressaca
de outros heróis
quilômetros
de miséria
geografia
em jazz
sem dó
palavra
à deriva
faísca
no azul tietê
II
pausa
o
caracol
mudo
despe
a
música
hímen-blues
a
semear
poesia
infância
na
paisagem agreste
re-leitura do livro: "A travessia dos espelhos" - Ricardo Mainieri, coleção noventa - Inst. Est. Livro RS
poemas no ônibus
a Ricardo Mainieri
a cidade percorre
sinais
e labirintos
vasculha velhos roteiros
veiculo ex
tinto
lendo "Poemas no ônibus", Secretária da Cultura, Porto Alegre(2003)
segunda chuva
a Lau Siqueira
segunda chuva
abraça palavras
feito um so-
rriso
pre
gui
ço
so
duas asas
instinto tranqüilo
riso de pássaros
num cochilo
sopro
palavras em fuga
ruído de lua
trama impre-
visto
in
ver
so
desnudo
minha carne
segredo
incêndio
mergulho
nos anjos-carteiros
e
s
c
u
t
o
blusa-poeta
lágrima
trans-
pondo
versos
in-
vento
pegadas
na nascente lausiqueira
"sem meias palavras"
*a lau siqueira
lendo "sem meias palavras" idéia editora ltda
Yêda
a Yêda Schmaltz
palavras
verbo feminino
aprendiz
carmim e pluma
texto asteca
czar João Cabral
dicionário,
uma poeta-pássaro
indaga as fúrias
arte
águas;
ânforas, cântaros, âncoras
escrita cristal
feminino sol...
II
*poeta
manhã branca
ilha
de interiores
prata
pequena
perdi
lua
em silêncio
azul
afogado
em tranças
brilho
corre o mar
em
soluços
longos
*Re-leitura: "Poeta chorando pela Manhã" - Yêda Schmaltz, Livro: Prometeu Americano
Phalábora
a Gustavo Dourado
Ritmaste
:pássaro de luz tropical
lavra(a)dor
canto do abandonado
das metamorfoses sonoras
no oceano sertanejo
cadente nave
a morte dança como anjo louco
de sete sinas
vampiro meta.físico
língua de sete buracos
rouba o sopro da foice
estrelua pontiaguda
:baião-blues
saravá
xote maracatu
navega Netuno
serpente
lobisomem
bichomem
cigano da palavra
lendo: "Phalábora" Autor: Gustavo Dourado
http://www.bibliotecasvirtuais.com.br/biblioteca/gustavodourado/index.htm
O eremita
a Andityas Soares de Moura
o perfume da grama verde
nas sombras:
sussurra o sangue
crianças num copo antigo
desespero
solo-templo-metálico
pupilas de vinho
o verbo canoeiro das línguas
no caminho/seios
alfinetes de pássaros anfíbios
é o sal da carne
e na cintura à umidade das flores
o menino pisa o solo
sorri
na ventania das serpentes
gozo
de luz
rebelião nas bocas de anjos-negros
barcos do outono
chama do caos
suave trombeta
um manifesto nas vidraças da igreja
a esposa
cravada
na pequena gota do girassol
lendo o livro "LENTUS IN UMBRA" de Andityas Soares de Moura
Partes de Mim
a Clevane Pessoa de Araújo Lopes
rosa nebulosa
engaiolada no espaço:
alguém
ave sideral
mergulhada
nos sabores da alma
em medos espirais
poeira perplexa
corpo virgem
grávido
nos raios de um pequeno arco-íris
fúria
sementes
lendo: Partes de Mim, Clevane Pessoa de Araújo Lopes
re-leitura de José Geraldo Neres
Adagas
a Clevane Pessoa de Araújo Lopes
raro olhar
que faz sarar
o espanto de certas donzelas
ruídos da cidade
compasso
cheiro a rosa dos invisíveis portais
madrugada na alma de cada século
a história
a pedra
a brasa
bordada na pele
lendo: Partes de Mim, Clevane Pessoa de Araújo Lopes
re-leitura de José Geraldo Neres
26/03/2003
Chave
ínfimo
cosmos
mapa das almas,
evolução pequena
forma
traçada
irmão
nosso
à ele
transcender...
poesia: "Chave", autora: Clevane Pessoa de Araújo Lopes
re-leitura de José Geraldo Neres
lento tear
caracol de dias
o tempo arrasta a barriga
onda ardente da flauta de Pã
folhas caem: frutos de luz
o vento sopra a gestante
dança o desejo
nove mêses
uma orquídea
de botões de carne
19/10/2002
--------------------------------------------------------------------------------
À flor do verso
a Rio Claro
a Sandra Regina Sanchez Baldessin
I
n’alma
o livro
primavera
grávida
de
girassol
e
silêncio
o corpo
na
chuva
a
pele
soma
(insiste)
toque
de
símbolos
respira
a
palavra
abraçada
à
margem
azul
faca
de vestir
flores
nas
entranhas
da vida
II
poema
na voz
da
terra
na garganta
das estrelas
no útero
da chuva
os risos
da infância
na pele
da palavra
o silêncio
reza
tatua
o orgasmo
escorre o rio
na metáfora
no aroma
verde
a sombra
recita
versos
III
no verbo
a vida
no poema
a carne
pele-palavra
perfume
vira
página
*lendo “À flor do verso” livro de Sandra Regina Sanchez Baldessin (28/09/2003 – VII Encontro Regional de Escritores - Rio Claro / SP.).
--------------------------------------------------------------------------------
No canto d'alma
a Fernando Girão
Um grito
caído na terra
no canto d'alma
um traço de outra
pessoa
-a minha vida-
boca amarga
de segredos e
dilemas
um caminho
no fado
no espelho
no medo
no vôo raso
-a loucura pensa
e aceita-
poema de silêncio
:minha espada
caçando as bestas
nas batalhas da vida
:meu barco
nos labirintos humanos
e nessa bandeira
o destina sonha
e liberta
-a criança-
irmã do tempo
escreve
um ajuste de contas
-o milagre
num Deus ocupado-
"No canto d'alma" - José Geraldo Neres lendo "Fernando Girão - uma antologia híbrida" 24/01/2004
>>>***<<<<
Apesar de haver recebido cada um dos que me dedicou,do amigo José Geraldo Neres,essa mostra vem de http://www.palavreiros.org/josegeraldoneres_releituras.html . Neres, com quem tenho o e-book Pássaros de Papel em Nuvens de Algodão (eu escrevera um livreto de minipoemas e quando vi o Poemínimos dele, um de seus projetos lindos, convidei-o para estar nesse livro virtual.Primeiro foi publicado na AVBL, em trabalho de Maria Inês Simões e depois, uma versão foi feita por Lourivaldo perez baçam, para a então Biblioteca Virtual do CEN), é poeta de Diadema, S.Paulo e seus "Pássaros de pael foram editados (ou ainda serão), pelo belíssimo Projeto DULCINÉIA CATADORA(São Paulo), de livros artesanais.
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Diretora Regional do inBrasCi em Belo Horizonte,e pesquisadora do MUNAP
Vice-Presidente do IMEL Instituto Imersão Latina.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário