domingo, 28 de dezembro de 2008

Desio Cafiero, eu, Ana da cruz, e assuntos afins

Desio Cafiero e eu somos amigos de poucos encontros e convívio.
No café Khal[ua, em Belo Horizonte, reduto de artistas e poetas, autores e empresários de arte, fui conhecer, numa tarde, ele e a jornalista Brenda Mars, para ver a exposição desta, trocarmos idéias sobre o IMEL_Imersão latina, do qual hoje sou vice e ela preside.
Há pouco, Desio organizou, em Nova Lima, um evento do Ponto verde, mas não pude ir, embora devidamente convidada.As chuvas e o fato de eu morar mais distante,em muitas ocasiões, impede-me de prestigiar os amigos.E saio pouco, embora noticie muito.
Soube que foi muito bom:rodada de pizza para os poetas, dançarinas do ventre , além de Poesia.
Mas, conforme Cecília Meirelles, em "sendo a terra redonda, um dia nos encontraremos".
Amigos sobtrevivem no colo da amizade mesmo |á distância.

De Desio, encontro hoje a crônica abaixo (estou deletando meu excesso de armazenamento neste endereço, pois o provedor já ameaça-me com a trva- o que já aocntreceu com o clevaneplopes@gmail.com:não me permitem responder nada de lá.Quem?Sei lá!Dona Internet e suas regras) depois de ler um seu e-mail onde diz que recebeu convite de Ana da Cruz, poeta, professora e divulgadora cultural para pertencer ao Mural dos Escritores (*), foi lá e encontrou-me.Estou gostando muito desse grupo em formação;ali, venho de reunir amigos e internautas de boa estirpe literária.

Leiam o Désio.

Clevane Pessoa de araújo lopes

(*)http://muraldosescritores.ning.com/profile/ClevanePessoadeAraujoLopes

A MEUS FILHOS

Sou despertado, abruptamente, por ruídos insistentes que adentram a madrugada de uma semana festiva; é mais um ano que finda ... O natal se avizinha, provocando os tradicionais atropelos em busca dos presentes a parentes e amigos; num estranho ritual: quem tem maior poder aquisitivo aproveita o ensejo pra ostentar a “superioridade”, de forma inquestionável; os de menos posses, se acotovelam e esfalfam em busca de promoções. E os que nada têm?!?
É comum nessas épocas fazermos um balanço de prós e contras do que se ganhou, o que se perdeu : assim como as grandes emissoras de tv, que alardeiam suas reportagens mais sensacionais. Nesse momento aproveito para fazer uma análise não apenas dos meses anteriores, mas, dos últimos anos e décadas; o resultado é assustador.
Relembro episódios de corrupção e chantagem de fiscais estaduais e federais; escândalos envolvendo governadores e prefeitos de grandes capitais, deflagrados por familiares insatisfeitos – nesse ínterim, assistimos até a queda de um presidente – registro de fatos que macularam a honorabilidade da polícia federal e estaduais – ficando conhecido, nacionalmente, como a “banda podre” da polícia – tendo desdobramentos que resultaram em quedas, inclusive, de ministros e secretários de segurança; denúncias de vendas fraudulentas de empresas estatais; escândalos... escândalos... escândalos...
Mais recentemente tivemos o tristemente famoso escândalo do mensalão envolvendo inicialmente parlamentares, passando a ministros e desaguando no palácio do governo; chegando até ao presidente da república. Esse episódio desencadeou uma série de denúncias e flagrantes inusitados – como o hilário caso dos “dólares na cueca”, motivando prisões de parlamentares e indivíduos ligados à cúpula governamental – perpassando ainda pelo escândalo das ambulâncias, dentre outros ; episódios estes sem o esclarecimento devido. Quando se pensava que já havia acontecido de tudo o possível e imaginável, a criatividade do brasileiro mais uma vez nos surpreendeu com a “operação castelhana”. Temos de admitir: nosso potencial para engodos e falcatruas é inesgotável.
Diante desse quadro, imagino como argumentar com meus filhos – a exemplo do que nossos pais fizeram conosco e, com eles, nossos avós... – o que orientá-los a fazer quando ficou patente que ética e honestidade são motivos de pilhéria, escárnio e discriminação; onde o vilão ganha status de herói nacional?
Sinceramente, eu não sei. E, acredito que a grande maioria de pais e educadores encontram-se nesse imenso conflito, ao tentarem resguardar o futuro dos seus; qual seja: direcioná-los no sentido do “TER”, ao sucesso a qualquer custo – não importando a forma de consegui-lo – ou, contrariando todas as evidências, induzi-los ao “SER”; ao fracasso total e irremediável proporcionado por esse país desgovernado?!?

Cafiero Filho
20/12/2006.

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