terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

J.S.Ferreira-Poemas







O poeta aldravista de Mariana, J.S.Ferreira , é um grande observador de seu tempo:quase um sentinela do status qui, posso afirmar após ler seus livros e poemas .
J.S. Ferreira

J. S. Ferreira aniversariou ontem e é o Vice-Presidente da Associação Aldrava Letras e Artes, que tanto bem servir e tantos que-fazeres tem feito pela Literatura e pela arte, em especial, no ofócio de divulgação cultural.
Também é Membro da Academia Marianense de Letras. Será em possado na Academia de Letras do Brasil,nstalada a 25 de dezembro de 2008.Mariana é sede regional e muito nos honramos por haver recebido o convite da Presidente, Andreia Donadon, para ser Acadêmica -a posse acontecerá em breve e anunciaremos aqui e nos demais blogs.Ele é Poeta del Mundo, e faz parte da Diretoria da Governadoria do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais-InBrasCI, também em Mariana,a cidade primaz do Estado de Minas Gerais.


Mas não são apenas cargos e labor que definem o Poeta J.S.Ferreira:sua personalidade é encantadora,
Autor de: Lixos & Caprichos (1991), Bateia Lírica (1996), Poemas in: Aldravismo -a literatura do sujeito (2002) Criaturas & Caricaturas (co-autoria com Camaleão)(2004) e prenúncio de chuva - senda 03 de nas sendas de Bashô (2005). Jenipapo. (poesia infanto-juvenil) 2007
Esse abaixo, publicado no Jornal Aldravanúmero 70,(Ano VIII, Março/Abril de 2008), é prova desse olhar atento.Há um ritmo na colocação de cada fonema.Há uma intenção atrás de cada afirmativa.Aparece um preciosomo:a palavra "alcova", garimpada dos tempos coloniais pela memória do autor, a conviver em harmonia com uma gíria hodierna:"brega".
E a psicologia do cotidiano se esprai em versos:


Na BOCA DA NOITE

Na boca da noite,
o bicho pega.
Homens e mulheres se reúnem
na boate,
para bater papo, fumar ,beber
e dançar
ao som de música brega.

Mais tarde, na alcova,
fêmea e macho
se unem
num só cacho,
esquecendo-se
de que o tempo e a vida
voam pela janela.

(J.S.Ferreira)

<>*<>*<>

Com os demais aldravistas, integra o deliucioso livro de haikais "Nas sendas de Basho"(edição da Aldrava letras e Artes).A delicadeza, tão necessária ao gênero oriental que migrou para o Brasile aqui floresce,é pouso de seus versos:



Haicais

Céu enevoado
e zoada de cigarras:
prenúncio de chuva.

Jibóia
jiboiando...
O rio!

Baobá sem folhas
sobrevive no deserto:
lição da Namíbia.


À beira do rio
chorei lágrimas a fio.
Saudade inundada.

(In: "Nas Sendas de Bashô" - senda 3/2005)

Inclusive, sua parte no livro chama-se "Prenúncio de Chuva", o que cabe aos propósitos históricos do haikais-falar das estações, sobretudo e também cumpre a tônica do Aldravismo, que é o antes, o depois, a sugestão do momento presente, ditos com pinceladas leves.Breves(*).Choverá.E o tempo se prepara para o que virá...

Mas Sebastião também percorre o estilo clássico, qual nesse soneto, tradutoir de sua alma discreta, reservada, mas larga e voadora :

NÃO TE DIREI COM PALAVRAS

Não te direi com palavras
o que posso te traduzir apenas em um gesto,
nem te ensinarei a linguagem dos olhos,
enquanto eu estiver por perto.


Nada te direi sem o teu consentimento,
mesmo se for amor ou um simples arrebatamento,
mas, quero ser escravo do teu amor,
se este prazer me for dado a contentamento.


Não te direi que meu coração é deserto,
nem que teu corpo é uma flor
que vibra ante meu ser, ou ao som do vento,

porque, o que sinto neste exato momento,
é este brilho que vejo em teus olhos,
que chamo de amor, que traduzo por um gesto.

M.S.Ferreira

(In: Bateia Lírica - temas marianenses, 1996)

Na página anteiro, a delicioosa mostra de sua poesia para crianças.
O autor engedra novo livro desde o ano passado, no seu silêncio gestacional.Novo ser, nós esperamos.

Banzai a Sebastião Ferreira, Poeta em Mariana, MG, Brasil.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Diretora Regional do InBrasCi(Belo Horizonte/MG)

Embaixadora Universal da Paz (Cercle de Les Amabassadeurs Univers. de la Paix-Genebra, Suiça*Orange/França)




(*) Haikai para Sebastião (haicais ou haicu, não são intitulados, mas aqui, a oferenda de meu mínimo presente , para um grande poeta:

pinceladas leves
breves versos sugestivos
botões serão flor.

Haruko

Na fotos, vemos o livro Jenipapo, que faz muito sucesso entre as crianças.Regina Mello lê poemas dele na edição de luar do Sementes de Poesia:ela ficara sem o seu, levado por alguém e eu tinha um a mais, enviado por Marília Siqueira, do CLESI de Ipatinga, responsável pela Coleção Giro-Lê, tão bem editada pela Aldrava Letras e Artes .Doei-o ao MUNAP e é muito interessante verificarmos o quanto os adultos gostam dos versos e os escolhem , nos encontros dos segundos domingos de cada mês,
para ler ao microfone.
Assim , o autor ausente, fica presente, mas já prometemos à meninada (de quialquer idade), que um dia ele estará conosco, ali na Praça dos Fundadores.De seu tonel das Danaides, sem fundo, onde seu tempo é muito dividido, há de sobrar espaço para dar autógrafos aos leitores que o esperam.Por certo.
Em Maracena, Deia Leal(de casaco branco, distribuiu livros dos aitores aldravistas e vemos, na mão de autoridade presente, a capa verde com o jenipapeiro.Assim, JENIPAPO corre mundo (vejam , na página anterior, nas mãos de crianças espanholas presentes).
Quem sabe em breve não aparece uma edição em espanhol?...

Clevane

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