domingo, 22 de fevereiro de 2009

Renga de Anibal Beça e José Felix




Quem gosta de haiku, renga, etc,deverá conhecer (ou revisitar )o belo site

http://amazonichaijin.blogspot.com/2008/04/leia-tudo-sobre-renga.html

No ano passado, o mestre Anibal Beça colocou algo que publiquei sobre a renga que ele e José Féliz publicavam pela Internet em 2003-e que me chegava por e-mail.
veja na imagem , também um de seus belos haikai e a capa de dois livros seus-para haikaistas e apreciadores,por certo, preciosa publicações!:



Terça-feira, 8 de Abril de 2008
"LEIA TUDO SOBRE RENGA


"Trago a espetacular reunião da amiga Clevane Pessoa de Araújo Lopes, que não apenas divulgou nosso exercício de renga on-line, na lista ESCRITAS, como se preocupou em trazer para os amantes do haiku, noções da poesia japonesa com um espetacular glossário de termos sobre a RENGA":.

Conhece a Renga? Leia a de Aníbal Beça e José Félix , e outras coisas mais...
Imagem:representatação artística de Basho, o grande haikaista japonês.

Foi gostoso, em 2003,acompanhar a Renga de Aníbal Beça,um grande haicaista ,que consegue sempre a leveza oriental em seus versos ocidentais e de José Félix, que tece filigrana de palavras voláteis.Durou de 7 de junho a 11 de julho, o vai-evem entre poetas.No final, Aníbal mandou toda tessitura de suas vozes encantadoras.E eu, encantada, arquivei, para agora trazer até vocês.(*)No glossário do Sumauma(**),Grêmio Sumauma de Haikai, marquei os tópicos que se referem à Renka, de uma ou outra forma,com um asteriscos.Também tomei a liberdade de colocar aspas em cada verbete, lembrando que foram redigidos e pesquisados ...Recebi esse glossário há cerca de dois anos de Mitie F.,que trocou comigo alguns haikais, depois não mais a encontrei na Internet.

Pesquisando sobre haiku, fui dar no Sumauma.Onde escreve Aníbal beça(Prêmio Nestlé de Literatura)Trata-se de site clean e funcional, vale a pena conhecê-lo(endereço lá aao pé desta página)

RENGA (*)DE ANIBAL BEÇA E JOSÉ FELIX

GALHOS DE INVERNO
(Início: 7/06/2003)

1.
No dia tranquilo
apenas o zum-zum das moscas -
chuva anunciada

Anibal Beça

É uma chuva de estrelasas
primeiras gotas de água

José Félix

2.
Com tanta beleza
impossível não nomeá-lo -
sorriso do neto

Anibal Beça

abrem-se as flores de trevo
nos primeiros raios de sol.

José Félix

3.
Pegado ao chinelo
um ramo de quatro folhas -
que boa fortuna!

No caminho da manhã
um cachorro abana o rabo

Anibal Beça

4.
A primeira neve
borla o telhado de xisto -
os cabelos brancos

José Félix

Cortar lenha pra lareira
hoje só com moto-serra...

Anibal Beça

5.
Teatro chinês -
os galhos da cerejeira
bailam na lua cheia.

José Félix

Na vereda do jardim
as sombras juntam-se aos passos

Anibal Beça

6.
O ventre redondo
não é de barriga cheia -
caixotes do lixo

José Felix

Sob a marquise o mendigo
faz do jornal cobertor

Anibal Beça

7.
Dois pardais no ninho -
o sol e a lua se encontram
na noite mais longa.

Mesmo com o vento forte
as nuvens passam tranqüilas

Anibal Beça

8.
à beira do lago
os pintos correm velozes -
os meninos brincam.

a caruma dos pinheiros
enfeita a borla da água.

José Félix

9.
O presidiário
separa um pouco de pão -
Visita de pássaro

Aníbal Beça

No chão branco da prisão
flores de jacarandá

José Félix

10.
As sementes voam
como asas de borboleta -
plátanos em flor

José Félix

Vem da gangorra do parque
o perfume de alfazema

Anibal Beça

11.
A papoila rubra
num campo de malmequeres -
a primeira noite.

José Félix

As mãos macias na relva
descobriam outro orvalho

Anibal Beça

12.
Montinhos de terra -
não se vêem as formigas
carregando as folhas

José Felix

Na rua movimentada
a roda de aposentados

Anibal Beça

13.
Lua de verão -
as cadeiras nas calçadas
e as cantigas das meninas

Anibal Beça

Juntam.-se pequenos troncos
para o salto da fogueira.

José Félix

14.
Noite de mormaço -
a lua também se banha
nas águas do lago

Anibal Beça

No chuá chuá da água
brilham os olhos da rã

José Félix

15.
Saíndo do bosque
luz e cores se fragmentam -
um caleidoscópio.

Desse solo de silêncios
o olhar acorda em nova alma.

Anibal Beça

16.
Depois do arco-íris
mais brilhante que mil sóis -
giestas floridas.

José Felix

O som macio da viola
é convite para a sesta.

Anibal Beça

17.
Cacareja o galo
às cinco horas da manhã -
estrelícia aberta.

José Félix

No descanso do domingo
é o jardim quem não repousa.

Anibal Beça

18.
Do casulo sai
uma borboleta branca -
um xaile de seda

As lagartas estão presas
às folhas da amoreira.

José Félix

19.
Desci ao quintal
levado pelo seu cheiro -
flor da catleya.

Anibal Beça

Uma aranha vai tecendo
o leito do sono eterno.

José Félix

20.
A lua e o sol
dia após dia bem-vindos -
quantas horas mais?

Anibal Beça

Ao lado uma sardinheira
está cheia de joaninhas.

José Félix

21.
Comendo escondido
o guri pensa-se a salvo -
Ah, o cheiro cítrico!

Hoje com novos manejos
a tangerina o ano todo

Anibal Beça

22.
As galinhas juntam-se
zurzindo na capoeira -
um galo novo.

José Félix

Chega à cidade a fragata
cheia de guardas-marinha

Anibal Beça

23.
Ateia-se o fogo
para a matança do porco -
cheiro a erva queimada.

José Félix

Já sopra o vento gelado.
Uma cachaça vai bem

Anibal Beça

24.
À beira do fogo
ouvem-se contos antigos -
contador de histórias

O copo da aguardente
destrava a língua pesada.

José Félix

25.
Quando ela aparece
as cinzas reacendem -
antiga paixão.

Anibal Beça

Galho a galho se consome
tanto fogo renovado.

José Félix

26.
Esta mesma lua
foi testemunha de tudo -
o primeiro encontro

Anibal Beça

No livro antigo com traça
uma pétala de dália.

José Félix

27.
Ela colhe a flor
para que eu prenda à lapela -
gesto de carinho

Uma única mudança:
os fios de cabelos brancos

Anibal Beça

28.
Ao luar de Dezembro
brinda-se com café quente -
uma brisa fria.

José Félix

A chama da vela baila
no burrico do presepio

Anibal Beça

29.
Abrem-se os presentes -
de joelhos vai brincando
outra meninice.

José Félix

Depois da Missa do Galo
vem o pecado da gula

Anibal Beça

30.
Sós na capoeira
cacarejam as galinhas -
o peru na mesa.

Um menino vai passando
uma pena sobre a face.

José Félix

31.
As recordações
se mostram sem espelho -
as mãos engelhadas

Anibal Beça

Embaciam-se as palavras
no tremor de cartas velhas.

José Félix

32.
As coisas não ditas
pela escrita se perderam -
repete-as de novo

Anibal Beça

Brincam crianças nos olhos
de amantes envelhecidos.

José Félix

33.
Apenas em olhar
descobre-se muitas falas -
Ah, esses sussurros...

Anibal Beça

Da amoreira duas folhas
caem juntas na alameda.

José Félix

34.
Pelas persianas
a brisa da primavera -
encontro de cheiros

Os corpos ainda úmidos
celebram os seus perfumes

Anibal Beça

35.
Na parede um quadro
com flores e rosmaninho -
fragas da beira-alta.

O travo de urze no mel
desfolha a língua nos lábios.

José Félix

36.
Olhos extasiados
com tantas cores no prado -
Já é primavera!

Mesmo assim corre um friozinho
nos corpos sem agasalho.

Anibal Beça

F I N A L11.07.2003

(*)No site do Sumaúma encontrei para vcs conceitos e história da Renga.Por ser de grande interesse para os muitos que se interessam pelo haicai e suas peculiaridades, transcrevo:

"Glossário de Termos Japoneses"(*)

ageku (verso que completa) Da renga, a estrofe final. aware (comoção) Comovente, que mexe; o tipo de coisa que evoca uma resposta emocional; frequentemente na frase ono no aware, o “comoção das coisas”.

chiri (geografia) Na lista de palavras sazonais, uma categoria incluindo fenômeno natural na terra e água (montes, rios, etc.) chka, ou nagauta (poema longo) Forma tradicional de verso, geralmente falado como se tivesse verso-linhas alternadas de cinco e sete onji, mais uma do sete onji no final. Uma interpretação alternativa sugere verso-linhas de doze onji, com um cesura dividindo cada linha em cinco e sete, mais uma linha conclusiva de sete onji. O gênero floresceu na era de Manyoshu, e tem tido uma ressurgência ocasional. Veja o ji-amari. dai (tópico) Originalmente, as circunstâncias sob as quais um poema foi escrito, dado um curto prefácio; mais tarde, um tópico expresso sobre o qual um poema foi composto.

daisan (a terceira) Da renga, a terceira estrofe.dbutsu (animais) Na lista de palavras sazonais, uma categoria incluindo animais, especialmente pássaros e insetos. dodoitsu (diversão na cidade / rapidamente cidade a cidade) Uma forma tradicional para canções tradicionais e populares, em sete-sete-sete-cinco onji. O nome parece derivar-se da velocidade com que as canções nesta forma se tornaram populares. Veja ji-amari. gunsaku (grupo de trabalho) Do haiku e da tanka, um grupo de poemas sobre um único assunto que ilumina o assunto sob vários pontos de vista, mas que pode ser lido independentemente. Veja rensaku. gyji (observações) Na lista de palavras sazonais, uma categoria incluindo festivais, feriados, e objetos associados.

"haibun (haikai em prosa) Prosa em estilo terso escrito por um poeta de haicai ou haikai, incluindo hokku ou haiku."

"haiga (pintura de um haikai) Uma pintura em um estilo rude e levemente abstrato, incluindo um haicai ou hokku escrito."

"haigon (palavra do haikai) Palavras normalmente excluidas de poemas “serious” (por exemplo, palavras de línguas estrangeiras, palavras excessivamente vulgares em significado ou dicção, etc.), mas que se tornaram uma característica distintiva do haikai, haicai, senry, etc." (***)

"haijin (pessoa que escreve haicai ou haikai) Poeta de haicai ou haikai."

"haikai (humor, piada) Originalmente, uma classificação de poemas humorísticos; mais tarde, uma abreviatura para haikai-no-renga, e assim um termo genérico para todas as composições relacionadas ao haikai, tais como o haiku, maekuzuke, haibun, etc. Ocasionalmente em japonês, e especialmente em francês e espanhol, um sinônimo para haiku." (*)

haikai-no-renga (renga humorística) Originalmente, uma renga rude e vulgar, também chamada mushin renga; nos tempos de Bashô tipo de renga que dominava.

"haiku (verso de haikai) Originalmente (e raramente usado), qualquer estrofe de um haikai-no-renga; desde Shiki, o hokku de haikai-no-renga, considerado como um gênero independente. Tradicionalmente, um haicai satisfaz o critério para o hokku--contendo um kigo (palavra da estação) e kireji (palavra de corte) e é aproximadamente cinco-sete-cinco onji. Bashô enfatizou a profundidade do conteúdo e a sinceridade do poeta como observado no poema, e não se importava muito com kigo e kireji, no entanto, ele usava ambos e promovia kisetsu (aspecto sazonal) em poesia; diversos de seus poemas tem ji-amari. Alguns poetas modernos do haicai tem abandonado a forma tradicional, kigo e kireji, afirmando que haicai tem uma essência mais profunda baseada em nossa resposta aos objetos e eventos de nossas vidas. Haicai é agora a palavra mais comum para escrever este gênero no Oeste, se referimo-nos a poemas em japonês ou qualquer outra adaptação ocidental. "(*)

"hibiki (eco) Em haikai-no-renga, um relacionamento entre duas estrofes cujas imagens parecem fortes na mesma maneira. "(*)

"hiraku (verso ordinário) Em renga, qualquer estrofe que não seja o hokku, waikiku, daisan ou ageku". (*)

"hokku (verso inicial) Originalmente, em renga, a primeira estrofe, que mais tarde se tornou um poema independente, agora geralmente chamado haiku no Japão, com hokku permanecendo com seu significado original. Por um tempo, hokku foi a palavra mais comum no inglês pelo que nós chamamos haiku. Veja haiku." (*)

"hosomi (delgadez) Em haikai-no-renga e haiku, empatia, algumas vezes beirando as idéias pateticamente falsas. "(*)

"hyakuin (cem versos) Uma renga de cem estrofes, o comprimento mais popular antes de Bash. "

"ichigyoshi (poema de uma coluna) Equivalente a “poema de uma linha” em inglês; um termo pejorativo usado por poetas tradicionais de haicai quando referindo-se ao haicai moderno em forma irregular. (Nota: bastante diferente da forma tradicional ji-amari)." (*)

"ji (fundo) Em renga, um termo para uma estrofe relativamente inexpressiva que serve como um fundo para aquelas mais expressivas (mon)."

"jik (estação, clima) Na lista de palavras sazonais, uma categoria incluindo fenômenos climáticos e sazonais, tais como “dia de primavera”, “calor protelado” (em outono) etc."

"jinji (relações humanas) Na lista de palavras sazonais, uma categoria alternada usada em algumas referências modernas, que inclui tanto gyoji como seikatsu."

"kaishi (papel de bolso) Folhas de papel usadas para escrever poemas, especialmente renga."

"kanshi (poema chinês) Poema em chinês clássico escrito por um japonês. "

"kaori (perfume, fragrância) Em haikai-no-renga, uma relação entre duas estrofes em que ambas evocam a mesma emoção usando diferentes imagens."

"karumi (leveza) Em haikai e haiku, a beleza de coisas ordinárias." (*)

kasen (gênio poético) Originalmente, um dos trinta e seis grande poetas da antiguidade; por isso a renga de trinta e seis estrofes, o comprimento preferido de Bash."

"katauta (poema à parte) Uma forma tradicional de verso da era Manyoshu, tipicamente em cinco-sete-sete onji. Veja sedoka. "

"kidai (tópico sazonal) Em tanka e haiku, um tópico sobre o qual um verso é composto. Pode ser um kigo específico ou algum evento sazonal ou uma combinação. Veja kisetsu. "(*)

kisetsu (estação, aspecto sazonal) As estações. Os aspectos sazonais do vocabulário (kigo) e o assunto (kidai) de tanka, renga e haicai tradicional; um sentimento profundo sobre a passagem do tempo, como conhecido via ou em objetos e eventos do ciclo sazonal (Veja aware)."

"kigo(palavra sazonal) O nome de uma planta, animal, condição climática ou outro objeto ou atividade tradicionalmente conectada com uma estação específica na poesia japonesa. "

"kireji (palavra de corte) Em hokku e haicai, uma palavra ou sufixo que indica uma pausa e geralmente vem no final de uma das divisões formais ou no final. Um kireji pode ser usado dentro da segunda unidade ritmica, quebrando o poema em cinco-três-quatro-cinco onji, por exemplo. Os dois tipos são verbos e sufixos adjetivos que podem terminar uma cláusula, e palavras curtas que marcam ênfase, um tipo de pontuação falada. Alguns comuns kireji:ka—ênfase; no final de uma frase, faz uma pergunta;kana—enfâse; geralmente no fim de um poema, indica a percepção do autor sobre o objeto, cena ou evento.-keri—sufixo verbo, (passado) tempo perfeito, exclamativo.-ramu ou-ran—sufixo verbo indicando probabilidade, tal como “pode ser que...”-shi—sufixo adjetivo; usado para terminar uma cláusula, corresponde a um adjetivo predicativo em inglês, como em mine takashi “o cume é alto”.-tsu—sufixo verbo. (presente) tempo perfeito.ya—ênfase; tem o efeito gramatical de um ponto e virgula, separando duas cláusulas independentes (não necessariamente completas gramaticalmente); dá um senso de suspensão, como uma elipse."

"kouta (canção curta) Canções populares, frequentemente em forma dodoitsu."

"kyka (poema louco) Poema comico em forma de tanka, frequentemente vulgar." (*)"maeku (verso prévio) Em renga, tsukeai e maekuzuke, a estrofe anterior, na qual uma outra deve ser adicionada; a primeira de um par de estrofes. "

"maekuzuke (juntando a um verso prévio) Um jogo baseado na renga, no qual um lado participante dá uma estrofe (maeku) para a qual um outro, adiciona uma estrofe a ser ligada (tsukeku); um par conectado resultando do jogo, um precursor do senry."

"mankuawase (coleção de versos miriades) Uma antologia de tsukeku selecionado e publicado como um resultado de um concurso de maekuzuke." (*)

"mon (padrão) Em renga, uma estrofe relativamente impressiva que se destaca entre as estrofes comuns. Veja ji."

"mono no aware (a conexão das coisas). Veja aware."

"mushin (sem coração) Da renga, frívolo, sem preocupação com o ideal clássico de beleza em assunto e dicção apropriados, mas destacando o humor e a linguagem não convencional. (Outros significados em outros contextos). Veja ushin."

"nagauta (poema longo) Veja chka."

"nioi (aroma, cheiro) Veja kaori. ""on (som) Em poesia, a menor unidade métrica, representada por um único caracter escrito. Abreviatura para onji. "

"onji (símbolo de som) Um caracter do silabário fonético japonês; portanto, um termo técnico para a menor unidade métrica da poesia japonesa—equivalente a mora na prosódia em latim (não simplesmente “uma sílaba”, como é geralmente traduzido)." (*)

"renga (poema ligado) Um poema de estrofes alternadas de nominalmente cinco-sete-cinco e sete-sete onji, geralmente composta por dois ou mais poetas, e desenvolvendo textura pela mudança entre diversos tópicos tradicionais sem progressão narrativa. A renga típica é composta de 36, 50, 100, 1000 ou mais estrofes. "

"rensaku (trabalho ligado) De sequências de haiku e tanka, um trabalho mais longo composto de haicai individual ou tanka que funciona como estrofes do todo, e não são independentes. Veja gunsaku. "

"rens (idéias ligadas) Em renga e haiku, a associação de imagens de uma estrofe a outra, ou dentro de um verso. "(*)

"renku (verso ligado) Originalmente, verso ligado em chinês; agora um termo moderno para renga, especialmente o haikai-no-renga de Bash e poetas posteriores."

"sabi (patina/solidão) Beleza com um senso de solidão no tempo, mais relacionado a, mas mais profundo do que nostalgia."

"sedka (repetir a cabeça do poema) Uma forma de verso tradicional com estrofes métricas idênticas, geralmente katauta, encontrada principalmente no Manyoshu. Algumas vezes compostas como perguntas e respostas por dois diferentes grupos, e assim um precursor de renga."

"seikatsu (vivência, vida) Na lista de palavras sazonais, uma categoria incluindo atividade humana, tal como lavoura, trabalho, brincadeira."

"senry (salgueiro do rio) Um poema humorístico ou satírico que trata sobre atividades humanas, geralmente escrito na mesma forma como haiku. Derivado do nome de um seletor popular de maekuzuke."

"shibumi (astringência) A beleza de imagens discretas, em vez de vibrantes. Clássico, em lugar de Romântico, com gosto. "

"shikishi (papel quadrado) Uma folha quadrada de papel pesado para escrita e pintura, frequentemente usado para um poema curto." (*)

"shinku (verso fechado) Em renga, uma relacionamento próximo entre duas estrofes em sequência. Veja soku."

"shiori (curvando, murchando) Em haikai e haiku, simpatia misturada com ambiguidade; refere a versos com imagens delicadas, quase patéticas. "

"shf (abreviatura para “estilo de Basho) Em haikai e haiku, no estilo refinado de Bash, em lugar dos estilos anteriores, menos trabalhados."

"shokubutsu (plantas) Na lista de palavras sazonais, uma categoria incluindo plantas, flores, árvores, frutas, etc.

"s"oku (verso distante) Em renga, um relacionamento distante entre duas estrofes em sequência. Veja shinku."

"sono mama (como é) Em haicai e haiku, apresentar algo ou um evento tal como é, sem exagêros ou emoções."

"tanka (poema curto) Um poema lírico com a forma típica cinco-sete-cinco-sete-sete onji (veja ji-amari). Em muitas maneiras equivalente ao soneto no Oeste, a tanka foi o primeiro gênero de poesia japonêsa dos tempos de Manyoshu até o século quatorze, e ainda floresce. Agora também chamada waka ou uta."

"tanrenga (poema curto ligado) Um têrmo moderno para uma tanka anciente composta por dois autores, formalmente chamado renga, para distinguí-la da renga mais longa de tempos posteriores."

"tanzaku (folha com tanka) Uma tira estreita de papel na qual uma tanka ou haiku pode ser escrito."

"tenmon (astronomia) Na lista de palavras sazonais, uma categoria incluindo fenômeno do céu, precipitação, etc."

"tsukeai (colocando junto) Em renga, a ligação de uma estrofe à outra, ou seja, um par de estrofes ligadas."

"tsukeku (verso adicionado) Em renga, tsukeai, e maekuzuke, o segundo de um par de estrofes ligadas."

"ukiyo (mundo flutuante) Originalmente, um termo budista indicando a natureza efêmera da vida; posteriormente, um nome para os quartéis de diversões de grandes cidades. "

"ushin (com coração) De renga, sincero, isto é, preocupado com a ideal clássico de beleza, empregando somente dicção clássica, etc. Veja mushin." "uta, ou -ka ou -ga em composições (canção, poema) Termo genérico para poesia tradicional em japonês, excluindo todas as formas de versos estrangeiros; agora uta é praticamente sinônimo de tanka." "uta-awase (competição de poema) Na tradição da velha corte japonêsa, o pretexto para uma festa, na qual os participantes compunham tanka sobre dai assignado. Os resultados eram julgados, e geralmente eram distribuídos prêmios. Mushin renga começou como um tipo de jogo para os participantes, uma vez que a seriedade do negócio de compor e julgar tanka terminou. "

"utsuri (reflexão) Em renga, um relacionamento entre estrofes na qual há um senso de movimento ou transferência entre elas; também pode haver alguma harmonia visual entre as imagens. "

""wabi (solidão, pobreza) Beleza com um senso de ceticismo; beleza austera.

"waka (poema japonês) Poesia tradicional em linguagem e estilo japonês, particularmente aquelas variedades encontradas em Manyoshu. Hoje, virtualmente sinônimo de tanka. "

"wakiku (verso à parte) Em renga, a segunda estrofe. "

"ygen (mistério) Elegância, mistério, profundidade. (Diversos volumes completos em japonê são dedicados a esta palavra, particularmente em relação ao no drama)."

Publicado por clevane pessoa de araújo lopes em 18/12/2006 às 22h13
Postado por HAIJIN às 10:03 "

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