sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Maria josé de Limeira e Clevane Pessoa-Folhetins do Pássaro Ferido



Imagem:themagicofyoureyes.spaces.live.com/
(Visite esse blog ,da Daniela)

Resposta ao Pássaro Ferido

PERPLEXIDADE

Clevane Pessoa



(Para Maria José Limeira)





Frêmito de asa ferida,

que não mais pode esticar...

Tiro, susto, foge a vida,

impossível de guardar..



A beleza colorida,

o sangue, a seda esgarçada,

após a queda incontida

em segundos, vira nada...



A voz agora contida,

paga pela insensatez:

a canção já foi querida,

agora não tem mais vez...



E os olhinhos, que na lida,

triavam todo alimento,

já se fecham...comovida

dirijo-lhe o pensamento...



-Pareces, ave, com gente

"alvo" de bala "perdida"!

Que coisa mais incoerente,

no teu corpo achar guarida...



(Belo Horizonte,02/01/2005)


- Postado por: Zezé Limeira às 12h28 PM
[ (0) Poxa, vou ficar sozinha? ] [ envie esta mensagem ]

______________________________________________


02.01.05

FOLHETINS DO PÁSSARO FERIDO

Maria José Limeira



Ao amigo Mauro Cassane



Se há uma asa ferida

arrastando pelo chão,

com a outra a gente sonha

embalada na canção...



Bala perfura tímpano.

Pássaro no meio-fio

não ouve mais som de pífano.

Agoniza no vazio.



Entre ais e alguns suspiros,

brilha em frestas de galho

o branco-neve dos lírios

que lhe serve de agasalho.



Já no último momento,

na solidão mais atroz,

o seu canto agora é lento,

porque está perdendo a voz.



E antes do adeus final,

um olhar pelo que jaz

dá o último sinal

de que não vai cantar mais...

(Publicado em Estalo, a revista, número 4-Belo Horizonte, MG,e nos blogs das jornalistas, que viveram a época da Ditadura brasileira)

http://marialimeira.zip.net/arch2005-01-01_2005-01-31.html

Nenhum comentário: